Ecstatic Dance: a festa sem fala, álcool e celulares.
Sexta-feira, dez horas da noite. E você, mais uma vez, se preparando para o momento mais esperado da sua semana: uma festa naquele bar super famoso.
Amigos, banda tocando e muita cervejinha. Ufa, — pensa você — finalmente vou me divertir! E então parte em direção ao bar.
Chegando lá você coloca o papo sobre corrupção, daquele seriado novo e da rotina do trabalho em dia. E então, depois de alguns copos de cerveja e amigos nos respectivos celulares, você decidi ir próximo à banda para escutar melhor a música.
Após seus primeiros tímidos movimentos de dança lhe abordam para encher seu saco, digo, seu copo, e perguntar mais daquilo. Isso, daquilo mesmo:
blá, blá, blá.
Espera. Um sentimento implode dentro de ti: tem algo de errado nisso tudo isso aqui. Meus amigos mal se escutavam, falavam um por cima do outro e julgavam-nos sem parar. A banda não tinha um par de pés que vibravam junto à sua música. A cervejinha, bem, me faz lembrar dela a cada ida ao banheiro, indigestão e indisposição.
Realmente tem algo de errado aqui. Isso não está tão divertido quanto eu pensava. Será mesmo que eu deveria ter vindo aqui? Não seria melhor eu ter ficado em casa e ter assistido aquele seriado? Ou será que o problema está comigo que estou envelhecendo?
Se você, assim como eu, já se sentiu assim algumas vezes, eu tenho algo muito especial para te contar.
E se você fosse para uma festa que você pudesse sentir a música e dançar como sempre quis e como nunca fez? E se nela você pudesse se desenvolver por completo: exercitar seu corpo, expandir a sua mente e acessar a essência da sua alma? E ainda por cima encontrar diferentes pessoas dispostas a tudo isso numa só noite?
Essa festa é a Ecstatic Dance. Uma festa sem fala, álcool e celulares.
O espaço sagrado para quem quer dançar como sempre quis e como nunca fez.
A Ecstatic Dance foi criada em 2010 no Hawaii para aqueles que buscam a diversão, a qualidade de vida e o auto-conhecimento na sua máxima potência, tudo junto. Uma verdadeira celebração à vida, inspirada no Burning Man.
A diversão é garantida pela seleção cuidadosa das músicas a cada edição. Após um alongamento, elas iniciam de forma mais calma, aumentam a frequência, chegam ao êxtase, navegam por diferentes tons, diminuem o ritmo e, por fim, se encerra serena. Como a forma de uma onda, ou, para alguns (como eu), uma tsunami de emoções.
A qualidade de vida é garantida pelo exercício físico de 2–3 horas, rompimento do uso de álcool ou qualquer outra substância e um início/término de festa em um horário mais natural, além da economia financeira. Sua disposição e fluidez após a dança fará você se sentir como se tivesse 7 anos de idade de novo, quando ainda dançava como acabara de fazer.
O auto-conhecimento é garantido pelo aumento da expressão corporal, superação dos próprios limites (estamos desabituados a tamanha liberdade) e desenvolvimento de outras formas de comunicação com as pessoas (olhares, toques e afins). Você nunca mais será o mesmo, vai por mim!
Para isso tudo isso acontecer os participantes seguem os cinco princípios da Ecstatic Dance:
- Dance como quiser.
- Pista de dança sem conversa.
- Sem uso de drogas lícitas ou ilícitas.
- Sem uso de celular ou qualquer outro eletrônico.
- Respeito ao espaço do outro.
Todo esse êxtase acontece em estúdios de yoga/dança, espaços colaborativos ou na natureza. No Brasil, onde iniciamos em maio deste ano, tivemos três edições em dois meses. Duas no Rio de Janeiro e uma em Salvador. Na última edição no Rio tivemos mais de 50 pessoas, e depois da roda de partilha, oferecemos alimentação vegana além de anunciar o destino de todo o lucro da festa para uma ONG que entrega alimentação vegetariana para moradores de rua do Rio.
Incrível, não é verdade? Inclusive esse movimento já acontece por toda América do Norte, Europa e Sudeste Asiático. Em San Francisco, onde hoje a ED coloca mais de 500 pessoas por semana, a terceira edição não chegou a 20 pessoas. Então onde será que nós, o país do carnaval, podemos chegar?
Bem, essa não é uma pergunta fácil. Mas se você também cansou — ou ao menos deseja testar ou variar — das festas regadas a álcool, celulares e interrupções, eu lhe faço um convite:
Vem dançar como sempre quis e como você nunca fez?
Custa quase nada e o valor (de ser criança) é inestimável.
Se você quer ver na prática, confere este vídeo da ED da Índia aqui:
E agora, quer dançar na próxima Ecstatic Dance Brazil?
Teremos essa semana em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Não estará em nenhuma dessas cidades e deseja co-produzir uma?
Não perca a chance e envia uma mensagem agora em nossa fanpage! ;-)