Rio de Janeiro Revela Enorme Grafite Científico

Elton Wade
3 min readJun 17, 2018

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Graffiti em parede no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas do Rio de Janeiro.

O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) do Rio de Janeiro inaugurou hoje o que chama de o maior grafite urbano dedicado à ciência.

Abrangendo 240 m², o graffiti ocupa as paredes que cercam o instituto. Ele é dividido em oito segmentos que tocam cada tema específico, incluindo “a partícula que mudou o Brasil”, “do nano ao macro” e “em busca de mais”. O “destaque”, segundo o CBPF, é “construtores da ciência”, que conta com a cara de 100 cientistas e se inspira na famosa pintura “Operários”, em 1933, da pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral.

“Este trabalho permitiu-me ver o mundo de forma diferente.” Gabi Tores

O grafite foi liderado por Gabi Tores, estudante de artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O mural levou 600 horas para ser concluído usando 110 litros de tinta e 324 latas de spray. “Me apaixonei pelo projeto quando percebi que essa interação com o público seria única e que estávamos trazendo um conceito inovador para esse tipo de arte urbana”, diz Tores. “Esse trabalho me permitiu ver o mundo de maneira diferente. Em particular, percebo o valor da ciência e como ela está tão próxima de nós, mas às vezes nem percebemos isso.”

Mosaicos escondidos

O CBPF realiza pesquisas sobre uma variedade de tópicos, desde a nanotecnologia até a física de alta energia, é um dos principais institutos de física do país. Ele também serve como o principal centro para a infra-estrutura acadêmica de Internet na qual uma variedade de outras instituições científicas depende, como o Instituto Nacional do Câncer do Brasil. Durante os Jogos Olímpicos de 2016 na cidade, as instalações do instituto foram usadas até como sede da segurança digital do evento.

O grafite também aparentemente contém vários quebra-cabeças ocultos associados à ciência e tecnologia, cujas respostas você pode enviar no site do projeto. Aqueles que resolvem o que o CBPF dubla os enigmas “mais difíceis” receberão até mesmo um prêmio, que pode incluir uma visita ao CBPF, ou — se o orçamento permitir — uma visita ao laboratório de física de partículas do CERN perto de Genebra.

Veja mais imagens da obra abaixo.

Cortesia: Luiz Baltar
Cortesia: NCS-CBPF
Cortesia: NCS-CBPF
Cortesia: NCS-CBPF
Cortesia: Luiz Baltar

Michael Banks é editor de notícias da revista Physics World

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Elton Wade

A INTERPRETAÇÃO QUÂNTICA E RELATIVÍSTICA DA NATUREZA - As Ciências Naturais e a Matemática no Mundo Atual. CONSCIENTIZAÇÃO DO ESPECTRO AUTISTA.