[Resenha] Pollyanna Moça, de Eleanor H. Porter

Someone Over The Rainbow
2 min readMay 31, 2016

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Nesse livro Pollyanna reaparece inicialmente ainda em sua fase infantil, agora já com os movimentos nas pernas restabelecidos. A menina é enviada para a casa de uma viúva -irmã de uma das enfermeiras- com o objetivo de curar a mulher de sua amargura. Sem saber de sua missão, Pollyanna desempenha o papel esperado. Ainda que não tenha conseguido implantar o tão conhecido jogo do contente na casa da sua anfitriã, a menina consegue retirar a viúva de seu estado de lamúria e promove encontros bem convenientes.

A segunda parte do livro traz Pollyanna jovem, não lembro a idade mas creio que é algo entre 17 e 20. Ela e sua tia Polly, agora viúva, voltam da Alemanha falidas. A tia Polly aparece mais amargurada que nunca pois além de estar sem o amor de sua vida, tem o orgulho ferido por estar pobre e velha. A volta de Pollyanna causa um rebuliço na cidade, todos ficaram bastante curiosos –além de saudosos- para saber se o entusiasmo da menina fora desgastado pelo tempo e dificuldades financeiras. Logo eles constatam que ela continua a mesma menina enérgica de sempre.

Ao se instalar em sua antiga casa, Pollyanna não perde tempo se lamuriando e pensa logo numa solução para evitar que ela e sua tia caiam na miséria, com pouco tempo aparece uma oportunidade. A viúva a qual ela ajudou a se reconciliar com a vida deseja passar uns dias na cidadezinha onde a menina mora e pede sugestão de hospedagem. Muito criativa, Pollyanna oferece a sua casa à serviço da viúva e seu sobrinho apesar da orgulhosa tia Polly relutar quanto a essa ideia. Com isso consegue juntar algum dinheiro e tempo para pensar como conseguir um trabalho coisa que, mais uma vez, a sua tia abomina. A partir daí começa a se desenrolar uma historia de romance dentro da caótica vida de Pollyanna, com direito a encontros e desencontros.

O final é bem desnecessário, bobinho até. Parece aqueles finais de novela onde todos os personagens encontram seu par ideal, se casam e vivem felizes para sempre. Mas em geral é um livro que vale a pena ser lido, a primeira parte traz aquela Pollyanna que já conhecemos, cheia de opinião para tudo e a segunda seção nos tranquiliza ao revelar que a essência dela não mudou nem quando confrontada com um problema do mundo material e continua sendo a mesma pessoa autêntica de sempre.

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