Aventuras de Capital

digifly.me
3 min readNov 29, 2017

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As vezes não basta assistir, tem que se jogar

No seriado “Silicon Valley”, Richard Hendricks é um tímido mas super inteligente programador. Ele criou um algoritmo revolucionário de compressão de dados, que sendo utilizado na Internet, permitiria o “streaming” com qualidade muito superior. Vários investidores o abordaram, ele entrou e saiu de vários acordos, ficou quebrado, e hoje está com uma nova solução para entrar no mercado.

Na economia digital de hoje, em muitos casos, o investimento interno e a atividade de fusões simplesmente não são suficientes para impulsionar o crescimento das empresas que precisam se manter competitivas. Como uma alternativa cada vez mais crescente, o modelo de capital de risco corporativo (CVC), embora não seja novidade, tem criado uma nova dinâmica no ecossistema de investimentos e do estímulo à inovação, assim como uma boa estratégia para empresas que querem acelerar sua entrada no processo de aprendizado de tecnologias, práticas e métodos para a sua jornada de transformação digital. Se você ainda não sabia, embora o escopo do CVC esteja em empresas nascentes e emergentes, o setor de venture capital ajudou a criar cases como a Apple, Intel, FedEx, Microsoft, Sun Microsystems e Compaq Computer. Cada uma dessas companhias recebeu aporte de fundos de venture capital no início de seu desenvolvimento e, posteriormente, tornaram-se empresas de capital aberto. Empresas avançadas como, por exemplo, a Intel, Google e GE estão demonstrando os benefícios práticos dos CVCs para alimentar seu mecanismo de inovação.
Na prática, investir neste tipo de iniciativa pode permitir um aumento de esforços e integração de P&D. Enquanto muitas empresas procuram escolher os parceiros com mais chance de sucesso “garantido”, outras vão além e procuram parceiros que sejam capazes de detectar novas oportunidades de ruptura, longe do “mainstream”. Isto é especialmente verdadeiro nos investimentos em estágios iniciais, que fornecem uma forma de amplificar a inovação no âmbito do core, mas também em mercados e oportunidades adjacentes.

O benefício mais óbvio é um vínculo próximo ao potencial alvo de aquisição, impedindo outros concorrentes de se beneficiar das iniciativas deste novo parceiro. Não só um investimento de proteção à propriedade intelectual, mas também como manutenção do relacionamento íntimo com a empresa.

Como formalizar investimentos em empresas, que não são próximas ao nosso negócio, mas que possuem uma grande potencialidade para impulsionar o mercado e gerar inovações? O que se sabe é que empresas que abrem seus investimentos para além do seu segmento de atuação ganham reconhecimento do mercado e muita inteligência competitiva gerada pelo contato com outras formas de gestão. Existem alguns momentos em que as empresas podem procurar e identificar outros negócios em que exista uma oportunidade de aproximação e de sinergia. Neste caso, não necessariamente a empresa investida tem um produto próximo ou complementar ao seu core business. O investimento pode se dar pelo potencial apresentado pela empresa e pelo nível de aprendizado e troca que acredita-se ser gerado com a empresa investida. Assim, é realizado um aporte de capital para auxiliar na maturação da empresa para uma possível aproximação ou parceria definitiva.

Em inúmeras estratégias para pavimentar um solo fértil para a geração de inovações, não podemos só nos restringir ao que podemos produzir dentro da organização, ou trazendo e elencando parceiros, mas também aportando e apostando em novas organizações que futuramente podem render não só sinergias de inovação e eficiência a sua organização, mas também como render grandes resultados financeiros e novos clientes, ou "cross-sell" com clientes da sua carteira.

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“A Transformação Digital começa com você, não com tecnologia…”

Feito com ♥ por Richard Hechenbichler e contribuições de Gustavo Schmal, Mario Flores Neto, Leo Diniz Treulieb.

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