Atlético vira sobre o Doze e conquista Capixabão 2017 invicto

Do Um Ao Onze
4 min readMay 7, 2017

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Imagem: Reprodução/NUDE Coletivo

Por Marcos Barcelos

O dia 6 de maio de 2017 já estava marcado para fazer história para Atlético de Itapemirim ou Doze, no Estádio Sumaré, em Cachoeiro. Os dois clubes até então não sabiam o que era levantar uma taça, ainda mais sendo a do torneio mais importante do Espírito Santo.

De um lado, estava o Galo da Vila, a sensação do Capixabão 2017, que chegou à final de forma invicta. Foram sete vitórias e cinco empates, 23 gols marcados e apenas nove sofridos. Melhores ataque e defesa do torneio, o time de Zé Humberto é um time bem posicionado no esquema 4–5–1 e possui bom toque de bola.

Do outro lado, era o Dozão da Massa, a surpresa do campeonato. O time começou como candidato fortíssimo ao rebaixamento, começou surpreendendo a todos, passou por um W.O. contra o Tupy, mas seguiu firme e forte no Capixabão. Tirando o jogo contra o Índio Guerreiro, a equipe só havia perdido uma partida, justamente contra o Atlético. O time de Orlando da Hora é bem veloz e precisava superar o favoritismo do rival.

O primeiro tempo das duas equipes foi bem longe de tudo o que foi descrito. O público no Sumaré testemunhou uma etapa com poucas jogadas perigosas. Muito porque Galo e Dozão tiveram que jogar de forma diferente do que costumam fazer. O Atlético esperava mais o adversário em seu campo de defesa e buscava os contra-golpes. Já o Doze teve que ir para cima, pois o empate não servia.

Mas na segunda etapa, o jogo ganhou muito em emoção. Com três minutos de jogo, a primeira grande chance da partida esteve nos pés de Wendel, do Atlético-ES. Ele invadiu a área e cruzou a bola, que foi em direção ao “teto” do gol de Robson Bahia. Dois minutos depois, Kleber Viana acertou a trave do Doze, após um cruzamento feito por Wendel.

Aos 11 minutos, o Galo desperdiçou uma grande chance em um contra-ataque puxado por Wendel. Ele fez o passe para Rodolfo, que bateu mal na bola, nas mãos de Robson Bahia. O castigo veio um minuto depois: em bela cobrança de falta, o lateral-direito Cássio abriu o placar para o Dozão.

Se o segundo tempo havia começado melhor, ganhou ainda mais emoção com o gol. O Atlético alugou o meio-campo em busca do empate. O Doze quis aproveitar a vantagem para tentar jogar no seu estilo, em velocidade.

Mas o Galo não deu sopa para o azar. Aos 22 minutos, Wendel bateu escanteio, a bola desviou em Cássio e sobrou para Marcos Felipe, livre, para marcar. O árbitro Dyorgenes Padovani chegou a marcar impedimento, mas após conversa com o bandeira, confirmou o gol: 1 a 1 no Sumaré.

O empate dava o título para o Atlético-ES, mas eles queriam levantar a taça em grande estilo. Aos 29, Paulinho cruzou na linha de fundo e o zagueiro Léo Breno cortou com a mão. Pênalti marcado e batido aos 31, por Wendel. Bola para um lado, goleiro para o outro: 2 a 1. Com esse gol, Wendel se tornou artilheiro do Capixabão com seis gols, ao lado de Márcio Carioca, ex-Rio Branco.

O Doze perdeu duas grandes chances que poderiam reverter a situação. Aos 41, Vitinho bateu cruzado, mas Kleber Viana tirou na pequena área. E aos 45, Victor cabeceou e Ranule fez grande defesa. No rebote, Marcone finalizou e o goleiro fez milagre. Fim de papo e o Atlético se consagrou Campeão Capixaba pela primeira vez em sua história e de forma invicta.

Junto com o título, vieram as vagas para a Copa do Brasil e para o Brasileirão da Série D em 2018. Agora o time deve focar na Copa Espírito Santo, que começa em julho. Já o Doze vai parar suas atividades em 2017 e volta apenas no Capixabão 2018.

Parabéns, Atlético de Itapemirim!

Atlético de Itapemirim 2x1 Doze — Final Capixabão 2017, Jogo de Volta

Estádio: Sumaré, Cachoeiro de Itapemirim-ES

Árbitro: Dyorgenes Padovani

Atlético-ES: Ranule; Paulinho, Kleber Viana, Rhayne e Marcos Felipe; Araruama, Waldir (Gaúcho), Zizu e Wendel; Weliton (Luan Macaé) e Rodolfo. Técnico: Zé Humberto.

Doze: Robson Bahia; Cassio, Joaquim (Mendonça), Léo Breno e Paulo Vitor; Vitor, Deivid (Vitinho), Marcone e Balbino, Chiquinho e Maycon (Zé Carlos). Técnico: Orlando da Hora.

Gols:

Segundo Tempo: Cássio (Doze), aos 11; Marcos Felipe (Atlético-ES), aos 22; Wendel (Atlético-ES), aos 31.

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