A tradução de uma semântica da estética da violência
Nesta pagina análisamos o campo semântico de uma estética da violência. Fazem parte desse campo comum e heterogêneo os diferentes sentidos da violência que se atualiza de forma processual a partir do fluxo de informações midiáticas, imagens e performances referentes ao contexto que perpassa as manifestações de junho de 2013.
O campo semântico de uma estética da violência trabalha com a transmissão de afetos. Traz a relação com a dor, acciona as disparidades e injustiças em uma dramatização cujo intuito é revelar a violação sentida em forma de explosão.
A tradução não é o original em si, mas uma forma de transmissão de afetos, onde a violência em questão pode ser analisada e vista de forma critica. Corpo Transgressão, carrega a ideia da desconstrução do corpo dócil, segundo concepção formulada por Foucault (1987) na perspectiva da elaboração de um corpo insurgente, rebelde, não submisso.
Coletivo Coiote, Bloco Livre Reciclato e Black Bloc, performances e corporalidades que, em 2013, desconcertaram a mídia brasileira, politicos e academicos conservadores e religiosos, são analisadas aqui em seu contexto urbano de criação e entendidas como politica de ação direta que como o teatro da crueldade (ARTAUD, 2006) traduz no corpo e no espaço a violência sem intensão de representa.
As performances criam uma campo dramático que estabelece a violência causada na destruição de um banco ou prédio público, como acionadoras da violência comum, aquela ocasionada pela desigualdade social e pelo silenciamento. Estabelecem então a continuidade da possibilidade de um choque moral. Uma vez que mantém latentes os acontecimentos, não deixando esquecer a violência sofrida. A paz é questionada como sustentadora de uma ordem em que a violência do racismo e higienismo de Estado é legitimada.
O que torna comum estas três formas de emergência, é a maneira como constroem um ambiente propício para sua atuação e a ação direta pela via da estética da violência. A transformação do corpo se constitui na identificação das técnicas disciplinares e as manifestações comportamentais, produzindo uma desconstrução através da performance.
O agente em questão se recusa ao assujeitamento e transforma o corpo em uma expressão libertária dos sentidos contra a normatividade. As performances criam um campo dramático que estabelece a violência causada na destruição de um banco ou na costura da própria boca, como acionadoras da violência comum, aquela ocasionada pela desigualdade social e pelo silenciamento.
As performances criam uma campo dramático que estabelece a violência causada na destruição de um banco ou prédio público, como acionadoras da violência comum, aquela ocasionada pela desigualdade social e pelo silenciamento. Estabelecem então a continuidade da possibilidade de um choque moral. Uma vez que mantém latentes os acontecimentos, não deixando esquecer a violência sofrida. A paz é questionada como sustentadora de uma ordem em que a violência do racismo e higienismo de Estado é legitimada.