Mídia Programática

Eduardo Hoffmann
2 min readSep 4, 2015

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Um jeito antigo de comprar mídia digital, mas você nunca tinha ouvido falar. Não com esse nome…

Nova Iorque, 1996. Kevin O'Connor e Dwight Merriman fundavam a Double Click, uma das primeiras companhias Ad Server do mundo a abrir seu capital.

O sucesso da DoubleClick estava (e ainda está) na sua tecnologia DART (Dynamic Advertising Reporting & Targeting) que permitia a entrega precisa de anúncios apenas em canais e sites do seu inventário de parceiros que eram de interesse do anunciante. Em 1999, a DoubleClick se uniu à Abacus, e passou a cruzar dados pessoais identificáveis (nome, telefone, email, endereço, etc.) com padrões de navegação. Era o início que conhecemos hoje como Remarketing. Mas isto qualquer pessoa sabe: está até na Wikipedia.

No Brasil, também existem empresas que há muito tempo oferecem este formato de venda de mídia… e como sofriam (e ainda sofrem) para convencer as agências a incluírem seus inventários no plano de mídia dos clientes. Elas simplesmente não entendiam e a tendência humana é desprezar aquilo que não se compreende.

"Google não funciona. É como rasgar dinheiro."

Mídia Programática nada mais é do que entregar os anúncios certos para as pessoas certas e no momento certo, fugindo do desperdício. E isto já existe e está ao alcance de anunciantes há quase 15 anos. É como se você pudesse encartar um anúncio da sua empresa de flores em todas as revistas e jornais de uma banca, mas apenas nos exemplares que fossem comprados por homens em vésperas de aniversário de casamento. Incrível? Nem tanto.

A tecnologia já permite que a compra e venda de espaços de mídia tenham esta eficiência; tanto no online como na mídia impressa; e isto é bom tanto para o anunciante, que terá mais atenção do público impactado, quanto para o veículo, que poderá ter mais anunciantes no mesmo espaço. Mas, como toda nova tecnologia, a preparação profissional para executar uma compra de mídia com este método obriga os "mídias" e os CEO de grandes agências a saírem da sua zona de conforto: agora, além de prever o resultado com os dados que o veículo diz ter, você terá que comprová-lo, analisá-lo e reprogramar sua compra de mídia… o tempo todo.

"Se é tão antigo assim, porque eu não ouvi falar disso antes?"

Ora! Como a sua agência poderia oferecer algo que não tem a menor ideia de como funciona? Melhor tentar tirar essa ideia da cabeça do cliente… afinal a Google nem paga BV!!! Mas não vou entrar nesse mérito, agora.

De alerta, fica este: Mídia Programática não é nenhuma novidade. Quem lhe oferecer como se fosse, é tão iniciante quanto você.

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Eduardo Hoffmann

Growth Marketing, Martech, Automareting. SEO, B.I. Digital Media & Web Analytics.