Por que não um estágio empreendedor (de verdade)?

Éfrem Maranhão Filho
2 min readOct 10, 2016

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Desde que ensinei na UFPB, eu já era frustado de como os estágios — de modo geral — eram bem inúteis e só para preencher currículo, por ser uma exigência para se formar. Com toda essa movimentação das empresas digitais — ou se digitalizando — fez com que surgisse uma dúvida. Por que não um estágio empreendedor? Há algumas initiciativas como o do Insper, do IEL e do Governo de SP, porém ainda muito tímidas e não ousadas como qualquer programa de empreendedorismo deveria ser.

Como já temos algumas iniciativas nesse sentindo no NITE-CEUMA, criei uma proposta de estágio empreendedor para cursos universitários. Acredito que toda IES deveria ter uma forma dessa para os alunos poderem não apenas serem “office boys de luxo”, mas testarem como seria empreender e balancear isso com a vida universitária.

Como funcionaria?

O programa selecionará discentes, com ideias inovadoras e o responsável auxiliará na ideação, desenvolvimento e acompanhamento do estágio. O programa é para estágios obrigatórios e não remunerados, desde que estes tenham, interesse em seguir em empresas digitais ou abrir o seu próprio negócio.

Terão bootcamps associados ao programa de estágio e serão realizados em períodos semanais ao longo do estágio, visando fortalecer áreas deficientes dos discentes. Ainda associado ao programa, serão selecionadas startups e empresas digitais, as quais disponibilizarão profissionais específicos para trabalharem em par — podendo ser todo o período em par ou utilizando de outros métodos de pareamento do ecossistema de startups e empresas digitais.

Os projetos para os estágios devem focar no aprendizado, com 60% de desenvolvimento do produto e o restante no planejamento e reflexão sobre o aprendizado. Espera-se divulgar o conhecimento aprendido para a comunidade e os participantes se transformem em catalisadores para o ecossistema. Com entregas semanais — ou seguindo o formato das sprints de cada empresa — para se concluir, é preciso entregar os objetos de aprendizagem referente a cada entrega (o que foi aprendido, o que erraram e como irão melhorar).

Quer saber mais? Veja o projeto em incubação do NITE-CEUMA.

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