William Gonçalves
7 min readJul 6, 2020
#PraCegoVer: Marca da knowleed no topo e dois mockups abaixo, de um laptop e de um smartphone
#PraTodosVerem: Marca da knowleed no topo e dois mockups abaixo, de um laptop e de um smartphone

“Cara, queria tirar umas dúvidas e, dependendo das respostas, fazer uma proposta. Tu já ouviu falar do Mega Hack? Se sim, tu tinha interesse/pretendia participar da próxima edição?”

Esse foi o convite feito pelo Thiago Pederzolli (Dev), há quase um mês, para participar do Mega Hack da Shawee. Eu confesso que não tinha ideia de onde estava me metendo e, por um momento, me senti na montanha russa da Caverna do Dragão: depois que o carro andou, não teve mais volta…

Além dele, tinham mais dois caras no time, o Daniel Meiato (Gerente de Produto) e o Michel Bernardo (Dev). Eu mal conhecia o Thiago, que dirá os outros. Marcamos uma videoconferência (call na cadeia, “mermões”) e falamos um pouco sobre cada um, sem saber ao certo o que viria pela frente. Time forte e desencontrado. Mas dava jogo!

“Falta alguém de UX!”

Daniel levantou essa bola e, logo de cara, lembrei de uma moça que fazia uns posts legais sobre o tema, no LinkedIn:

“Cara! Eu não a conheço, mas não custa fazer o convite…”

E lá fui eu colocar a Nayra Cruz (UX Designer atuando em um cargo impronunciável que ninguém conseguiu aprender a falar por inteiro e que deve ficar maior que esses parênteses 🤣) em uma furada que nem eu sabia ao certo como seria. Convite feito, tremo na base quando leio a resposta:

“Gostei do convite e tenho interesse em participar com vcs. Mas antes, preciso saber se todos os integrantes estarão comprometidos em participar.”

E pipipi. E pôpôpô.

E cobrou uma resposta quanto a empolgação e dedicação da equipe no processo. A galera até estava animada, mas como eu responderia por um time que eu mal tinha conhecido?

Pedi mais uma carta e rezei pelo 21: garanti que todos se envolveriam na solução e que ninguém abandonaria o barco no decorrer do desafio.

Ela topou. Time completo. Dois ex-participantes de hackathons e três novatos nesse universo.

Tinha tudo pra dar errado…

#PraCegoVer: Imagem com a frase “MAS DEU CERTO!” centralizada.
#PraTodosVerem: Frase “Mas deu certo” em letras brancas sobre fundo roxo

A equipe teve uma interação incrível, desde o começo! Compartilhamos projetos, objetivos, conhecimentos e descobrimos uma paixão em comum, que poderia nos colocar a um passo da escolha do desafio: EDUCAÇÃO.

De ter parentes professores a ser professor (alô, Michel!), vimos que teríamos uma boa aderência ao desafio da Árvore Educação, independente do tamanho do abacaxi que tivéssemos que descascar.

Foi aguardar a abertura, assistindo as lives de aquecimento, e preparar o coração para o sprint de 7 dias rasos (ou nem tanto) que iríamos percorrer.

Chegou o dia da live de abertura e o ritmo ragatanga tomou conta da equipe.

“OLHA QUE DESAFIO, TOPPER!”

Fomentar a leitura em um país com tantos desafios na educação.

Começa o “toró de ideias” (we don’t do brainstorming here, bro):

#PraCegoVer: Nuvem de palavras: avatar, cinema, curadoria, engajar, fanfics, imersão, nfc, rewards, RPG, teatro, troca
#PraTodosVerem: Fundo roxo com uma nuvem de palavras em letras brancas: avatar, cinema, curadoria, engajar, fanfics, imersão, nfc, rewards, RPG, teatro, troca

Quase toda feature ou formato da solução que imaginávamos, tinha jogo no meio. Cumprir metas por pontos, trocar pontos por recompensas. Talvez ranking, níveis, fases…

Com isso ganhamos um norte:

Jogo => Game => Gamificação

Veio a live do Igor Arnaldo de Alencar, hors concours no tema e tivemos a certeza que esse era o caminho. Precisávamos apenas definir algumas diretrizes, antes de avançarmos.

Já havíamos marcado uma mentoria com ele, na mesma noite da live, para o terror da Nayra e do Daniel que, a essa altura, estavam totalmente imersos no processo de ideação, pesquisando demandas, definindo personas, entendendo o comportamento de potenciais usuários, estudando empresas do ramo, dentre outras coisas.

A intenção deles era fazer certo: definir um alvo, antes de carregar o 3-oitão.

Thiago apoiando o processo. Michel, também. Já eu, confesso que faltei com essa parte e poderia ter feito mais. Talvez pela ansiedade de ir pro código. Mas dessa etapa, pude tirar uma grande lição, trabalhando com esse time:

#PraTodosVerem: Frase “Não comece uma aplicação, se não há um propósito definido para ela” em letras brancas sobre fundo roxo.

É fundamental que você tenha um destino para tudo o que for codar. Mesmo que seja pelo aprendizado, é super importante dar um norte ao produto. Se não há um comprador definido, para sua aplicação, dificilmente você vende.

Mas furar com o mentor, mesmo que fosse por estarmos queimando uma etapa, era inadmissível. Com isso, esboçamos um fluxo, para apresentar nossa ideia. A ansiedade aliviou quando Igor pediu para adiar o encontro, por conta da live que acabaria se estendendo. De 21h, fomos para 23. E eu já volto aqui.

Tivemos, ao todo, cinco mentorias durante o Mega Hack.

A segunda, foi com a Caroline Maciel, que conseguiu nos dar uma visão de dentro da Árvore, sobre os usuários e a relação deles com a aplicação. A partir desse encontro e com as informações que havíamos levantado nas pesquisas, conseguimos definir as personas para nossa solução, além de definir com mais clareza quais seriam as possibilidades de negócio que teríamos.

Já a primeira, citada acima, e as três últimas, foram com o Igor Arnaldo. E a cada etapa, melhoramos nossos protótipos, até a solução codada que apresentamos nos dois últimos encontros.

E foi aí que a coruja entrou no projeto:

É sabido que a associação da coruja com a educação vem da mitologia grega, na qual Atena, deusa da Sabedoria, dentre outras atribuições (ela é pique nossa amiga Nayra), tem essa ave como mascote/símbolo. Mas seria óbvio demais, usá-la por esse motivo.

A coruja veio para o nosso projeto, na verdade, por conta dos encontros com o Igor, que sempre aconteciam no último horário e acabavam invadindo a madrugada, no que nós chamamos de “corujões”.

Inclusive, primeiro easter egg do nosso produto: a coruja também se chama Igor, em homenagem a esse nosso querido mentor e (agora) amigo, que nos ensinou um monte sobre gamificação, nos permitindo seguir nesse foco.

#PraTodosVerem: Nossa marca: coruja com penas roxas e a palavra “knowleed” abaixo dela.

O design da Coruja Igor não é nossa criação, infelizmente, mas uma livre adaptação de uma arte disponível no site Flaticon, da FreepikCompany. E além do nosso mascote, utilizamos materiais do site também em nossa interface.

Aproveitando o assunto marca, o nome knowleed é uma blend word (similar a contração gramatical na língua portuguesa) entre knowledge e seed.

Numa tradução literal, o nome significa Semente de Conhecimento (knowledge seed), representando nossa plataforma de leitura gamificada, na qual o aluno planta sementes (leitura e outras atividades) em troca de frutos (bonificações, prêmios e conhecimento).

Foi uma semana bem intensa e desafiadora. Uma equipe formada por pessoas que acabaram de se conhecer, como eu disse no início, tinha tudo para dar errado. No entanto, fizemos bem o nosso dever de casa e conseguimos definir um cronograma concreto com todas as etapas necessárias para conclusão.

E o principal: nós soubemos ouvir uns aos outros!

Mesmo que seja difícil ver sua ideia contrariada, cada integrante da equipe soube entender a atender outros pontos de vista, fazendo com que o time seguisse um curso bem determinado até a entrega.

E quer saber qual foi o resultado dessa aventura?

Essa é a knowleed, como negócio:

Vídeo do pitch de apresentação da knowleed

E essa é a knowleed, como aplicação:

Vídeo de demonstração da plataforma da knowleed

Tendo como slogan e objetivo, criar um país de leitores, nosso projeto nasceu com um baita potencial. Pudemos enxergar nele, mais do que a resposta a um desafio, mas algo pra vida no qual continuaremos trabalhando, mesmo com essa etapa de entrega cumprida.

E como iniciei o título com uma referência aos Secos e Molhados, não poderia fechar de maneira diferente, com minha consideração final e grande lição que o Mega Hack me trouxe:

“Vira, vira, vira homem”

Esse evento me fez enxergar essa necessidade, não no sentido de masculinidade, mas de maturidade: entender que todo projeto merece dedicação incondicional em cada fase, para que se possa alcançar um objetivo concreto e que atenda a um propósito.

Depois dessa semana, eu prometo a mim e a todos os que trabalharem comigo, que eu não vou queimar etapas. E que essa seja a pedra fundamental que eu precisava, nesse (re)começo no mundo do desenvolvimento.

Quanto ao prêmio, QUERO! hahaha

Mas o tanto que eu aprendi e cresci, nesses dias, já compensa todo o esforço.

Agradeço ao time! Vocês agora são minha família!

Agradeço aos mentores! Obrigado por todo o direcionamento nesses dias.

E por último, mas não menos importante, agradeço ao Rodrigo Terron, ao Abraão Sena e a toda equipe da Shawee, além dos parceiros, empresas participantes e todos os envolvidos nesse hackathon incrível!

Já tô sentindo falta dos “@ everyone 10 minutos para a live” 🥺

William Gonçalves

Front-End e JS Dev em formação que dá uns pitacos em Python e Java. Designer Gráfico autodidata e Criador de Marca.