Jun 16
Habemus Regem!
O mundo atual é de tal forma mau que somente uma revolução poderá resolver o problema. Cada qual deve ocupar o seu devido lugar. O comércio deve servir as necessidades da sociedade e não ser o fim da sociedade. As mulheres têm que ser mais modestas e maternais. Os homens têm que ser mais fortes e viris. As pessoas, como um todo (exceto pequenas comunidades), devem ter crenças comuns. O hedonismo deve ser destruído. As artes devem visar a qualidade e não a popularidade. O ambiente deve ser preservado. A política deve ser secundarizada. O privilégio e a justiça têm que ser defendidos. O bem-estar geral deve ser promovido. Tudo isto, felizmente, pode ser imposto a “Sangue e Ferro!”
Precisamos de nos fortalecer ao máximo para iniciar a Revolução. Temos que cultivar ao máximo o nosso corpo e, sobretudo, a nossa alma. Sem coragem nada feito! Pouco importa um corpo muito forte e belo se não tem a capacidade de fazer o que deve ser feito. Acima de tudo temos que ter um propósito comum. O individualismo contemporâneo é a melhor forma do sistema conservar e aumentar o seu poder. A união faz a força! Sozinho, por muito forte que se seja, não se consegue mudar nada. Não somos deuses. Somos homens. — Jovens, não desperdicem as vossas vidas em vão. Unam-se a todos aqueles que têm o mesmo fim e os mesmos meios em comum. Dois LOUCOS não mudarão o mundo. 100 LOUCOS, talvez.
Todo aquele que se juntar à Revolução e se destacar será devidamente distinguido. Nunca mais terá que trabalhar, mas terá muito que fazer. Defender e usufruir a Revolução. Já todo aquele que apoiar o movimento revolucionário, terá o orgulho de dizer que participou num dos eventos mais marcantes da História de Portugal e, talvez, da História do Mundo. A Revolução Francesa abriu as portas ao liberalismo. A Revolução Portuguesa talvez seja a primeira a enterrá-la. Não somos reacionários, porque não idealizamos o passado. Somos Revolucionários, porque idealizamos o futuro. Um futuro que privilegie a qualidade à quantidade, a beleza à fealdade e o desafio ao conforto. Não somos contra a crueldade!
Eu sou o Bem e o Mal. O Princípio e o Fim. O Finito e o Infinito. A saúde e a doença. O caos e o cosmos. A espada e a pistola. O Céu e a Terra. A dor e o prazer. A raiz e a semente. O sangue e o sémen. O arco e a flecha. A águia e o leão. A direita e a esquerda. A árvore e a montanha. O Sol e a Lua. O raio e o trovão. A luz e a escuridão. A crueldade e a compaixão. O poço e o abismo. O desespero e a esperança. A fama e a glória. O belo e o sublime. O corpo e a alma. O homem e a mulher. O amor e o ódio. A Revolução e a Contrarrevolução. O mundo e o Universo. O som e o silêncio. Eu sou o Rei.
Habemus Regem!
