Os momentos do Gabriel

Vídeo mostrando o tempo entre cirurgia, ajustes, consolidação óssea e retirada dos distratores.

Hoje completa um mês que esse gurizinho aí da foto finalizou uma etapa extremamente importante em sua vida.
Um mês que está livre dos “ferrinhos” que, de certa forma, o limitavam.
Ele continua sendo um menininho risonho, feliz e radiante. Passou por tantas coisas que nós, adultos, jamais passamos ou pensamos que iríamos vivenciar.

Gabriel veio para nos mostrar que as adversidades da vida estão aí, para todos… pra todo mundo. Cabe a cada um de nós encarar seus desafios e problemas, e resolver da melhor forma possível.

A gente sempre quis trazer o melhor disso tudo, sem dramas e tragédias, ou exaltando apenas as dificuldades e a parte ruim. A gente viveu e sabe que isso existe, assim como sabemos que muitas pessoas sofrem por infinitas questões. Mas para nós o mais mais mais importante era lembrar e saber que sim, tudo passa, seja o que for, se for pelo caminho certo. Passa. Passa sim.
Foi isso que Gabriel nos ensinou. Nos fez ser fortes e nos manter firmes diante de tudo que iria acontecer, nos ensinou sobre amor e união.

Se nada disso tivesse acontecido a gente iria se sentir melhor? Não sei.

Hoje somos gratos por tudo que ele nos trouxe nessa vida. Pelo amor que nos fez sentir em dias de tristeza profunda, por ser tão grande, gigante, imenso. Pela paciência e perseverança em dias em que a ansiedade era enlouquecedora. Por ter unido ainda mais nossa família que ficou tão abalada com a notícia. Por trazer amigos que estavam distantes e nos mostrar novos.
Somos gratos por tudo que recebemos, e consequentemente, ao que podemos repassar aos que precisam.
D’us sempre enxerga além de nós, conhece nosso coração e é nosso consolador.

“- coitadinho!”
“- tadinho dele!”
“- tão pequeno e sofrendo tanto.”
“- é exemplo pra nós, adultos.”
“- mas ele parece normal.”
Ouvimos muito disso.
E ouvimos que poderia ser muito pior. Ouvimos que tem gente que sofre mais que nós, que os problemas são muito mais graves. Pérolas infinitas.
Mas o que é tão grave para você que para mim não é, que seja maior que a minha dor? Com isso tudo a gente conseguiu “perceber” em muitas pessoas que os nossos problemas sempre são minúsculos diante dos que ela tem (e não que não sejam). Em muitos casos realmente são.
Nos dias de UTI vi tantos casos em que eu agradecia a D’us pelo fato do Gabriel “só ter” isso. Porque não era nada diante da complexidade de tantas coisas que algumas crianças tem, e sofrem. O que não se pode e nem se deve fazer, em qualquer situação que seja, são os comparativos.
Todos nós somos diferentes, todos somos únicos. Únicos em seus problemas, únicos em sua dor. Nos adaptamos às situações da forma como julgamos ser a melhor.

Cada dia é um dia, uma vitória!
E acabou? Não. Não acabou.
Mas não vamos trazer tragédias, vamos trazer a vida, a alegria de ver esses olhinhos azuis brilhantes e esse sorriso sempre estampado nessa carinha redonda linda!
A vida é tão bonita, não é?! Só precisamos fazer dela o melhor para nós.

Segue: Os dias após a cirurgia

• • • Pierre Robin: uma (con)sequência de vida • • •

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