Cléber: o homem, a lenda

Cléber Zavadniak
A Vida de Cléber
Published in
11 min readAug 24, 2016
Eu

Pois é, foi assim que decidi chamar o canal do Slack em que fiz minha apresentação quando entrei na Olist (https://olist.com). Lá a gente pede para que os novos colaboradores apresentem-se. Geralmente é ao vivo, mas alguns fazem coisas diferentes. Eu fui um deles.

Vou transcrever aqui como foi.

#cleberohomemalenda

patryck: first!

cleber: pô, first mesmo. Parabéns. Semana que vem te trago um chocolate.

patryck: que emoçaum, nunca fui first em nenhum site

gustavo: #ansioso

jonatas: inovando, hein, sr.?

adler:

cleber: Eu sou o cara mais inovativo do universo, @jonatas . Às vezes eu até fico sem inovar, só pra surpreender

jonatas: Hahahah… mto bom!

cleber:

Oi, pessoas. Meu nome é Cléber Zavadniak.
Nasci em 28 de março de 1986, ali no Hospital e Maternidade Santa Brígida (como metade dessa cidade).

Hoje eu publico (ou não) alguns textos e artigos em um zilhão de locais. Vide:

https://www.linkedin.com/in/cleberz — meu perfil no Linkedin. Me adicionem.

[Eu postei vários links, mas como estou tentando concentrar tudo por aqui, não acho relevante repeti-los.]

A propósito: para quem um dia quer publicar seus artigos ou algo assim, taí um negócio legal: o “.blog.br”.

Fica a dica. ;-)

Galera já sabe que curto um café.
De comida, minha maior fraqueza são as massas. E carnes. Carne de porco é vida. Meu corte favorito é a paleta suína. :pig:

Meu “núcleo familiar” sempre foi bem restrito. Foi sempre pai, mãe, irmã e eu.
Os parentes do meu pai sempre moraram por perto. Os da minha mãe sempre moraram meio longe. Mas todo mundo é de Curitiba.

Hoje eu estou casado, e a “escadinha” pai+mãe+irmã+eu já eras

Na minha família “3 anos” é um intervalo repetido.
Meu pai é 3 anos mais velho que minha mãe.
Minha irmã é 3 anos mais velha que eu.
Eu sou 3 anos mais velho que minha esposa.

Zavadniak é sobrenome do meu pai. A família dele é de descendentes de poloneses (achamos), mas tem um ou outro português e até índio perdido na árvore genealógica.
Diz a lenda que meu bisavô era bandido/matador/whatever. Quase como as histórias do jonatas, assim. Faroestão e tals.

O nome de solteiro da minha mãe é “Bonassoli”. Descendentes de italianos.

Meus pais sempre leram bastante. Vejo isso como um privilégio que ganhei. Eu gosto de conversar com eles sobre a vida, o universo e tudo o mais.
Minha mãe fazia muito tricô. Muito.
O hobby do meu pai, na prática, é ler.

Meus pais sempre me ensinaram que os professores da escola ​podem​ estar errados e que é importante saber discernir as coisas (da melhor maneira possível para uma criança, no caso).

Meu pai gosta desse tal de “fenemê”. ;-)

Casei em 2011. Minha esposa não autoriza divulgação de fotos dela. Então segue essa gelatina que ela faz.

Também tem essa incrível pareidolia, obra dela, novamente. Só podia ser…

osvaldo: se deu bem, hein? cara feio como você conseguir uma gelatina bonita como essa :-P

cleber: verdadis

Na minha infância eu não brincava muito na rua. Então montei MUITO Lego…

Um belo dia, quando eu tinha lá meus 7 anos, acho, meu pai comprou um videogame “Atari”. Uau! Vinha com Asteroids, Missile Command e um tal de “Postman” que acho que ninguém conhece.

Posteriormente chegou um Super Nintendo. Aí, sim. E veio com Super Mario All Stars + Super Mario World!

Joguei muito Donkey Kong Country 2, “Top Racer” (que era o nome antigo do Top Gear) e INTERNATIONAL Super Star Soccer

(Meu “International” não era o “Deluxe”. E eu gostava dele assim.)

gfabricio: LRLRLRLRLRLRRLRLRLRL -> Juiz cachorro

cleber: Haha! Pior que, na era quase-sem-internet, eu nunca fiz o “juiz cachorro”…

eu chegava a “configurar” o time antes de jogar, até

avançadíssimo esse International

gfabricio: Da Silva, Ferreira, Cícero, Paco e Vicento; Roca, Beranco, Santos e Padilla; Gomez e Allejo

gfabricio: seleção super star soccer do brasil

gfabricio: joguei bastante essa budega

cleber: Depois veio a época dos emuladores. Aí consegui, finalmente, jogar até o fim o Super Metroid (eu até tinha a fita, mas era pirata e não salvava…).

Super Metroid Amor Eterno

E “Castlevania: Symphony of the Night”

Ah, aquele castelo maluco de ponta cabeça…

No PC eu perdi milhares de horas de vida jogando Sim City [2000|3000].

MDK

e Command & Conquer

Jogava Warcraft II, também

Nunca fechei nem C&C nem Warcraft.

E, falando em PC, uma vez eu estava ripando um CD e ele EXPLODIU dentro do computador.

Ele era assim. Ou quase.

Lá pelo ano 2000 minha família mudou para Araucária. Passamos quase 2 anos, lá.
Foi uma experiência bem diferente. Lá eu jogava futebol na rua todo dia. Se antes eu sobrava nas escolhas de time (sério, isso é tão triste…), agora era o primeiro a ser escolhido (yeah! Epic win!).Cada vizinho à nossa volta curtia um tipo de música e todos faziam questão que ouvíssemos. Logo, ouvi também muito Leonardo, Sandy e Júnior, Venga Boys (eita!) e Rio Negro e Solimões quando estive por lá.

O lugar mais longe que fui foi São Paulo-SP. Yeap. Viajei muito pouco.

Eu tenho miopia (quanto? Uns 2 graus? Nem lembro.) e astigmatismo (bem pouco, na verdade, mas já incomoda).
Esse óculos pequeno que uso de vez em quando (porque ainda funciona e é bem mais confortável) eu tenho desde 2001. Minha esposa fica “absurdada” com a resiliência das minhas coisas.

Eu sou um cristão reformado.
Eu poderia citar o “credo apostólico”, aqui, e falar sobre os Lutero e Calvino, mas, em resumo: Sou um crente cessacionista: não há mais dons de cura/línguas/milagres/prodígios, porque a Bíblia é suficiente para a conversão das pessoas.Detesto a “teologia da prosperidade” e “teologia da cura”.Sou amilenista e preterista (o Apocalipse refere-se, primariamente, à descrição de eventos imediatos de então, não necessariamente uma previsão do futuro).Sou infralapsarianista (esse é complicado de explicar. Pesquisem, se quiserem).Sou calvinista “de 5 pontos” (depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresitível e perseverança dos santos).

“Cléber, você já leu a Bíblia inteira”?
Sim. Vááááááááárias vezes, inclusive.

E às vezes eu dou uma olhada na versão original/em grego.

Inclusive, eu estudei grego moderno, grego koine e hebraico. Pouco, então não me peçam para falar/escrever. Mas em grego eu até que consigo me virar.

anacarolina: cleber, uma verdadeira caixinha de surpresas.

cleber: Eu curto idiomas. Mas agora parei. Só vou melhorar o inglês e viver uma feliz vida bilíngue.

Mantenho, junto com meu pai (ele escreve mais do que eu…) o http://reformados.com.br (mais um site, vejam só…)

Estudei no Colégio Estadual do Paraná.

E depois na UFPR, no Centro Politécnico. Eu estudava nos prédios à volta deste daí.

Fiz o Bacharelado em Ciência da Computação. Estudei 6 anos, lá. Só não me formei (faltaram uma dúzia de matérias). Chegou uma hora que o curso mais me atrapalhava do que ajudava e, como eu já estava inserido no mercado de trabalho e absolutamente sem cabeça pra um curso pesado como esse (ele é, de fato, bem “científico”), larguei mão.

Lá na UFPR que, finalmente, minha vontade de aprender sobre Linux conseguiu se concretizar. Eu cheguei a ter a coleção completa da “Revista do Linux”, inclusive.

E, desde então, minha tela costuma ser algo parecido com isso aí, meio que sempre. :)

gfabricio: limpa esses pyc ai cara

jonatas: Ganhou meu like pela foto, pq poderia ser um print-screen (linux dá?)

cleber: Por causa do Linux, também, eu virei um cliente da Dell. Eles devolvem a grana do Windows e do anti-virus sem chiar. Nota 10.

Eu comecei a vida programando em C. Hoje minha linguagem predileta é Python.

Gosto de outros paradigmas, também. Curto Erlang (e Elixir) e Prolog. :)

Na UFPR eu cheguei a desenhar um processador e escrever microcódigo. Também programei em assembly de MIPS e x86. Então eu sou um “full stack” bem, digamos, literal…

(“Desenhar um processador” não envolve papel e lápis, ok? Nós criavamos CPUs em simuladores de hardware)

georgeyk: e eu meu achava “peculiar”

georgeyk: cleber, vc é random cara xD

cleber: Obrigado (considerando que seja um elogio…)

georgeyk: fiquei feliz de ver um cd do avantasia explodindo

gfabricio: dois

cleber: heuiheuiheua!

E, falando em música, eu “toco” guitarra, embora não pegue nela faz alguns anos…

também violão, gaita de boca, baixo e bateria (mas tudo isso bem pouco. Guitarra eu já toco meio mal…)

georgeyk: me 2, tirando gaita e bateria

cleber: Dica para quem ver um colega tocando gaita: NUNCA coloque a dita cuja na boca. A gaita de boca, antes de ser usada, deve passar por um estágio chamado “lubrificação”.

Trata-se de um instrumento bastante pessoal. Digamos, intransferível, também.

Referências musicais:

How Great Thou Art, versão black metal. Coisa linda.

georgeyk: bacana, não conhecia

georgeyk: cleber, eu ja fui em festivais de metal cristão, mas vc é a 1 pessoa que eu conheci q realmente gosta

cleber: black metal tem lá suas vertentes. O black moleque, de várzea, roots mesmo é muito bom. O do “Gato Félix” eu acho horrível.

voltando: Metallica e Megadeth (craro)

In Flames (apresentando um cover de Depeche Mode):

Soilwork:

E Amorphis:

E, além de metal, eu curto música clássica (ó o monóculo no meu olho e a taça de vinho).

georgeyk: cleber, conhece katatonia ?

cleber: Conheço

pena que são MUITO do Satanás

heiheuihea

mas o som é excelente

Mas, ó, momento da surpresa geral: eu já tive banda (chamava-se Lazarus) e JÁ FUI MAGRÃO. (E olha a camisa “Python Powered”).

osantana: nuossa! usando a camiseta que eu produzi? :-P

osantana: comprou na linuxmall?

E dava umas dedilhadas quase decentes:

Agora vou tomar um café e deixo uma foto de um cachorro da minha mãe pra vocês fazerem “óunnn”. Esse é o Ding. ;-)

E essa é a Tissa.

Esse ali no fundo é o Clébermóvel. É um Escort Zetec 1.8 16v. Tão vendo? Melhor foto ever, não?

Uma vez eu tava dirigindo de boas e um cara, que estava esperando na outra rua, com um Golzinho vermelho, simplesmente se enfiou na minha frente. Aí o Clébermóvel ficou assim. :-(

Mas depois consertei.

Imediatamente depois de bater, eu parei, entendi o que aconteceu, e achei mó legal, hueiheuhea! Pena que me deu um baita transtorno.
Mas bater o carro com tudo em outro é uma experiência divertida, em si.

Meu primeiro emprego foi numa empresa chamada SafeSoft. Os caras faziam fechaduras eletrônicas para bancos. Era um projeto bem legal. Eu programava em C para microcontroladores Microchip PIC18.

Os PIC18, na época, eram assim.

Saindo de lá eu fui trabalhar numa tal de Conectiva.

Os caras faziam uma distro de Linux bem famosa, na época.

A época da Conectiva foi um saco.

E olha eu, ainda magrão, quase sendo engolido por um monitor GIGANTE…

Depois fui para a Agência WX, que fazia sites e sistemas (intranets, extranets, etc.)
Passei 4 anos programando em PHP, lá.
A experiência foi muito boa. Como a empresa era pequena, aprendi muito sobre UX, SEO, etc.

Só que chegou uma hora que eu sabia que não tinha como meu salário subir. E eu precisava que o salário subisse. Então acabei saindo e indo pra essa tal de BRQ.

A BRQ é uma “empresa grande”…

Na BRQ eu trabalhei alocado no HSBC ali da Kennedy. Fiquei na parte da seguradora, portando aplicações de HP-UX para Linux.
Um saco de serviço de macaco treinado. Cada dia era um suplício. Mas pagava razoavelmente bem. Mas eu queria sair.

O Grupo Inlog lida com rastreamento de frotas. Quem pega ônibus aqui em Curitiba pode reparar que do lado esquerdo do painel do motorista tem uma caixinha com 5 leds. Aquilo é coisa do Grupo Inlog.

os caras meio que dominam o mercado de bus, aqui, e coleta de lixo (/ambiental) pelo Brasil

eu entrei para ser engenheiro, lá, e fazer firmware / software embarcado, novamente para PIC18. Mas, dado que os caras tinham uma necessidade enorme de sistemas internos e eu consegui provar algo rápido para usarem (usando Python+Django), acabei me tornado um “ferramenteiro”, fazendo sistemas para resolver problemas internos da empresa

O software que acompanhava os rastreadores dos caras era feito em Delphi, rodava sobre servers Windows e o “banco de dados” era o Firebird. Ha!

Aí eu fiz um projeto todo bonitinho para substituir essa pilha tosca por Python+Postgres+Linux numa arquitetura baseada em eventos

consegui a aprovação do projeto e comecei a formar uma equipe

mas levei muito migué da guria do RH, que não corria atrás dos candidatos e daí me dizia que eles “recusavam” as vagas

aí, no final do ano passado, o projeto foi cancelado, a nova arquitetura seria feita em C# e, como eu não fazia questão de aprender C# e “é muito difícil achar programadores Python”, além de desentendimentos entre a chefia (os caras tinham muito problema de comunicação), eu fui mandado embora

Fiquei uns 20 dias de boas, lidando nos meus próprios projetos, e daí o Osvaldo me contactou

E entrei nessa tal de Olist. :)

gfabricio: e aqui está você! Explicando a lenda por trás do mito

cleber: [FIM!]

Obrigado pela atenção, pessoas

E “desculpa qualquer coisa”

Agradecemos a preferência

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