Qual foi o último e-mail que você trocou com alguém que já se foi?
Em meu trabalho como jornalista investigativo, comumente me deparo com trocas de e-mails enviadas por fontes ou entrevistados. Ao longo dos últimos anos, os correios eletrônicos se tornaram provas corriqueiras e legítimas não só para mim, mas para investigadores do mundo todo. As caixas de entradas não guardam apenas pedaços de histórias de mistério e ganância: nelas dormem também preciosidades sentimentais de valor inestimável a quem enviou e recebeu — fragmentos eletrônicos das relações humanas.
Qual foi o último, ou mais significativo, e-mail que você trocou com algum ente querido que já deixou esse mundo?
É isso o que eu desejo saber.
Os e-mails são parte de nossas vidas há tempo suficiente para considerá-los capítulos escritos de nossas histórias pessoais. Pais e filhos trocam e-mails. Amigos, conhecidos virtuais, parentes distantes, colegas de trabalho, todos usam e-mails em todo o mundo. Como parte da vida, ao longo do tempo, algumas dessas pessoas acabam falecendo.
O que elas disseram a seus amigos e parentes antes da morte?
Qual foi a sua última carta mais significativa, que ainda vive na caixa de correio dos que estão vivos?
Eu gostaria de ouvir as histórias por trás destes últimos e-mails, e publicar o seu e-mail, parte dele ou todo, em uma reportagem especial aqui no Medium, que vai incluir e-mails de vários países do mundo.
Um amigo muito querido que partiu anos atrás ainda vive intensamente em minha própria caixa de entrada. Muitas vezes, quando eu sinto falta dele, procuro os e-mails que ele me enviou, fico lendo em silêncio, na maior parte das vezes sorrindo, e assim sou capaz de me lembrar dele como a pessoa que era: incrível. Acredito que muitas pessoas façam o mesmo.
Eu quero conhecer essas histórias.
Você pode responder a este texto usando a caixa abaixo (write a response) ou enviar um e-mail para: leandro@mediuminternational.com. Posso mudar nomes para preservar a intimidade, se assim desejar.
