Como o reconhecimento facial irá impactar o varejo e a indústria de shoppings
por Jeff Pal
As tecnologias de biometria tem se tornado um recurso básico para a autenticação no mercado de consumo e isso afetará significativamente várias indústrias, principalmente o varejo. Atualmente o uso de reconhecimento facial está começando a ser adotado por grandes varejistas no mundo inteiro. Através dessa inovação é possível medir o nível de satisfação e o potencial de compras dos consumidores, além da realização de outras métricas que podem ajudar na melhoria dos serviços a fim de aumentar as vendas e fidelizar os clientes.
Uma pesquisa realizada pela CSC (Computer Sciences Corporation), revelou que aproximadamente 59% dos varejistas de moda, no Reino Unido, estão utilizando reconhecimento facial.
O reconhecimento facial aumenta as vendas
O uso mais comum de reconhecimento facial está presente em ferramentas de segurança, porém essa tecnologia possui uma forte aplicabilidade em diversos outros segmentos do mercado, como o comércio, por exemplo. Neste, é possível analisar o comportamento dos consumidores, e saber onde eles vão, o que chama a sua atenção e o seu nível de satisfação. Esse tipo de ferramenta pode ajudar os lojistas a entenderem melhor o seu público e até mesmo identificar de que forma podem melhorar a apresentação de suas vitrines, o seu serviço e a experiência proporcionada ao cliente.
Em janeiro deste ano foram apresentadas na exposição anual da National Retail Federation, nos Estados Unidos, diversas formas de como o reconhecimento facial pode ser utilizado no comércio varejista. Um exemplo é o da gigante Intel, que exibiu o seu software de reconhecimento em um modelo de loja de doces, onde uma câmera reconhece o cliente e envia para a loja associada o nome do cliente, suas compras anteriores e recomendações de doces, de acordo com um relatório da COLLOQUY. Outro exemplo é o do restaurante californiano CaliBurger, que utiliza a mesma tecnologia em seu programa de fidelidade para reconhecer e recompensar os seus clientes.
Os softwares de reconhecimento facial são capazes de coletar dados que geram informações demográficas, pois podem realizar detecção de sorriso, classificação de idade, identificação de gênero e identificação pessoas, ou seja, eles sabem tudo sobre nós, mas além dessas informações é possível também identificar as áreas das lojas que um comprador visita, quanto tempo ele leva para escolher um cereal em particular e — o mais importante — qual o humor a sua expressão transmite. Esse tipo de informação é tão importante, para as grandes varejistas, quanto você possa imaginar. A própria Wallmart utiliza um software que permite as câmeras capturarem as expressões faciais dos compradores nos caixas, para medir os seus níveis de satisfação. Essas descobertas permitem que os varejistas ajustem seus monitores nas lojas e promoções em tempo real, ao mesmo tempo em que localizam os pontos problemáticos que podem estar causando os olhares de insatisfação.
Resistência ao uso
Apesar dos benefícios da utilização de ferramentas baseadas em reconhecimento facial, a segurança das informações armazenadas e a privacidade dos usuários permanecem sendo os principais aspectos responsáveis pela lenta adoção por parte dos consumidores e empresários.
Segundo a revista Forbes, 2018, com a inclusão de softwares de reconhecimento facial em dispositivos pessoais, como o iPhone X, espera-se acelerar a adoção em massa dessa tecnologia e mudar a forma como as pessoas fazem compras. Uma pesquisa da Counterpoint estima que mais de 1 Bilhão de smartphones incluirão reconhecimento facial nos próximos dois anos, o que representa 64% de todos os smartphones em 2020, comparado a 5% em 2017.
O futuro breve
Como qualquer outra tecnologia que conhecemos e até aquelas que adotamos para o nosso dia-a-dia, o reconhecimento facial tem vantagens e desvantagens, mais ainda é uma tecnologia recente, principalmente no Brasil, portanto, é normal que ela esteja passando pela fase de validação, o que é absolutamente compreensível no processo de inserção de novas tecnologias no mercado, e até mesmo da criação de novos hábitos de consumo — é só uma questão de tempo até você estar utilizando esse recurso.
Tudo indica que nos próximos dois anos essa será a tecnologia mais notável em termos de uma próxima revolução tecnológica no mundo digital. Portanto, o mercado precisa de empresas altamente especializadas e com visão futurista para atender a essas demandas, desta forma, a Deconve surge no cenário nacional como uma das primeiras empresas de Inteligência Artificial do Brasil. Trata-se de uma empresa especializada em processamento de imagens digitais e reconhecimento facial, a qual domina a tecnologia em questão e tem como missão oferecer soluções de alto impacto, acessíveis a todas as camadas da sociedade.
