Organizações do Feact-Brasil atuam no fortalecimento da Justiça de Gênero em meio à pandemia da covid 19

Feact Brasil Comunicação
18 min readMay 8, 2020

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Dados da ONU Mulheres apontam que o número de mulheres vítimas de violência está aumentando como resultado da pandemia do novo coronavírus

Coletivo de Comunicação Feact-Brasil

Com vários países adotando as medidas de isolamento social, cerca de quatro bilhões de pessoas agora estão se abrigando em casa contra o contágio global do novo coronavírus. É uma medida protetora, mas que traz outro perigo mortal. Vemos uma pandemia crescente, a da violência contra as mulheres.

Uma em cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência . Os números crescem como resultado da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), aponta o relatório “A sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19”. O documento foi divulgado em abril pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento.

Leia a íntegra da declaração de Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres e vice-secretária geral das Nações Unidas. Foto: Edwin J. Torres for the New Jersey Governor’s Office

Em países profundamente desiguais como o Brasil, períodos de quarentena deflagram outras realidades — violações de direitos ainda mais aviltantes no acesso à terra, território, moradia, trabalho, saneamento básico, comunicação e segurança alimentar por parte de populações vulnerabilizadas. A violência de gênero é uma delas.

As mulheres negras estão mais vulneráveis à infecção e aos impactos socioeconômicos da pandemia, visto que elas são a maioria das pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza no Brasil. Mulheres são a maioria trabalhando nas áreas de enfermagem, mulheres são maioria nos trabalhos domésticos, estes, nunca valorizados ou remunerados como deveriam. O racismo e o machismo são vetores de mortes acentuadas pelo cenário da pandemia. Confira a matéria clicando aqui.

Cartaz feito pela delegada Raquel, em que ela oferece a própria casa com abrigo às vítimas de violência doméstica durante o isolamento social. Foto: Raquel Gianetti

Na cidade de São Paulo, houve um aumento no número de prisões em flagrante de violência doméstica — passaram de 177 em fevereiro para 268 em março.

Ilustração: G1

Outro exemplo desse aumento se percebe em Blumenau (SC), onde as ocorrências de violência doméstica subiram 39%. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que houve aumento expressivo de feminicídio dentro de casa em março, em São Paulo (46%), Acre (100%), Rio Grande do Norte (300%) e Mato Grosso (400%). A comparação foi realizada com março de 2019.

A diaconia ecumênica com justiça de gênero alerta as organizações baseadas da fé sobre a urgência de pensar ações que reduzam o sofrimento de mulheres, crianças, adolescentes e pessoas idosas forçadas a viver diuturnamente na presença de seus agressores.

Compartilhamos com vocês algumas ações de enfrentamento à violência de gênero, de emergência e ajuda humanitária.

Boa navegação!

APOIO A PROJETOS

Cestas entregues às famílias da periferia de Salvador (BA). Foto: Divulgação CESE

O Programa de Pequenos Projetos da CESE definiu uma linha de apoio emergencial já em março, aportando até o momento R$ 500.000 para cerca de 30 organizações. Entre estas, seis são organizações específicas de mulheres, abrangendo áreas urbanas e rurais de Pernambuco, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

São mulheres trabalhadoras informais, mulheres negras moradoras de periferias urbanas, indígenas, trabalhadoras domésticas, pescadoras, marisqueiras, quilombolas, trabalhadoras rurais e mulheres LGBTI.

Já foram definidos apoios ao Fórum de Mulheres de Pernambuco; CAMTRA — Casa da Mulher Trabalhadora — RJ; Nzinga — Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte; Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT; AMIMA — Articulação de Mulheres Indígenas do Maranhão; Sindicato das Trabalhadoras Domésticas da Bahia; Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Pernambuco, Movimento das Pequenas Agricultoras e Pequenos Agricultores (MPA).

Três comunidades foram contempladas com 180 cestas básicas, produtos da agricultura familiar/camponesa: bairro de Cajazeiras; ocupação Manoel Faustino (composta por comunidades do Movimento Sem Teto da Bahia, localizada à margem da rodovia que liga a BR 324 a São Tomé de Paripe; e Quilombo Quingoma (Lauro de Freitas).

Ajuda Emergencial FEACT e ACT Aliança — Mab e Koinonia

Cerca de 500 famílias atingidas por enchentes de bairros das zonas Leste e Sul de São Paulo e da Baixada Santista estão recebendo nesses três meses, cestas de alimentos e kits de higiene e limpeza, ação intensificada a partir do início de maio. A ação é coordenada em aliança local com o Movimento de Atingidos por Barragens — MAB, parceiro de KOINONIA, representando o Fórum Ecumênico ACT Brasil.

Por meio de um Fundo Emergencial da ACT Aliança, a atividade faz parte de um projeto de solidariedade e organização com as famílias atingidas por recorrentes enchentes, que agora, se encontram em situação de ainda maior vulnerabilidade devido à pandemia da Covid-19.

O processo de mapeamento e diálogo com as famílias vem se dando desde meados de março e também conta com articulação de parceiros em cada território, assistentes sociais, agentes de saúde, movimentos sociais e lideranças locais de bairros, igrejas também têm se prontificado para colaborar.

Cestas básicas de alimentos e higiene do FEACT e ACT Aliança chega à famílias da periferia e baixada Santista em São Paulo. Veja mais aqui

Diálogo com as famílias atingidas. Fotos: MAB São Paulo

A Fundação Luterana de Diaconia manteve seus editais 2020 abertos nas áreas de Diaconia, Justiça de Gênero, Direitos das Juventudes, Justiça Socioambiental e Justiça Econômica. A decisão institucional foi de manter esses editais e informar, em seu site e redes sociais, a previsão de nova abertura de editais voltados às demandas e desafios gerados no contexto da pandemia nos próximos meses, através do apoio para ações emergências de ajuda humanitária e incidência em resposta à pandemia e seus efeitos sobre as comunidades.

Um apoio a ações de ajuda Humanitária via Programa de Pequenos Projetos já foi realizado para a Frente Quilombola do RS, buscando reduzir os impactos negativos impostos pelo contexto de pandemia que, com a necessidade de isolamento social, provoca desempregos e acentua a fome nas comunidades quilombolas urbanas. O projeto previu a aquisição de cestas básicas, realização de ações culturais, que promovem o resgate da memória e ritos tradicionais para a promoção da saúde, com metodologias adaptadas ao contexto da pandemia, e estratégias para ampliar a constituição de mais hortas nos quilombos como forma de subsistência.

DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS

A FLD-COMIN-CAPA (Fundação Luterana de Diaconia-Conselho de Missão entre Povos Indígenas-Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia) foi convidada pela Fundação Banco do Brasil a apresentar um projeto de distribuição de cestas básicas, durante o período de 30 dias, para 1.900 catadoras e catadores de materiais recicláveis, famílias indígenas, quilombolas, assentadas e acampadas da reforma agrária e de empreendimentos econômicos solidários dos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná.

A compra das cestas básicas priorizará a agricultura familiar-agroecológica e os empreendimentos econômicos solidários, apoiando cooperativas, associações e coletivos que atuam no campo da produção de alimentos sem veneno, em soberania, segurança alimentar e nutricional, em ações de ajuda humanitária que respondem ao contexto econômico que afeta a comercialização de muitas iniciativas comprometidas com um modelo econômico de bem viver, justiça econômica, justiça de gênero e justiça socioambiental.

Produtos orgânicos nas escolas

No dia 15 de abril, ocorreu a primeira entrega de cestas com produtos orgânicos às escolas municipais de Marechal Cândido Rondon. Os alimentos são cultivados no sistema agroflorestal por famílias agricultoras assessoradas pelo CAPA, pela parceria com a Itaipu Binacional. Os kits, que serão entregues quinzenalmente enquanto perdurar a pandemia, são fornecidos por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) pela Associação Central de Produtores Rurais Ecológicos (Acempre).

Diaconia — Servir para Transformar Vidas — Elaborou um Plano de Contingência para atuar no contexto emergencial de isolamento social imposto para todo o Brasil, considerando o funcionamento da organização, as relações de parceria e o plano de ações para o público dos projetos. Segue nesse documento ações elaboradas especificamente para a promoção da justiça de gênero em todos os territórios de atuação institucional.

Transporte das cestas básicas para os territórios de atuação da Diaconia. Foto: Acervo Diaconia

As ações estão sendo desenvolvidas nas seguintes áreas:

Assistência direta / arrecadação e doações: Mapeamento dos grupos e suas necessidades por conta da pandemia e das medidas de prevenção colocadas pelo isolamento e distanciamento social;

Identificação de grupos metropolitanos e famílias sertanejas que necessitam de assistência direta com alimentos e material e higiene;

Doação de equipamentos — EPIs para feiras agroecológicas e catadoras e catadores;

Doação de alimento e material de higiene para catadoras e catadores, grupos de mulheres e grupos da Agricultura Familiar;

Recepção e distribuição de alimentos e materiais de higiene recebidos por doações.

Articulação de Mulheres do Baixo Sul da Bahia e doações de povos de Terreiro

Fotos: Articulação de Mulheres do Baixo Sul da Bahia

Na penúltima semana do mês de abril, cestas de alimentos, fruto da produção agroecológica do assentamento Dandara dos Palmares, na baía de Camamu (BA), chegou à diversas famílias em situação de vulnerabilidade do município. Frutas, legumes e hortaliças, tudo com o selo Orgânico, fruto da agricultura familiar das famílias do Dandara.

Todo o processo de organização das doações até as entregas foI realizado pelas próprias mulheres, em áreas periféricas como as ocupações Nova Conquista e Paulo Jackson, o bairro Mutirão e outras comunidades rurais da região.

A ação foi viabilizada pela Articulação de Mulheres do Baixo Sul da Bahia, com recurso vindo da Rede de Agroecologia Povos da Mata, primeiro Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) da Bahia. A Rede é autorizada pelo governo federal a emitir certificação orgânica de forma participativa. Veja aqui.

Saúde e Higiene

A Associação Central de Produtores Rurais Ecológicos (ACEMPRE), assessorada pelo CAPA Rondon, recebeu uma doação de máscaras de proteção individual produzidas pelo Grupo de Diaconia da Comunidade Luterana Martin Luther, de Marechal Cândido Rondon (PR). As máscaras estão sendo utilizadas pelo grupo como barreira na propagação da doença. As pessoas que integram o Grupo de Diaconia começaram a confeccionar as peças em casa no início de abril. A primeira remessa entregue à Acempre, ocorreu no dia 4 de abril. Segundo a coordenadora do Grupo de Diaconia, Nelvi Krause, foram feitas 907 máscaras.

Erexim

Diversas entidades da região do Alto Uruguai, entre elas o CAPA Erexim, se uniram no movimento em defesa da democracia, educação pública e direitos sociais. Desde 2019 essa rede vem prestando serviços de informação e construção de alternativas frente às demandas geradas pela pressão do capital financeiro. Em resposta a pandemia, o grupo elaborou uma carta destinada ao poder público do município de Erexim (SC), com o objetivo de sugerir uma série de ações para amenizar as graves consequências da situação atual.

O Movimento também iniciou uma campanha de arrecadação solidária, além da fabricação de máscaras, álcool em gel e sabão em parceria com o Instituto Federal de Erexim (IFRS) e com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Com o valor arrecadado, o grupo montou 100 cestas com produtos de famílias agricultoras camponesas e de três cooperativas da agricultura familiar: Nossa Terra, Cooperfamília e Cecafes. A entrega de cinco dessas cestas foi realizada no dia 8 de abril na Comunidade Guarani do Mato Preto, em Erebango (RS).

O CAPA contribuiu na articulação, montagem e logística de distribuição, juntamente com as cooperativas

COMUNICAÇÃO E INCIDÊNCIA

Notas Públicas

Em tempos de pandemia o Fórum Ecumênico ACT Brasil reafirma: violência de Gênero é pecado contra a Casa Comum

“(…)É urgente levar em conta que nosso país é multicultural. A diversidade cultural significa que precisamos de formas de cuidado e atenção diversas. Por exemplo, no sul do país, está se aproximando o inverno. É um tempo difícil para as comunidades indígenas. Este ano, por causa da pandemia, elas estarão mais vulnerabilizadas, do que já são. Isso porque a comercialização de seus produtos precisou ser interrompida. O mesmo acontece com outras comunidades vulneráveis, como as comunidades quilombolas, da economia popular e solidária, agricultura familiar, entre outras. Estes e outros fatos expõem, com cada vez mais atrocidade, que nossas desigualdades sociais e econômicas têm recortes de gênero e raça.

Confira mais clicando aqui.

ACT Aliança: Um apelo a uma Humanidade e Governança Global mais contundente

“É com consternação que vemos o quanto o COVID-19 afetou pessoas e nações. Esta pandemia é uma das principais crises humanitárias da história moderna e se espalhou também para países frágeis e afetados por conflitos. Esta pandemia aumenta a vulnerabilidade das pessoas que já enfrentam crises humanitárias, pobreza, desigualdades e dificuldades econômicas. As necessidades humanitárias se tornarão mais agudas e mais difíceis de equipar e financiar, à medida que países em todo o mundo se concentram em atender as suas próprias necessidades relacionadas ao COVID-19. Veja aqui

Uma Declaração Conjunta: Gênero, Fé e COVID-19

Como agentes de religiões e redes de organizações baseadas na fé, atendemos a chamada de trabalhar conjuntamente pela igualdade de gênero e justiça, em meio a mudanças globais, nacionalismos crescentes e conflitos. Estamos vivendo mudanças em ambientes globais, regionais e nacionais. À medida que a COVID-19 se espalha pelo nosso mundo, países, comunidades e indivíduos enfrentam desafios cada vez maiores. Durante a pandemia de COVID-19, agentes de religiões estão na vanguarda da planificação, entrega e implementação de respostas com uma visão sensível e holística de gênero, baseadas em informações precisas. Ao mesmo tempo em que se pratica o distanciamento social e a adesão às diretrizes de ministérios da saúde. Este tempo de urgência exige uma ação responsiva baseada no amor, dignidade e justiça.

A crise COVID-19 não opera no vácuo e, como resultado, a COVID-19 aumenta as desigualdades pré-existentes. Mulheres e meninas estão experimentando injustiças interseccionais nas esferas política, social e econômica[1].

Fé em Pequim é um coletivo de agentes de religiões e redes, que estão convocando governos, atores e atrizes baseados e baseadas na fé e outras da sociedade civil, para respostas fortes à COVID-19 que colocam a justiça de gênero no centro.”

Assinam esta declaração conjunta ACT Alliance, World Council of Churches e outras organizações baseadas em fé. Saiba mais aqui. E acesse a versão em inglês clicando aqui.

KOINONIA: Decálogo para combater a violência contra as mulheres em tempos de isolamento social

A violência que frequentemente existe nos laços familiares e, em particular, entre casais atuais ou passados, aumentou a necessidade de garantir a manutenção da vida cotidiana em circunstâncias extraordinárias e a consequente sobrecarga de tarefas de cuidado para meninas, meninos, adolescentes e idosos de famílias que, geralmente, recaem nas mulheres, podem gerar maiores tensões e levar a situações de violência ou agravar a violência existente. As organizações que trabalham no projeto Fechando Lacunas exortam a comunidade e as instituições de todos os poderes estatais (nacionais, estaduais e municipais) a lembrarem a necessidade de enfrentar esta crise com atenção ao impacto nos papéis sociais de gênero e oferecemos um decálogo de propostas para abordar a violência de gênero.” Veja mais aqui.

KOINONIA: Reconstruindo um mundo justo: liderança religiosas e organizações baseadas na fé pedem respostas face à COVID-19 para combater as desigualdades de gênero

Durante a pandemia da COVID-19, muitas lideranças religiosas estão em grande número na linha de frente. ACT Aliança posiciona-se junto com elas e e com organizações baseadas na fé em todo o mundo, em ações de incidência junto a governos e sociedade civil, por respostas urgentes que protejam os direitos das mulheres e alcancem a igualdade de gênero.

A crise não opera no vácuo e, como resultado, a pandemia está aumentando as desigualdades de gênero pré-existentes. Em todo o mundo, os papéis de gênero têm um impacto acentuado na exposição, transmissão e padrões de desfecho da COVID-19. Mulheres e meninas estão experimentando injustiças que se interconectam nas esferas política, social e econômica..” Mais informações aqui.

CEDH-RS recomenda aos órgãos públicos especial atenção às comunidades indígenas e quilombolas

O Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul (CEDH-RS), do qual a FLD faz parte, também recomenda aos órgãos públicos especial atenção às comunidades indígenas e quilombolas, que, atendendo ao apelo de não saírem de seus territórios, deparam-se com a falta de alimentos e de estrutura de atendimento médico necessária à situação. FLD-COMIN coordenaram a proposta do manifesto voltado às comunidades indígenas e kilombolas divulgada no dia 1 de abril. Mais informações.

A FLD-COMIN-CAPA e o CIMI, com adesão de outras organizações, cobram da FUNAI, SESAI e das Secretarias Estaduais o cumprimento de suas obrigações e atuação para garantir a todas as comunidades a distribuição de gêneros alimentícios em quantidade satisfatória, como estratégia em fortalecer a imunidade, diminuindo os impactos na vida comunitária da população indígena. A nota foi publicada no dia 27 de março nos sites e redes sociais de FLD-COMIN-CAPA. Saiba mais aqui

CAMPANHAS

RENDA BÁSICA EMERGENCIAL

Todas as organizações assinaram a campanha que pressionou o governo a implementar uma política de renda básica emergencial para as pessoas mais desprotegidas. A proposta inicial do governo era de R$ 200 por pessoa/mês. Por meio da pressão dos movimentos e organizações sociais , o congresso aprovou o aumento do valor para R$ 600 por três meses. Mulheres mães e chefas de família podem ser beneficiadas com R$ 1.200 mensais.

Uma página foi criada no site da FLD para responder dúvidas que pessoas de comunidades indígenas estavam apresentando à equipe do COMIN. O conteúdo, que está aberto para ser atualizado conforme necessário. Saiba mais aqui.

A FLD-COMIN-CAPA também apoiou a divulgação da campanha ÁGUA, LUZ E GÁS DE COZINHA — NÃO PAGAR E NÃO CORTAR, publicado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no dia 23 de março.

Apoiamos a Campanha pela liberação remunerada das mais de sete milhões de faxineiras, diaristas e trabalhadoras domésticas por meio da iniciativa da Articulação Mulheres Brasileiras Feministas. 93% dessas mulheres são negras e idosas, sustentam sozinhas suas famílias e precisam ter garantido o direito de ficar em casa com seus salários mantidos, bem como ter acesso à alimentação, água e produtos de higiene.

PROCLAMANDO JUSTIÇA

A campanha Proclamando Justiça, promovida por Diaconia, é lançada anualmente nos meses de novembro. Diante do atual contexto foi antecipada e o seu lançamento aconteceu no Domingo de Páscoa (12 de abril) com a chamada “Não podemos nos calar diante do que vimos e ouvimos sobre a crise de saúde global que ameaça o direito à vida” (Atos 04:20). A campanha tem como objetivo sensibilizar, mobilizar, conscientizar e fortalecer pessoas, famílias, igrejas, grupos populares e organizações parceiras diante da situação de pandemia e suas consequências. Seguindo as orientações de isolamento social, esta edição terá como principal ferramenta metodológica de difusão da campanha, as redes sociais como Instagram, Facebook, Whatsapp e site da Diaconia. Produção e disseminação de conteúdos em cards, textos e vídeos informativos serão recursos formativos para atingir o maior número de pessoas possível com conteúdos informações sobre o momento e contribuir para redução de danos das populações mais pobres e vulneráveis, sobretudo as mulheres, abordando: renda básica emergencial (orientações gerais e específicas), medidas de prevenção, violência doméstica e o exercício da espiritualidade engajada socialmente. Para melhor conhecer a campanha acesse o link https://bit.ly/2RtX8wS

A Diaconia elaborou uma série de conteúdos em sua página para ajudar as pessoas a garantirem seus direitos e se informarem sobre alguns temas que estão mais presentes na vida das famílias nesse período de pandemia. O primeiro conteúdo a ser publicado foi sobre a Renda Básica, com informações sobre o acesso ao Auxílio Emergencial. Saiba mais aqui

A CESE compartilhou e impulsionou campanhas e ações de crownfunding de movimentos de mulheres com objetivo de divulgar suas lutas e ampliar a arrecadação para atravessar esse momento tão desafiador. Com o nome #CampanhadeSolidariedade, criou uma página em seu site.

CESE: Até 30 de abril, foram visibilizadas e impulsionadas 16 campanhas de arrecadação de organizações de todas as regiões do país.

CAMPANHA: PLATAFORMA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PELA REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO APRESENTA MEDIDAS DE COMBATE À PANDEMIA

“A carta parte da compreensão de que o governo federal tem atuado de forma *“negligente e agressiva”* em relação à pandemia e que, ainda que movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil venham atuando cotidiana e solidariamente no sentido de enfrentá-la, é preciso exigir decisões imediatas e urgentes por parte do sistema de poder.”

Veja aqui

KOINONIA: Campanha da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB): Combate à violência contra as mulheres em tempos de isolamento social

Link do post.

KOINONIA: Campanha #periferiaseliguenocovid19

O objetivo da campanha é distribuição de kits de higiene e boletim informativo para comunidade do bairro de Canabrava. (Link)

KOINONIA: Campanhas das comunidades de fé das mais diversas tradições religiosas a favor do isolamento social:

“QUEM É DE AXÉ, DE CASA NÃO ARREDA O PÉ” (Link)

- Ialorixá Jaciara Ribeiro do Axé Abassá de Ogum em entrevista à Rádio Metrópole, Salvador (Link)

KOINONIA: MATERIAL DE COMUNICAÇÃO PARA O PREVENIDAS

O projeto é uma parceria entre KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e o Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo por meio de convênio e tem como foco a formação de jovens LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social nos temas de Direitos Humanos e Prevenção ao HIV e Outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), debatendo questões de gênero, raça, e sexualidade principalmente.

Com a chegada da pandemia da covi-19 o projeto passou por uma adequação em que as formações serão realizadas por enquanto de forma virtual, e campanhas de incentivo a prevenção da covid-19 também serão abordadas pelo projeto.

Produção de postagens sobre a temática da pandemia no instagram e na página específica dos projetos de Koinonia voltados para Juventude, Sexualidade e Direitos Humanos:

- Prevenção é palavra de ação! #HIV e #Coronavírus Vírus muito diferentes que pedem atitudes parecidas: informação e prevenção!

Instagram

- Prevenção é o caminho! para o HIV, outras ISTs ou CORONAVÍRUS: PRESTAR ATENÇÃO AO QUE SENTIMOS É ESSENCIAL PARA EVITAR PÂNICO E DESGASTES:

Instagram Facebook

- Evite sair de casa sem necessidade. O isolamento social é a melhor forma de prevenção.

Instagram Facebook

- Pessoas vivendo com HIV e Coronavírus: Não há evidências de que pessoas que vivem com HIV correm um risco maior de contrair o COVID-19

Instagram Facebook

- Como fica o acesso aos medicamentos #antirretrovirais e a #PrEP?

Instagram Facebook

INCIDÊNCIA POLÍTICA

A diaconia ecumênica com justiça de gênero é uma abordagem baseada na afirmação e implementação dos direitos humanos e justiça ambiental. A política nacional de assistência social e a vida das pessoas pobres foi desprezada com a EC 95. É nosso compromisso a luta pela derrubada dessa emenda constitucional da morte e participamos desse movimento a partir de ações de incidência e de atividades diretas nos territórios, apoio a organizações e movimentos sociais. No contexto da pandemia do coranavírus, o ecumenismo denuncia as estruturas de violência acentuadas pelo racismo, o machismo e pelas faces perversas do fundamentalismo.

A violência contra a mulher precisa acabar! As Mulheres negras lideram movimentos e organizações apoiadas pela CESE, como é o caso do Movimento de Pescadoras e Pescadores Artesanais da Bahia, Associação de Remanescentes do Quilombo Rio dos Macacos, entre outras.

LIVES

As plataformas de transmissão online têm sido um espaço estratégico de organização, diálogos, reuniões e celebrações públicas.

A FLD-COMIN-CAPA tem realizado participações e contribuído na organização de lives visando responder aos desafios surgidos ou potencializados a partir da pandemia.

> LIVES ORGANIZADAS COM APOIO DA FLD

Celebração Inter-religiosa e Ecumênica em Defesa do SUS e solidariedade com profissionais de saúde foi promovida pelo Fórum Inter-religioso e Ecumênico do RS (FIRE), no dia 7 de abril, com apoio e logística da FLD.

Diálogo Celebrativo — Taxação das grandes fortunas: testemunho de fé e justiça para uma nova economia, também promovido pelo FIRE, no dia 30 de abril
  • KOINONIA: PARTICIPAÇÃO EM LIVES
  • Live DIREITOS QUILOMBOLAS EM TEMPOS DE COVID-19–22/04
    No Instagram @mawete_ngola_oficial e @koinonia_pes

Facebook

  • Live Amazônia em Quarentena #05 — Ana Gualberto (KOINONIA-Salvador) — 08/04 Youtube Nuhpam Unir

Nuhpam — Núcleo de História Pública da Amazônia: conversa sobre a pandemia do coronavírus em Salvador (BA) com Ana Martins Gualberto Adufé- Coordenadora de ações com comunidades negras tradicionais em KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço/ Pesquisadora do UniPeriferias/ Integrante do Coletivo de Mulheres Negras Nzinga (BH)/ Integrante da Rede de Mulheres Negras da Bahia/ Integrante da Rede de Mulheres de Terreiro da Bahia/ Iyá Ojù Omò do Ilê Adufé — Omorixá Oxum.

Feact-Brasil — O Fórum Ecumênico ACT Brasil é formado por 23 organizações baseadas em fé, entre elas, 7 igrejas. Existe há 18 anos com este nome e promove ações pelo Estado Democrático Laico e de Direito, em uma perspectiva ecumênica de que o nosso planeta e a nossa causa não podem deixar ninguém de fora, todas e todos somos parte do mesmo futuro e Casa Comum.

O FEACT integra a Aliança ACT, uma coalisão global, que reúne 151 organizações baseadas na fé e igrejas, trabalhando juntas em mais de 125 países.

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