Primeiro ano na transição

Dax Faulstich Diniz Reis
2 min readJul 2, 2017

--

No último mês de junho completei um ano morando com minha família em nosso sítio, que fica na zona rural de Alto Paraíso de Goiás. Não está sendo fácil este melhor ano da minha vida. O primeiro do sétimo setênio.

Viver este primeiro ano mais afastado do sistema, apesar da longa jornada que estou percorrendo para atingir o equilíbrio dentro da nova perspectiva, resultou em um processo de desintoxicação de vários dos condicionamentos que recebi ao longo dos meus quarenta e dois anos anteriores.

Está sendo necessário e revelador para mim. Para eu conseguir olhar para a minha vida, para a minha família e para os meus amigos com desapego ao ponto de entrar neste fluxo sem tentar controlá-lo e sem medo do que virá adiante.

Dois meses antes de mudar para cá, em abril de 2016, havia encerrado meu último contrato de trabalho e com ele uma carreira de vinte e dois anos de prestação de serviços no meio corporativo de tecnologia da informação. A intuição dizia que eu não servia mais para aquele tipo de propósito. Difícil era explicar!

Só sentia que precisava me distanciar daquilo para me reconfigurar, pois a vida corporativa parecia estar sempre tentando obter um pouco mais da minha presença enquanto eu sonhava ir para outro lugar.

Neste ambiente vivemos condicionados desta maneira que vemos ao nosso redor, imersas em trabalho para sustentar um sistema falido em função do próprio desenho no qual tomamos decisões com base na mente racional apesar do que sentimos. Vejo aí mais pessoas em sofrimento que o contrário. A gente precisa muito de tudo o que conquista e trabalha a vida inteira conquistando aquilo que acredita que precisa.

Ser humano é mais do que isso. A neurociência já constatou que existem mais interfaces de comunicação entre nós do que os nossos sentidos traduzem. Técnicas terapêuticas como constelações familiares, que começam a ser aplicadas no âmbito do direito familiar, estão nos mostrando que existe um campo que nos conecta no nível energético. Cada vez mais pessoas estão praticando cura através do fluxo de energia das mãos usando técnicas como Reiki.

Descobri inclusive uma ferramenta intrigante chamada desenho humano, um corpo de conhecimento sobre os diferentes tipos de auras que existem, quais são as suas características, como elas interagem entre si e como é possível viver melhor fazendo bom uso dos “super poderes” do seu tipo de aura.

O principal aprendizado que esta transição está me trazendo é sobre a importância da intuição. Estou me dedicando a aprender a me conectar com ela para tomar decisões. Para a mente racional estou entregando o papel de compartilhar o que estou aprendendo nesta jornada. Espero assim conseguir sentar no banco de trás e apreciar a paisagem deste passeio pelo fluxo da vida do Dax.

--

--