Proteínas de origem animal são as melhores fontes

Não se iluda por propaganda ideológica, a fonte animal é a melhor opção.

Christiano Milfont
4 min readJun 22, 2014

Existe uma agenda ideológica por parte dos vegetarianos que utiliza a má ciência ou argumentos direcionados e previamente selecionados para sustentar que as fontes de proteínas animais não são saudáveis e nem necessárias.

Um dos livros mais famosos que tem tradução para português, o “Você é o que você come”, da militante vegetariana Gillian McKeith segue bem essa cartilha. Ela escreve algo como:

“O excesso de alimentos de origem animal, ricos em proteínas e gorduras, e a carne vermelha, podem intoxicar o corpo e acidificar o sangue, drenar o cálcio, sobrecarregar o fígado e os rins, estagnar a digestão e destruir as bactérias benéficas”.

Voce encontrará esse blablabla repetido por muitos nutricionistas que aprenderam errado e nunca estudaram a boa ciência, use esse guideline para esfregar ciência na cada deles.

Observe que alguns argumentos verdadeiros não sustentam toda uma teoria, evidente que alimentos saudáveis, não industrializados e de origem vegetal são fundamentais para a saúde, mas não apenas.

McKeith recebeu várias críticas pesadas desconstruindo seus argumentos simplesmente com ciência, inclusive foi chamada de charlatã sendo desafiada a demonstrar suas teorias em estudos clínicos.

É verdade que temos fontes vegetais ricas e completas de aminoácidos, mas essas fontes não são em quantidades e absorvidas na mesma proporção da origem animal.

McKeith, para não se contradizer, recomenda moderação no côco e no abacate porque esses são ricos em gordura saturada, como a crítica dela da origem animal foca bastante sobre a gordura não seria legal dizer aos seus leitores que se for no abacate aí é uma boa gordura. Seu corpo não sabe se essa gordura veio de um bife ou de um pedaço de côco, se é bom no vegetal porque não seria na carne?

Glútens

O grande problema mesmo é a defesa que voce deve substituir a origem animal por grãos, já que a proteína de hortaliças e frutas não tem quantidades suficientes para satisfazer as necessidades biológicas.

Já é forte o embasamento científico para demonstrar que o glúten faz muito mal a nossa saúde, mas os grãos sem glúten não seriam a substituição adequada.

Basicamente o glúten é formado por Gliadina e Glutenina, a alergia que os sensíveis e celíacos sofrem estaria envolvida com a gliadina que é uma prolamina.

Muitos cientistas já falam que existem Glútens, não apenas os 3 tipos clássicos encontrados no trigo, cevada e centeio (a aveia apesar de ter outra variação já foi classificada de glúten há tempos também).

O milho que é considerado um glutenfree possui uma proteína chamada Zeína, também uma prolamina que tem provocado alergias em maior número nos últimos tempos. O milho tem sido incluído em maiores quantidades nos produtos industrializados, como pode conferir na recomendação da ACAAI sobre produtos que devemos evitar.

Parece ser bastante lógico do porquê descobrimos somente agora que o ser humano não está apto a se alimentar com refeições a base de grãos. Durante toda nossa evolução os grãos quando estavam presentes eram em espécies bem menos evoluídas (como o trigo Emmer ou Einkorn) e em quantidades bem inferiores, perfazendo no máximo 20% da alimentação.

Se o problema do glúten é porque não digerimos ou digerimos parcialmente as proteínas envolvidas e essas cadeias de aminoácidos não digeridos provocam alergias, como outras proteínas dos mesmos grupos que as participantes do glúten também não causariam alergias, já que também são complexas?

Assim como o milho, outros grãos como arroz, feijão e os cereais da moda como amaranto e quinoa possuem proteínas complexas que não são bem digeridas pelo Homo Sapiens.

Suplementação

Eu particularmente não sou contra a suplementação, acho até que é uma boa para atletas profissionais e fisiculturistas, como não sou um nem outro basta ovo, peixes (frutos do mar) e carne para satisfazer minhas necessidades de proteínas. Existe um cálculo de 1.5 a 2.5 g de proteína para cada kg de peso, mas observe que a faixa é muito grande e vai variar de indivíduo, eu prefiro ingerir uma quantidade pequena e sentir a recuperação.

Se voce for insistir em suplementação fique alerta para sua marca não utilizar métodos que produzam lysinoalanine e glicação. Lembre-se que a proteína pode fazer parte da formação de glicose (Gliconeogênese), afetar a produção da adiponectina e interferir no metabolismo te engordando.

Voce tem que comer mais gordura do que proteína para seus treinos. Um bom bife já é suficiente para construir esses músculos como rocha na recuperação e o excesso não virar pança.

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