Erick Eduardo
3 min readNov 24, 2015

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Doctor Who e uma nova forma de ver o mundo

Recentemente fui apresentado a série Doctor Who, e em poucos meses eu já posso dizer que sei mais sobre a série do que uma pessoa comum deveria saber. Não que eu seja o maior fã de Doctor Who de todos os tempos, e talvez esteja até um pouco longe disso, mal cheguei na 5ª temporada da saga moderna para acompanhar o Matt Smith (11º doutor). Mas é fato que logo após começar a assistir eu me perguntei como consegui passar por toda minha vida sem isso.

Mas talvez eu esteja colocando os pés pelas mãos, vamos voltar um pouco.

David Tennant (10º Doctor)

Pra quem não conhece a série ela narra a história de um “Time Lorde” (raça alienígena fictícia do protagonista) e seus/suas “companions” (que podem ser humanos ou alienígenas) e se baseia em princípios de ficção científica muito parecidos com os do Guia do Mochileiro das Galáxias (aquele non-sense com crítica social e um pouco de ciência, sabe?).

Mas o que fascina nessa série não é ele ter a TARDIS, uma nave capaz de viajar no espaço-tempo (o que quer dizer qualquer lugar e a qualquer momento), mas sim o fato do protagonista ser uma “pessoa”.

O Doctor pode não ser um humano e pode até ter alguns poderes que seriam considerados por nós como “sobrenaturais”, mas a forma na qual ele resolve problemas não envolve atributos normais de um super-herói de ficção. O Doctor não voa, não tem super força, não tem armas laser super modernas… ele é só uma pessoa, uma pessoa com uma boa intenção.

Matt Smith (11º Doctor)

É fascinante assistir as aventuras e ver alguém resolver problemas gigantescos e interplanetários, usando apenas a sua inteligência e um plano bem criativo. Não espere ver batalhas épicas de espadas brilhantes, na verdade, é pouco provável que você vá ver o Doctor usar uma arma sequer.

O Doctor já foi interpretado por 12 diferentes atores, cada vez que ele “morre” ele regenera em alguém novo, mas ao mesmo tempo ele sempre foi bem… ele sempre foi o Doctor! Cada ator leva um pouco da sua personalidade para o personagem (personalidade essa que se acumula e implementa pelas “centenas de anos” em que um “Time Lorde” vive).

Todos os Doctors desde a série clássica (1963–2015).

O que Doctor Who proporciona nenhuma outra série consegue proporcionar, a série mostra que é possível resolver coisas com diálogo, que é possível dominar e vencer seus inimigos sem usar a violência direta e que para fazer o bem ninguém precisa sofrer. É uma lição de vida, com discursos inspiradores que alimentam sonhos e fazem você acreditar que o futuro pode ser melhor. E será, enquanto o Doctor estiver presente.

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Erick Eduardo

Entidade Robótica Inteligente Codenome K, aka E.R.I.C.K. Game developer, game enthusiast, esquerdopata e nerd.