Comece 2018 dando dois passos para trás

Eduardo Damico
4 min readDec 20, 2017

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Se preparando para um grande salto

Nesse segundo semestre de 2017 nós começamos a conversar com o start do "Quando o paraquedas ainda não abriu". E agora, gostaria de terminar esse ano compartilhando e admitindo mais algumas coisinhas.

Vou começar admitindo que escrever me veio muito a calhar como válvula de escape e desabafo em um momento que as frustrações profissionais falavam mais alto. Mas como bom millennial que sou, entendo que isso seja fundamental à minha felicidade e intrínseca ao meu propósito (in progress).

Infelizmente não é surpresa também que essa maldita fase tem a péssima mania de reaparecer. E mês passado acabei boicotando meu processo criativo, o que me impossibilitou a elaboração de um conteúdo no mínimo interessante.

MAAAASSSSSS

Agora que passou a bads (obg), eu voltei para contar uma historinha recente que NÃO resultou em emprego mas levantou uma série de perguntas para superar esse momento.

Não ser contratado salvou meu sonho

Lembram aquele papo das oportunidades não caem do céu? A mais pura verdade… (não tá fácil). Mas ainda assim, com a dádiva do networking, consegui cavar algumas entrevistas.

Um amigo estava saindo de uma empresa X e me indicou para sua vaga que precisava de preenchimento rápido. Essa empresa era legal mas não tinha nada a ver com o trabalho dos sonhos ou me ajudar a chegar lá. De qualquer forma, mandei a mensagem para o dono dessa empresa. E para vocês terem ideia da velocidade, eu fiquei sabendo da vaga na quarta e na sexta eu fui entrevistado.

No início da conversa, já tinha ficado mais ou menos claro que eu preenchia os requisitos mínimos e estava com a impressão (padawan) que estava tudo se encaminhado para fecharmos negócio. Só que com uma perguntinha tudo mudou:

Por que você quer trabalhar com isso ao invés da consultoria que você falou inicialmente que era o seu sonho?

Eu até tentei desenrolar uma explicação plausível para o meu interesse nisso, usando daquele assunto dos conhecimentos em T (lembram?).

Mas entrevistador, que também era dono da empresa e experiente em consultoria me deu um conselho sincero porém duro.

“Sinceramente, por mais que eu tenha gostado da nossa entrevista eu de verdade não acredito que seja o melhor caminho para você atingir o seu objetivo profissional."

Apesar disso, ele conversaria com seus sócios e me responderia segunda ou terça a sua decisão final.

Eu sai de lá com uma mistura de ultrajado + curioso. “Como assim esse cara que eu nunca vi tem esse interesse sincero em qual o melhor caminho para atingir meus objetivos?!” Jogou um punhado de sal na ferida que eu tentava ignorar e me fez repensar todas as escolhas profissionais recentes, o quanto elas eram focadas para o meu objetivo ou avaliar se não foram a ansiedade e o medo que as impulsionou.

Resultado: ele não só não me contratou mas também não me avisou o resultado ou respondeu a minha mensagem. Mas de qualquer forma eu provavelmente serei eternamente grato, já que essa conversa abriu a minha mente e deu reforçou um replanejamento de objetivos para 2018.

Não fechar todas as portas

Então pensei: "Beleza, então só vou me contentar com uma vaga naquela empresa ali e ponto."

Ganhei de presente conselho do Mr. Flávio de NÃO abraçar o “orgulho burro”. Não vale a pena correr o risco de dispensar completamente 99 oportunidades na expectativa de 1 oportunidade exatamente "perfeita". Então eu e você, não podemos esquecer de fazer uma forcinha para não fechar todas as portas em prol do sonho, já que é sempre bom ter algumas cartas na manga.

Não se apoie na conveniência

Mas de verdade amigos, perseverar nos seus sonhos é osso duro. E não vai ser raridade se sentir mal por ter dado de cara no chão, ou inseguro e muito ansioso. Isso tudo torna tentador a mudança para o caminho conveniente e fácil

Mas nunca se esqueçam: A conveniência é uma MERDA, e normalmente não te leva muito longe ou traz felicidade

Próximo salto

E ainda bem que não saem só bobagens desse cabeção. Depois dos meus tropeços, já replanejei meus planos A e B, com o C em construção. Acredito que o foco e a felicidade são diferenciais para tomar essas decisões.

Certa vez um amigo me disse o quão importante era o processo de replanejamento de objetivos. Isso é mais frequente do que imaginamos, já que, na vida de cada um, os contextos estão em constante transformação.

Às vezes precisamos dar dois passos para trás para saltar mais longe ainda

Então por um 2018 em que todos peguem os sucessos e fracassos de 2017, somem em uma noção da realidade e resultem no replanejamento que envolve dar dois passinhos para trás, pegar impulso e dar um salto MUITO maior.

Boas festas, conversaremos de novo em janeiro!

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