Raio-de-luz-incandescente-furta-cor

Rhuan Carlos
2 min readNov 25, 2017

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Ultimamente a minha companhia tem sido a minha melhor amiga e, ao mesmo tempo, a minha pior inimiga. Eu aprendi enquanto visitava a parte mais obscura de minh'alma coisas sobre mim que eu não fazia ideia que existiam… Eu compreendi medos, compreendi erros, compreendi acertos e entrei numa fase onde a pessoa que eu sou, e fui, evoluiu tanto que eu quase não me reconheço mais.
Olhar para o espelho interno, enxergar com os olhos do coração e notar que você não é mais a pessoa que você foi moldada para ser é uma das sensações mais incríveis que eu já pude vivenciar. Mas também é uma das mais assustadoras. “E se as pessoas não estiverem preparadas?”, “E se todo mundo me abandonar?”, “E se nem eu souber lidar com tudo, será que eu vou surtar?”, eu penso, já surtando.
Chegar no momento em que você sente, com toda a convicção, de que dores passadas não importam mais, de que quem vem na frente não tem culpa do que veio atrás, de que tudo acontece por um motivo, de que você não tem culpa de não sentir da forma que as outras pessoas sentem e de que você é livre, aquele raio de luz bate e tudo parece fazer sentido.
Eu senti dores, eu senti amores, eu senti o karma, eu senti saudades, eu senti beijos… Eu senti. Hoje, quem eu fui, quem eu sou e quem eu serei, andam de mãos dadas numa estrada cheia de raios-de-luzes-incandescentes-furta-cor, de energias lindas e de linhas não mais emaranhadas. Hoje, quem eu fui, quem eu sou e quem eu serei, está em paz. Hoje, quem eu fui, quem eu sou e quem eu serei, foi, é e será. Apenas será.

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