10 dicas de como fazer slides que comuniquem sua ideia.

Emanuel Pessoa
7 min readMay 7, 2015

Um abordagem sobre produção de slides dos especialistas internos do TED.

10 Tips For Better Slide Decks — Tradução e localização por Emanuel Pessoa

Aaron Weyenberg é o mestre em produção de slide. Nosso User Experience Lead cria apresentações Keynote que são organizadas e deslumbrantes — do tipo que atrai você e o mantem cativado, mas de um maneira discreta que ajuda você a focar no que atualmente está sendo dito. Ele faz isso para sua própria apresentação e para muitas outras pessoas no escritório. Sim seus colegas de trabalho pedem para ele fazer seus slides, pois ele é o cara.

Pedimos para que Aaron engarrafasse a magia do seus encantados Keynotes para que outros pudessem se beneficiar dele. Aqui, 10 dicas para fazer um conjunto de slides eficaz, dividido em duas partes: os grandes objetivos globais, e os pequenos truques e dicas que tornará a sua apresentação encantadora.

Aaron usou essa imagem de um desastre na Nova Zelândia para compor um conjunto de slide da equipe técnica do TED — tudo sobre como eles preparam-se para o pior cenário. Ele pediu permissão para usar a imagem e creditou o fotógrafo, Blair Harkness.

A imagem gigante…

  1. Pense em seu último slide. A construção de seus slides deve ser como desenvolver seu último slide. Reflita sobre sua mensagem principal, estruture seus pontos de apoio, pratique varias vezes e depois comece a pensar em seus slides. A apresentação deve estar em seu propósito; os slides são apenas algo que você irá dispor em camadas para aumentar a experiência do expectador. Muitas vezes, eu vejo conjuntos de slides que se comportam mais como notas do apresentador, porém acho que seja mais efetivo quando os slides são para o público a dar-lhes uma experiência visual que foi acrescentada às palavras.
  2. Crie uma aparência consistente e perceptível. Em um bom conjunto de slides, cada slide se comporta como parte da mesma história. Isso quer dizer usar a mesma tipografia ou relacionada, cores e imagens em todos seus slides. Usando slides master pre-definido pode ser uma boa maneira de fazer isso, mas isso pode ser restritivo e me persuadir a muitos conjuntos. Eu gosto de criar alguns slides para manter elementos gráficos e tipografias, em seguida, copiar o que eu preciso desses slides para avançar.
  3. Pense sobre transição de tópicos. No entendo, isso pode facilmente ir longe demais no sentido de coerência. Você não quer que cada slide pareça exatamente o mesmo. Eu gosto de criar um estilo para os slides que sirvam como alimento para o que estou falando, e então outro estilo para as transições entre tópicos. Por exemplo, se meu slide comum tem um plano de fundo escuro com texto claro, então tentarei uma transição que tenha um plano de fundo claro com texto escuro. Dessa maneira eles se comportam como parte da mesma família, mas a apresentação tem ligação — e o público recebe um sinal visual que estamos nos movendo para um novo tópico.
  4. Com texto, menos é quase sempre mais. Uma coisa a se evitar — slides com muito texto, especialmente se o mesmo for uma repetição do que você está falando. Isso é como se você distribuísse panfletos em uma reunião — todos baixariam a cabeça e leriam, ao invés de ficarem de cabeças erguidas e ouvindo. Se há muitas palavras no seu slide, você está pedindo ao seu público para dividir sua atenção entre o que eles estão lendo e o que estão ouvindo. Isso realmente é difícil para um cérebro fazer, e compromete a eficiência de ambos, seus textos de slide e suas palavras faladas. Se você não pode evitar ter muitos textos no slide, tente revelar progressivamente o texto (com pontos um por um) como você precisar.
  5. Use fotos que potencialize o significado. Gosto de usar imagens simples, insistentemente, nas apresentações porque elas ajudam o que você está falando a ressoar na mente de seu público sem tomar atenção da sua fala. Procure por fotos que (1) transmitam fortemente o conceito que você está falando a respeito e (2) que não sejam formalmente complexas. Sua foto deve ser uma metáfora ou algo mais literal, mas deve ser limpo pois o público estará focado nela, e porque ela vai está emparelhada com o que você está dizendo. Por exemplo, eu recentemente usei a imagem acima — uma foto de um navio porta-container prestes a tombar (ele eventualmente afundou) — para uma habilitação de colegas de trabalho sobre preparação e falha. E abaixo está outro exemplo de uma foto que usei em uma apresentação sobre o lançamento do novo TED.com. O ponto chave é que o lançamento não é o fim do projeto — mas o começo de algo novo. Nós iremos aprender, adaptar, mudar e crescer.
Aqui, uma adorável imagem de um conjunto de slide que Aaron criou sobre o redesign do TED.com.

E agora algumas dicas táticas…

  1. Evite efeitos e transições. Keynote e Powerpoint vem com muitos efeitos e transições. Na minha opinião muitos desses não fazem muito para potencializar a experiência do público. Na pior das hipóteses, eles sutilmente sugere que o conteúdo de seus slides é tão desinteressante que uma transição de folha ou de partícula vai tirar o público fora de sua letargia. Se você usá-los, use os mais sutis, e matenha-os consistente.
  2. Use mascaras para direcionar atenção em imagens. Se você quer apontar algo em uma foto, você poderia usar uma grande seta. Ou você pode fazer o que eu chamo de ‘esconder-e-mascarar’. Eu faço muito isso quando estou mostrando um novo design de uma página web, particularmente quando eu não quero que o público veja o projeto inteiro até eu terminar de falar sobre os componentes individuais do mesmo. Abaixo está a imagem original.

Aqui está o processo de mascaramento. (1) Defina a transparência da imagem para algo menos que 100. (2) Duplique a image para que fique diretamente uma acima da outra. (3) Defina a transparência da imagem a ser mascarada de volta para 100. E (4) Siga essa técnica aqui para mascarar a imagem. Você irá chegar a algo parecido com isso.

Você pode usar essa técnica para mostrar qualquer coisa que você queira em uma captura de tela. Uma simples palavra, uma foto, uma seção do conteúdo — enfim, tudo que você queria que seu público esteja focado.

3. Dê vida a imagens grandes. Muitas vezes, eu quero mostrar uma captura de tela de um página em minha apresentação. Existe uma ótima extensão do Google Chrome para capturá-la — mas essas imagens são muitas vezes maiores que o tamanho da tela da apresentação. Ao invés de escalonar a imagem para um tamanho ‘legível’, ou corta-la, você pode mover verticalmente na medida que você fala sobre ela. No Keynote, pode ser feito com efeito de mover, que você pode aplicar a partir do painel de ação de um objeto.

4. Para um vídeo, não use autoplay. É super fácil inserir um vídeo no Keynote e Powerpoint — você apenas arrasta um arquivo Quicktime para dentro do slide. E quando você avançar o slide com o vídeo que vai automaticamente ser executado, às vezes pode demorar um pouco para que a máquina realmente comece a executar. Muitas vezes eu vi palestrantes clicar novamente em uma tentativa de iniciar o vídeo durante este delay, causando a ida pra o próximo slide. Ao invés disso, defina o vídeo para executar ao clicar. Dessa maneira você tem mais controle previsível sobre o tempo de início do vídeo, e até mesmo selecionar um quadro como capa para mostrar antes de começar.

5. Reproduza gráficos simples. Colocar uma imagem de um gráfico em uma apresentação é bom, mas isso quase sempre atrapalha a sensação do slide tornando-o desagradável. Se a informação do gráfico for simples o bastante (e você tiver um tempo extra) há uma maneira de torná-lo muito mais fácil aos olhos do público. Você poderia redesenhá-lo na aplicação nativa da apresentação. Isso pode soa como trabalho desnecessário e contraditório, mas pode de fato tornar a sua apresentação consistente e reflexivo como o sabor de uma sopa de nozes. Você terá controle sobre cores, tipografia, e muito mais. Aqui estão alguns exemplos.

Por último, eu gostaria de deixar uma recomendação de um par de livros. O primeiro é Resonate, por Nancy Duarte. Ele não é muito sobre slides, mas sobre falar em público no geral — que é a base para qualquer apresentação, independentemente de quão bom seus slides sejam. Nele ela quebra a anatomia do que faz uma ótima apresentação, como estabelecer uma mensagem central, estrutura sua palestra, e muito mais. (Um de seus estudos de caso vem da encantadora palestra de Benjamim Zander sobre música clássica, uma palestra que cativa o público do início ao fim.) Pense nesta leitura como pré-requisito para a minha segunda recomendação, também por Duarte: Slide: ology. Este é mais focado em recursos visuais de apresentação e slides.

Boa construção de slides.

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