“Dias que Resolvi Cantar” o lúdico rap de Arnaldo Tifu.

Coletivo Marte
3 min readNov 15, 2015

Depois de “A Rima não Para” (2009) e “A Rima Nunca Para: A Minha Versão da História” (2013), o nome “Arnaldo” volta para a sua assinatura: uma visão mais pessoal e envolvida com a rotina da sua região.

O novo disco conta encontros marcantes das idas e vindas da Vila Maracanã, o bairro que ensinou o valor do hip-hop e da simplicidade. Escute um pouco de Dias que Resolvi Cantar para entender do que estamos falando.

O EP possui 6 faixas, que mostram um trabalho surpreendente para quem acompanha a carreira do MC e está disponível no site do artista (http://arnaldotifu.com/), para compra no iTunes e para ouvir online no Spotify, Rdio, Deezer, Google Play, SoundCloud e YouTube.

Cheio de metáforas, Arnaldo se diverte fazendo uma colcha de retalhos com gestos e exemplos que cresceu vendo por ali e formaram seu caráter.

São fotografias mentais, anotações em cadernos antigos, observações recentes que criam jogos de rimas de “Dias que Resolvi Cantar”.

As composições estão mais livres de barreiras, maduras e mostram a Vila Maracanã não só como seus movimentos ou endereço físico, mas como o ambiente emocional que baseia sua visão de vida.

KL Jay, Ieda Hills e Carlos Avont’s entre as participações

As participações do disco também estão cheias de novidade. Já na segunda faixa “Rito”, o mestre KL Jay dos Racionais MC’s chega nos scratches. Eles já tinham se encontrado no programa Roda de Rima e em diversos eventos da sua caminhada do rap, mas nunca tinham produzido um material juntos.

Arnaldo Tifu apresentando “Dias que Resolvi Cantar” pela primeira vez

Os grandes nomes continuam com Ieda Hills, Carlus Avonts e DJ B8 (Projetonave), Red Lion (J*Z Sounds/Microdub), Stefanie Roberta e Beto Malfatti (Nômade Orquestra). Velha e nova escola.

Fizeram parte também Dudu das Rimas e André Mendes, que apesar de pouca idade, também chegaram inabaláveis nos refrões da quarta faixa do disco, “Firme de pé”.

A ludicidade também invadiu a produção dos beats e Arnaldo Tifu convida produtores que não haviam feito parte de seus projetos anteriores, além de participar compondo, trocando samplers e ideias. Os beatmakers também, feras:

Bolin (Santo André), Nixon Silva (São Paulo) e Scott Beats (Santos).

Lançamento no Programa Manos e Minas

Arnaldo Tifu e Projetonave, a união de dois pesos-pesados do ABC Paulista

O disco foi apresentado pela primeira vez ao vivo na TV Cultura, no Manos e Minas no dia 13 de novembro. Ao lado da potente e residente banda do programa, também de Santo André, o Projetonave. Assista completo abaixo.

Por trás dos mics e beats

A foto de capa foi feita na própria Vila Maracanã por Ênio Cesar, que tem um reconhecido trabalho de retrato da cultura hip-hop, como os grandes MC’s brasileiros Edi Rock, Emicida, Síntese e Criolo.

As artes gráficas ficaram por conta do designer e grafiteiro da dupla B-47 Denis Freitas, que também assina as capas dos dois discos anteriores de Arnaldo Tifu, entre outras ilustrações e trabalhos editoriais.

Arnaldo Tifu aquece a voz no estúdio Ekord. Foto de Caio Leite.

As gravações aconteceram no estúdio Ekord e a mixagem no Movido Estudio por Leonardo Marques, a masterização foi feita por Cesar Pierri no estúdio Flapc4.

O making of foi todo realizado pelo fotógrafo Thiago Nascimento.

A produção executiva foi feita pelo Coletivo Riso com co-produção de Coletivo Marte.

Conheça mais sobre Arnaldo Tifu em seu site, pela página do Facebook dele ou do selo do artista

selo Coletivo Marte
fale com a gente // coletivomarte@gmail.com

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Coletivo Marte

Selo de rotações marginais: free jazz, hip-hop, experimental, deep. Desde 2010, do ABC.