Invertendo a política partidária.
Alguns candidatos ao cargo de deputados compareceram no espaço Greenplace, no dia 27, às 19 horas, rua Prof. Gustavo Brandes, Blumenau, para discutir as respectivas propostas deles com um público interessado.
O evento “Fala candidato” organizado pela Greenplace desafia nossos políticos a comentar diretamente com a população.
Noutras palavras:
Deixar o protocolo oficial de lado, esquecer (por um instante) a estratégia partidária, a polêmica e essas coisas eleitorais típicas. Atender ao chamado do próprio povo, promover o diálogo e se desvincilhar das pautas partidárias previamente traçadas.
É inverter a lógica do sistema.
O político é, por definição, um funcionário público e, portanto, teoricamente, entende dos problemas do cidadão.
E como todo bom profissional, possui um know-how específico (saber fazer), um conjunto de habilidades indispensáveis para interpretar, diagnosticar e apontar a solução.
E todos os problemas e propostas são formuladas dentro do gabinete, através da linguagem partidária, terminologia técnica, jargões políticos. E isso acontece constantemente, mesmo que haja algum tipo de conversa ou diálogo com o eleitor.
Por fim, tradicionalmente, o especialista assalariado (político) expõe propostas para problemas que mais geram votos.
E “esquecem” das questões relevantes, porque tais pautas não são temas do discurso oficial, moldado pela linguagem do especialista.
Exemplo:
- A esquerda “bate na tecla” dos problemas sociais, luta de classes e luta identitária.
- A direita “bate na tecla” da moralização, do capitalismo eficiente e dos bons costumes.
Qual assunto desses faz, realmente, diferença na vida do eleitor?
Quando um espaço público e os próprios eleitores “chamam” debatedores e candidatos, os temas “fogem” das pautas previamente traçadas.
A classe política é obrigada a se confrontar com a realidade.
A Greenplace é um exemplo de mudança nos debates políticos. É a linguagem da população definindo o que é relevante, porque, são os próprios candidatos que são convocados.
É integrar democracia representativa com democracia participativa.
Não é televisão, não é facebook, não é jornalismo, não é isso e nem aquilo.
É a vida. Ponto.
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