Katy Perry — Dentro e fora da Apoteose
Saiba o que vai rolar no show da cantora e também como a cidade do Rio recebe grandes artistas internacionais
O ÁLBUM
A cantora norte-americana Katy Perry está em turnê de seu quinto álbum de estúdio, Witness, lançado em meados do ano passado. As faixas promocionais lançadas até o início da turnê mundial foram “Chained to the Rhythm”, “Bon Appétit” e “Swish Swish” com participação de Gretchen no clipe!
Sem inéditas de álbum desde 2013, Katy Perry teve tempo para pesquisar e se reinventar para montar o mais recente disco. Entretanto, o resultado parece ter sido a volta da cantora ao sex-power do início da carreira, com músicas explícitas como “Bon Appétit”. Isso tudo apesar da cantora ter mencionado algumas vezes ter encontrado um pop propositado: “uma era definitivamente de um pop com mensagem” Katy disse para a rádio Capital FM.
Sim, nem todas as músicas são somente dançantes, como “Victory”, “She’s So Creepy” e “North Star”, no entanto, dentro de um álbum elas mais destoam que agregam como boas músicas que compartilham de um norte.
O SHOW — RIO DE JANEIRO
Katy Perry é uma das maiores cantoras de sua geração e há pelo menosuma década arrasta milhões de fãs ao redor do mundo. Receber uma grande estrela demanda muita organização para o melhor resultado. E não é que o pessoal carioca se enrolou?
Pelo menos é o que as notícias levam a entender. O show estava agendado para o Parque Olímpico no domingo, 18 de março. A um mês da data a organização alterou o lugar para a Praça da Apoteose porque o antigo local não correspondeu a todas as normas no prazo estabelecido. E um outro está pronto em cima da hora? Okay, promotores!
Quem já comprou ingresso e garantiu lugar para acompanhar a musa pop, no entanto, não precisa se preocupar. Os bilhetes para o Parque Olímpico continuam valendo e os lugares (Pista e Pista Premium), também. Além disso a organização criou um canal direto para tirar dúvidas e atender também aos fãs que queiram desistir de acompanhar o show por conta da mudança.
E A CIDADE COM ISSO?
A Cidade Maravilhosa recebe mega eventos mundiais desde o Último Baile do Império! Dentre Panamericano, Olimpíadas, Rio+20, Jornada Mundial da Juventude, eventos e shows de níveis globais, já era pra ter aprendido exatamente o que se fazer. Aprendemos, RJ?
Para um pouco mais de entendimento entrevistei o gerente de trânsito da CET-Rio, Alexandre Couto:
Quais os aspectos negativos que um evento de grandes proporções traz para a cidade e seus moradores?
O básico. O direito de ir e vir é prejudicado, principalmente dos morados dos arredores do evento em virtude de bloqueios de rua, mudança do tráfego e congestionamentos. Um exemplo como um show pode atrapalhar inclusive a privacidade sonora dos residentes, dependendo do lugar e absorção acústica.
Como a cidade se prepara para receber um evento internacional como este?
Tudo é feito com reuniões entre os organizadores e a prefeitura que vai comportar e dar suporte. Mais especificamente, quase sempre, a Rio Tour. Um evento pode envolver a polícia, corpo de bombeiros, orientadores de trânsito. Dependendo da dimensão do evento até mesmo a secretaria de saúde é acionada. Além disso os organizadores podem contratar equipes particulares. Feito isso, cada órgão vai determinar o modo operação. Por exemplo, a polícia militar sabe quanto de efetivo (pessoal) vai ser necessário para um número x de pessoas mobilizadas pelo evento em questão.
O que a prefeitura faz para garantir a chegada e a saída do público que vai ao show?
Falando pela inteligência de trânsito, sempre é incentivado uso de metrô, trem e ônibus. O coletivo em vista carro privado ou até mesmo táxi/uber é sempre preterido porque quanto menor o fluxo de veículos no entorno do evento, melhor para todos; o público do show, moradores locais e pessoas que utilizam aquela rota no seu dia-a-dia. Isso para diminuir o trânsito, poupando tempo, gastos e também diminuindo números de acidentes e possíveis brigas. Mas tudo isso depende de onde será o evento, que tipo de evento e qual o público do evento.
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