De Hero Quest até Jóia da Alma

ou “Como o passar do anos transformou um muleque de 15 anos em um rpgista”

Douglas Dias
3 min readSep 30, 2017
O começo de tudo..

Lá pelos meados dos anos 90, fui criado em uma família que amava jogos de tabuleiros.

Eu sei que em algum momento você que está lendo já jogou Banco Imobiliário, War, Jogo da vida e outros. Isso fez com que sempre quis consumir esse tipo de “brinquedos”. E caso você não tenha feito parte dessa época, tenho que te dizer que esses jogos eram vendidos nas partes mais escondidas das lojas de brinquedos.

Mas tinha um jogo que eu sempre via na vitrine de uma dessas lojas, só que por motivo de falta de informação de uma vendedora eu fiquei sem ele. Essa história é bem longa… E talvez a conte uma outra hora…

Os primeiros dados rolados

Hero Quest foi o início disso…

Quando finalmente consegui jogar Hero Quest (isso quase 1 ano depois de irritar o meu pai para comprá-lo e não conseguir…) fez com que eu surtasse e amasse cada minuto jogando aquele jogo.

Joguei ele por quase 3 anos, e só parei porque o dono do jogo teve que mudar de cidade…

Mas ae veio o colegial…

Esse era xerocado…

Famosa vida adulta

Durante o colégio tudo isso veio a tona novamente, isso por causa de um amigo e um grupo de RPG desmontado e eu fazendo parte de uma nova formação. O RPG entrou definitivamente na minha vida.

Tac0, druidas, magias arcanas, elfo como classe, RPG depois das aulas, Tolkien….

Esse também era….

Tudo isso fez parte dos meus dias durante toda a minha adolescência…. Até que chegou a famosa vida adulta.

Infelizmente os dias de RPG se tornaram longos dias de busca por emprego, estudos da faculdade, TCC’s, poucos minutos de sono….

O retorno dos malditos a terra do nunca

Em uma postagem no perfil da Jambõ Editora, a editora aonde o cenário de RPG que eu jogava é publicado, (isso lá em 2010, quase 10 anos sem tocar em nada do cenário) me fez relembrar os dias de jogo na adolescência. Logo tentei buscar as mudanças que tinham acontecido no cenário. E foram muitas.

Li os livros novamente, relembrei algumas coisas, entrei em grupos no Facebook sobre o assunto, conheci pessoas que também jogavam e não tinham grupos para jogar e montei grupos para jogar com essas pessoas.

E como é de se esperar, o Facebook fez com que os moleques do colégio se unissem novamente para jogar, isso depois de mais de 15 anos sem jogarem juntos.

Jogamos???

Sim…

Jogamos muito???

Não…

E o que tudo isso tem em comparação com o livro “Joia da Alma”???

Simples, assim como Christian (o protagonista da história) tenta a todo custo esquecer o seu passado, mas percebe que não é tão fácil assim. O passado é o que nos molda e nos transforma em algo que somos hoje, e a cada escolhas que são feitas agora nos transforma e molda no que seremos no futuro.

Obs: A vontade de escrever esse texto apareceu depois de uma publicação no Facebook da Galápagos Jogos, que fez uma menção ao Hero Quest.

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