O que verdadeiramente impulsiona as transformações dos negócios?

Coevo
3 min readOct 8, 2019

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As disrupções no mercado, as novas tecnologias e as mudanças no comportamento dos consumidores têm afetado as mais variadas empresas e segmentos.

De acordo com um estudo da KPMG, estima-se que 96% das organizações estão passando por transformações em seus negócios. Já um estudo da McKinsey indica que 80% dos CEOs pesquisados consideram que seus modelos de negócios estão em risco.

Embora haja consciência da necessidade e urgência desses movimentos, o que se observa é que grande parte dos esforços acaba tendo baixa efetividade. Isso é comprovado no mesmo estudo quando se estima que menos da metade dos esforços corporativos trará resultados que de fato alterem a realidade da organização para melhor.

Antes de entender as barreiras que impedem que isso aconteça, é importante deixar claro que a transformação de negócios vai muito além do lado tecnológico e digital, que é a ótica sob a qual grande parte das iniciativas vem sendo conduzidas. Aspectos que dizem respeito a mudanças de comportamentos, atitudes e comunicação também devem ser considerados nessa jornada.

Componentes da transformação de negócios
Componentes da transformação de negócios

Dito isso, fica claro que qualquer movimento de transformação organizacional que não se atente aos aspectos humanos terá resultados abaixo do esperado. A importância disso é reforçada por um levantamento global da consultoria Russell Reynolds, que afirma que somente 18% dos CEOs acreditam que a cultura de suas empresas permite que haja modificações efetivas na sua dinâmica de funcionamento.

Entrando mais a fundo nas motivações que prejudicam uma cultura favorável a mudanças, identificou-se que as principais barreiras são a inércia organizacional, a colaboração ineficiente e a resistência a mudanças.

Diante desse cenário em que o componente humano se torna chave para o sucesso das companhias, torna-se necessária uma nova abordagem de atuação, em que conceitos como inovação nunca estejam dissociados de significado e valor percebido para as pessoas, interna e externamente à empresa.

Somente com essa abordagem mais humana e multidisciplinar é possível que se trate esse tema tão caro às organizações de maneira completa e efetiva. Saber como transformar a cultura organizacional em uma plataforma que impulsione inovações e que gere valor e engajamento com o público é chave para garantir a sustentabilidade de negócios a longo prazo.

Esse movimento exige comprometimento e dedicação em todos os níveis e áreas, sendo que algumas premissas são fundamentais para atingir o sucesso:

1) Sensibilização e comunicação: Engajar todos os envolvidos desde o início é primordial, sensibilizá-los dos motivos, objetivos e etapas da jornada.

2) Diagnóstico assertivo: Antes de ir para a prática, deve-se ter um retrato fiel da realidade atual e dos desafios que se apresentam.

3) Desenho da Visão e Estratégia: Traçar o cenário futuro e o impacto proposto, criando estratégias, que indiquem os caminhos para a organização ir de A à B.

4) Capacidade de implementação: Ter condições de realizar as ações propostas e engajar todos na sua execução.

5) Acompanhamento e ajustes: Acompanhar as ações realizadas, propondo melhorias e ajustes ao longo do tempo.

Como se pode perceber, dada a competitividade e a velocidade das mudanças no ambiente corporativo, a necessidade de transformação de negócios vem sendo uma pauta recorrente nas organizações. Mas contrariando um quase lugar comum no pensamento presente, a resposta para os grandes desafios vividos está menos na tecnologia que permeia os processos e portfólios empresariais e mais nos ativos que impulsionam e utilizam tudo isso: as pessoas.

Por Bruno G. Schroeder, sócio-fundador.

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