Ensinar por exemplo, aprender por imitação.

Evaldo Barbosa
2 min readMay 28, 2016

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Eu um dia quis ser rockstar. Como todo garoto que começou a tocar violão nos anos 80 ou 90, eu também quis ser rockstar. Aprendi com Legião Urbana, passei por Engenheiros, Titãs…
Ainda nessa época de escola, de MTV, conheci Metallica e isso me marcou muito. Until It Sleeps foi minha porta de entrada, nunca me esqueço.

Hoje em dia, mais afastado do violão, fico descobrindo caras muito bons com o instrumento e fazendo coisas que eu paro e digo: Como eu gostaria de fazer isso, cara!

Bom, não é pra mim, não no momento, mas um dia voltarei a ter tempo de pegar meu violão e tocar The Unforgiven como sempre quis, com todas as notas possíveis, assim como meu ídolo nesse negócio. Fade to Black e The Unforgiven esse cara toca demais, esse tal de Kelly Valeau.

O vídeo dele de The Unforgiven me trouxe a uma reflexão — novamente — de algo que eu sempre digo quando falo de alguns assuntos relativos ao dia a dia do desenvolvimento de software, principalmente com os iniciantes. Eu sempre falo da “hierarquia” e como se valer dela, de um junior aprender com os mais experientes, do pleno aprender com sêniores.

O foco maior do meu pensamento, nesse momento, foi exatamente o junior. Foi como um junior que eu me senti olhando o Kelly Valleau tocando The Unforgiven. Ficava olhando para sua mão esquerda a passar nota a nota, acorde a acorde. Ficava olhando a sua mão direita para saber como ele puxava as cordas com uma discrição tão grande que me fazia duvidar de que não havia uma gravação sendo tocada em paralelo para que aquelas notas fossem audíveis e o show não parasse.

Ele para mim é o experiente, é o sênior, é o cara no qual eu devo me espelhar para poder tocar algum dia com a perfeição que eu sempre quis. No desenvolvimento de software também deve ser assim: o junior se espelha no sênior, aproveitando a sua linha de pensamento, seus movimentos para resolver os problemas, seu uso de editores e IDEs, etc. Quando tiver maturidade para fazer seus próprios testes e criar seu próprio estilo, souber os atalhos para resolver as coisas, um dia será considerado sênior também.

Ao meu ver, carreira de DEV se constrói assim, não dá para pular etapas. Ensine com exemplo é eficiente, aprender por imitação imitação dá resultados.

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Evaldo Barbosa

Cofundador do Agile-MA, Coorganizador do SLZ Agile & Business, membro do PHP-MA. www.mrlucky.com.br