As Últimas Palavras de Tupac Shakur
Dezoito anos atrás, uma estrela do rap foi morta a tiros em Las Vegas. Desde então, sua história tornou-se lenda.
Mas, para o primeiro policial que chegou à cena,
aquela noite permanece inesquecivelmente real.
A ligação veio no rádio logo após às 23h15: Tiros foram disparados perto do cruzamento da Flamingo e Koval, com possíveis vítimas. Vários veículos fizeram o retorno na Flamingo rumo a oeste. O oficial de bicicleta, que fez a ligação do hotel Maxim, começou a seguir os carros, mas ficou muito para trás para alcançá-los. Ele podia, no entanto, vê-los virar à esquerda na avenida Las Vegas Boulevard.
Chris Carroll era o sargento da patrulha de trânsito de bicicleta da avenida Strip, do Departamento Metropolitano de Polícia de Las Vegas. Os 12 oficiais sob seu comando estavam em pares, mas Carroll estava sozinho quando recebeu o telefonema naquela noite, 7 de setembro de 1996. O tráfego na Strip é sempre lento em um sábado à noite, mas estava especialmente carregado depois do nocaute técnico de Mike Tyson sobre Bruce Seldon no primeiro round, no hotel MGM Grand algumas horas antes. E, agora, em algum lugar no meio de todos esses veículos havia uma caravana de carros, um deles, talvez, levando o atirador.
Carroll foi de bicicleta até o norte para interceptá-los. “Eu estava pensando: ‘Como é que eu vou parar esses carros?’”, diz Carroll. “Normalmente, em bicicletas, usávamos apitos e coisas do tipo ou poderíamos chamar um veículo para nos ajudar. Mas enquanto eu andava em direção a eles, eu estava pensando: ‘Esses caras estão fugindo, há vários carros e eu estou indo dar de cara com eles’”.
Os detalhes que envolvem a morte de Tupac Shakur foram contados dezenas de vezes nos últimos 18 anos, desde a noite em que ele foi baleado em Las Vegas. Jornais, revistas, livros, documentários e sites recapitularam, analisaram, examinaram e mercantilizaram o assassinato do rapper e ator, que vão desde histórias comuns até teorias da conspiração de arregalar os olhos. Há, inclusive, aqueles que ainda acreditam que Shakur não esteja realmente morto, com relatos ao longo dos anos dele vivendo em Cuba, Nova Zelândia, Tasmânia ou na rural Pensilvânia.
Quando Shakur morreu, seis dias após o tiroteio, aos 25 anos, ele rapidamente passou de celebridade à lenda. Nessa trajetória, ele se juntou a outras celebridades que morreram no auge: James Dean, Marilyn Monroe, Jimi Hendrix, Kurt Cobain. A suposição do que pode ter acontecido prende a imaginação; e a intensidade do que aconteceu nunca vai embora.
John Singleton, que dirigiu Shakur no filme de 1993, Sem Medo no Coração (Poetic Justice), co-escreveu e vai dirigir um longa-metragem sobre a estrela controversa do hip-hop, com produção prevista para o final deste ano e o musical inspirado em Tupac, Holler If You Hear Me, teve uma breve jornada na Broadway. Mas mesmo com toda a atenção dada à vida e à morte de Shakur, um relato da noite do tiroteio ainda não foi ouvido: a do policial que chegou primeiro à cena.
Chris Carroll é um veterano metropolitano de 23 anos que se aposentou em dezembro de 2010. Ele também é meu primo. Alguns meses atrás, nós estávamos tomando cerveja numa noite em que ele, muito calmamente, começou a me contar uma história. Não era a primeira vez que eu me sentava e me preparava para ouvir uma de suas histórias policiais fascinantes; eu ouvia suas histórias havia anos. Mas uma vez que eu reconheci aonde ele estava me levando, eu percebi que esta história, em particular, tinha raízes profundas, não só em sua memória, mas também em nossa cultura.
Naquela noite inesquecível, ele tinha começado o seu turno de 10 horas às 15h e ficou ao redor do MGM Grand boa parte do dia por conta da luta Tyson-Seldon, se preparando para a agitação normal que a acompanhava.
“Sempre que o Mike Tyson tinha uma luta, era como o Super Bowl do cafetão/prostituta/público gângster”, diz Carroll. “E muitas dessas pessoas nem estavam indo para a luta. Havia gangsteres para cima e para baixo da Strip, no hotel, em todo o lugar. E, claro, uma vez que a luta era no MGM, ali era o núcleo de onde tudo estava acontecendo”.
“A noite estava apenas começando e você podia sentir no ar que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer. Mesmo quando estava calmo, era como a calmaria antes tempestade. “
Foi uma noite que seria definida por rajadas de violência. Enquanto Tyson entrava no MGM Grand Garden Arena, a caminho do ringue, no alto-falante ouvia-se “Road to a Glory”, música que Shakur tinha escrito especialmente para o boxeador. Os dois tinham se tornado amigos por meio de correspondência, quando Tyson estava servindo três anos na prisão, por conta de uma condenação de estupro em 1992. O próprio Shakur foi considerado culpado das acusações de abuso sexual em New York, em 1° de dezembro de 1994, um dia após ele ter sido baleado cinco vezes dentro do saguão de uma gravadora, em Manhattan. Ele começou sua sentença em Fevereiro de 1995, pouco mais de um mês antes de Tyson ter sido liberado da prisão.
Quando Tyson recuperou o campeonato de peso-pesado WBC, por nocaute técnico na terceira rodada em Frank Bruno, na Grand Garden Arena, em 16 de março de 1996 — sua terceira luta após ter sido solto da prisão — Shakur foi uma das primeiras pessoas a cumprimentá-lo fora do ringue. Agora, Shakur estava de volta à Las Vegas para assistir seu amigo tirar o cinturão da WBA de Seldon. O lutador e o rapper planejavam se encontrar mais tarde naquela noite, no Club 662, na East Flamingo Road, onde Shakur estava programado para se apresentar.
A amizade entre Shakur e Tyson se moldou pela posição em comum em serem homens mal-compreendidos pela sociedade, diz Christopher Emdin, professor associado da Universidade de Columbia e arquivista sobre hip-hop no Instituto de Pesquisa W.E.B Du Bois, da Universidade de Harvard.
“O que o Mike Tyson era num ringue de boxe, Tupac era para a indústria musical”, diz Emdin. “Quando Tyson surgiu — jovem, impetuoso, sem remorsos, dizendo o que sentia, podendo acabar com você com um só soco e intimidando o mundo por seu porte físico bruto — ele também assustava as pessoas pelo fato de que este tipo de pessoa negra existia. Quando Tupac surgiu pela primeira vez com o Digital Underground, ele também surgiu audaz, sem remorsos, abrasivo, intimidante. Sua presença por si só era como um temor para a América branca, porque não podiam ignorá-lo”.
A América convencional, diz Emdin, tinha uma relação de amor e ódio tanto com Tyson quanto com Shakur, marcada pelo medo e um “desejo por aquela figura negra, agressiva e louca.”
“Em muitas maneiras, foi isto que moldou Tyson ao que ele é hoje”, diz Emdin. “Eles não lhe deram uma chance para ele ser além do que aquele criminoso hiper-agressivo, que poderia bater em qualquer filho da puta a qualquer minuto. Isso é o que eles queriam e eles tentaram fazer a mesma coisa com Tupac. Quando Tupac cantava “Dear Mama” e falava sobre o Partido dos Panteras Negras e empoderamento negro, eles queriam privá-lo disso e apresentá-lo à mídia apenas como um criminoso agressivo e com raiva.
“O que conectava Tyson à Tupac era que ambos eram capazes de experimentar uma instituição, uma indústria que os odiava, mas precisava deles para satisfez seu desejo sobre o que era horrível sobre pessoas negras. Tupac sempre lutava contra essa imagem, mas ele próprio estava em conflito: ele queria representar o bairro, mas queria ser maior do que isso. E a mesma coisa, inevitavelmente, acabou com a carreira de boxeador de Mike Tyson, pois ele queria ser um super-boxeador, mas sua carreira terminou porque ele também queria ser um bandido. Ele não conseguia lidar com as tensões de quem ele era e de quem o mundo queria que ele fosse. E essa foi a mesma coisa que Tupac vivenciou. Quando o mundo lhe dá este conflito, você quase que, inevitavelmente, se autodestrói, porque não lhe é mais permitido ser mais de uma coisa ao mesmo tempo. Tupac reconheceu iso em Mike Tyson e é por isso que os dois se deram muito bem”.
Pouco mais de um minuto de luta e Tyson derruba Seldon com um soco, aparentemente invisível e, em seguida, acaba com ele segundos depois. Ao lado do ringue, Shakur assistia à luta com Marion “Suge” Knight, um ex-jogador de futebol UNLV que tinha co-fundado a gravadora Death Row Records em 1991. Shakur assinou com a Death Row após Knight pagar uma fiança de 1,4 milhões de dólares para tirá-lo da prisão em outubro de 1995.
Após a luta, Shakur e Knight estavam andando pelo MGM com membros de sua equipe, quando Shakur confrontou e deu um saco em um homem, mais tarde identificado como Orlando Anderson, de 21 anos, de Compton, Califórnia, membro da gangue South Side Crips. Shakur e Knight se juntaram aos Mob Piru Bloods, rivais da gangue e o guarda-costas de Shakur começou a atacar Anderson, batendo e chutando enquanto ele estava no chão. Após o tumulto, que foi parado por seguranças do MGM e capturado pelas câmeras de segurança do hotel, Shakur, Knight e sua equipe foram autorizados a deixar o MGM sem serem questionados. Anderson recusou tratamento médico e se recusou a registrar uma reclamação e saiu para a Strip. Carroll estava na arena, por conta da luta, mas assim que terminou ele imediatamente voltou para a rua sem saber o que tinha acontecido no casino.
A violência das gangues havia se tornado uma preocupação crescente em Las Vegas, em meados da década de 1980 até outubro de 1991. O New York Times identificou a cidade como uma grande quadrilha, em parte devido à crescente migração dos Crips e Bloods, de Los Angeles, em meio ao crescimento populacional recorde do Vale. Em 1996, a infiltração de gangues havia se tornado mais proeminente.
O crescimento do cenário de gangues em Las Vegas também coincidiu com a ascensão do gângster rap, que começou a ganhar uma popularidade dominante no final de 1980, por meio de artistas como Ice-T e NWA, que rimavam sobre perseguição policial, violência de gangues, uso de drogas e misoginia. Músicas como “Fuck tha Police” se tornaram como hinos para os jovens negros em bairros urbanos, que se identificavam com as letras brutas dos rappers.
Shakur lançou seu primeiro álbum solo, 2Pacalypse Now, em 1991, com músicas sobre os temas habituais como racismo e brutalidade policial, mas o jovem rapper também abordava temas sociais como a pobreza e a gravidez na adolescência. Nascido na parte Leste de Harlem de Manhattan, em Nova York, em 16 de junho de 1971, Shakur foi criado em um ambiente de instabilidade política e agitação social. Sua mãe, Afeni, era uma integrante ativa do Partido dos Panteras Negras e deu o nome de Tupac a seu filho por conta de Tupac Amaru, um imperador inca do século 16, que tinha resistido ao colonialismo espanhol. Foi este espírito revolucionário — parte de uma infância em que sua mãe lutava contra o vício de drogas e ela e outros membros da família terem passado um tempo na prisão — que ajudou Shakur a moldar suas ideias.
Em 1996, Shakur — cuja família se mudou para Marin City, na Califórnia, em 1988 — se tornou um pára-raios na crescente rivalidade do rap entre a Costa Leste e Costa Oeste. Ele acusou, publicamente, o rapper nova-iorquino Biggie Smalls (também conhecido como The Notorious BIG) e Sean “Puff Daddy” Combs de tramar o ataque contra ele, em 1994 e ele se gabou sobre ter transado com a esposa de Smalls, na música “Hit ‘Em Up”, em 1996.
“Tupac foi, provavelmente, o único artista capaz de captar toda a variedade do que o hip-hop era naquela época — e também, de muitas maneiras, capturar o que queríamos que o hip-hop fosse”, diz Emdin.
“Ele era um revolucionário sem remorso capaz de ir contra a polícia ou contra qualquer um que falasse negativamente sobre a geração hip-hop. Mas, ao mesmo tempo, ele também era um homem que adorava as mulheres e que foi capaz de escrever uma música sobre sua mãe”.
“Mesmo em sua misoginia, havia sinais de esperança e amor, mas ao mesmo tempo ele foi capaz de captar os sentimentos de um N.W.A (Negros com Atitudes), com a imagem de um agressivo, um criminal. E por ele ser capaz de transmitir todas essas coisas em uma única pessoa, ele redefiniu o que significava ser um “bandido’’. Por ser essa pessoa complexa, ele disse que um bandido era mais do que ser apenas uma pessoa violenta, irritada; que havia nuances”.
Carroll se aproximava da Avenida Harmon em sua bicicleta, por conta da ligação sobre o tiroteiro, quando ele viu o comboio dirigindo de forma irregular rumo à Las Vegas Boulevard. “Eles estavam ignorando os sinais de trânsito, passando em sinais vermelhos por todo o caminho”, diz ele. “E havia em torno de 4 ou 5 carros — eu ainda não sei dizer exatamente quantos eram; mas eu vou chutar cinco. Eles fizeram uma curva à esquerda de forma abrupta na Harmon exatamente quando eu estava saindo da bicicleta. Agora nós sabíamos que os veículos estavam em um tiroteio, mas não sabíamos quem atirou, qual carro disparou, qual deles levava o atirador e quem está perseguindo quem”.
Cerca de 15 minutos antes, às 23h05, um outro policial tinha parado Knight na Strip por conta do som alto e pelo BMW preto não ter a placa do carro exposta. Shakur estava no banco de passageiro. Knight foi embora sem ser multado e logo virou na Rua Flamingo, em direção ao Clube 662. Foi na Flamingo que um Cadillac branco, com três ou quatro homens parou à direita da BMW de Knight.
Um dos homens sacou uma arma pela janela traseira do Cadillac e disparou pelo menos 13 tiros em direção ao carro de Knight, quatro dos quais perfuraram o corpo de Shakur. O Cadillac, então, foi embora em direção ao sul da Rua Koval.
Knight conseguiu fazer um retorno na Flamingo, enquanto Shakur sangrava no banco do passageiro. Depois de virar na Strip, Knight dirigia sua BMW em zigue-zague, furando dois pneus e amassando as laterais do carro ao dirigir em cima da calçada e passou no sinal vermelho na Rua Harmon, em uma fuga frenética. O carro parou no meio da rua, numa tentativa de virar à esquerda. Os veículos que perseguiam Shakur e Knight também pararam no cruzamento.
“Enquanto isso acontecia, eu pulei da bicicleta e ela continuou voando”, diz Carroll. “Eu ainda não sabia quem era o atirador e, assim que eles pararam, quase todas as portas do carro foram escancaradas. Então, saquei minha arma e havia cerca de 10 pessoas. E logo ficou claro, quando eles saíram do carro, que não era um Zé Ninguém dirigindo com sua esposa; eram importantes. Então, estou com a minha arma para fora e estou pensando que uma dessas pessoas é o atirador. Então, grito para todo mundo se abaixar; tem um monte de gente para cima e para baixo da Strip. Estou preocupado com fogo cruzado; estou preocupado que eu não sei quem é o atirador. Estou tentando apontar a arma para cinco carros ao mesmo tempo, me preparando para os tiros. E, para a minha surpresa, o tiroteio nunca aconteceu.
“Então, eu estou apontando a minha arma e eu estou gritando para esses caras deitarem no chão. Alguns deles deitam, outros não. Alguns deles estão considerando, olham uns aos outros, quase como se estivessem pensando “Corremos? Fazemos o que ele está mandando e deitamos no chão?”. “Eles estavam tentando entender o que estava acontecendo, tanto quanto eu. Estamos todos olhando uns aos outros nesse semi-empate enquanto eu grito para eles deitarem no chão”.
Enquanto Carroll se aproximava da BMW, ele viu alguém sentado no banco do passageiro. Por um momento, ele pensou que era o atirador, até que viu os buracos de tiros na porta do carro. Então, ele se virou e viu Knight com seus 1,95 de altura e seus 145 quilos, aproximando-se por trás, sangrando profundamente por conta de um fragmento de bala que tinha se alojado na parte de trás de sua cabeça.
“Eu seguro a porta do carro, tentando abri-la, mas não consigo”, diz Carroll. “Knight continua a se aproximar atrás de mim, então aponto a arma para ele. Eu estou apontando para o carro. Eu estou gritando, ‘Todos vocês deitem no chão! E você, não se aproxime! ‘E cada vez que eu aponto a arma para ele, ele recua e até levanta as mãos, como dizendo ‘Tudo bem! Tudo bem!’. Então eu volto para o carro e lá vem ele de novo. Então eu digo “Seu filho da puta, cai fora”! Esse cara é enorme e o tempo todo que ele está correndo por aí, em volta da cena, ele está jorrando sangue da cabeça. Esguichando sangue! Digo, o cara tinha, claramente, sido atingido na cabeça, mas tinha todas as suas faculdades. Eu não podia acreditar que ele estava andando e gritando e fazendo o que ele estava fazendo”.
A seguinte descrição dos eventos difere, significativamente, do que foi relatado anteriormente, principalmente no livro A Morte de Tupac Shakur, pelo autor, residente de Las Vegas, Cathy Scott. O guarda-costas de Shakur, Frank Alexander, em seu relato, diz que ele e Knight se identificaram ao policial e que, em seguida, ele lhes permitiu abrir a porta da BMW. Carroll descarta essa história, dizendo que de forma alguma ele teria simplesmente acreditado em Alexander, de que não teriam participado do tiroteio e que ele, definitivamente, não teria deixado com que se aproximassem da BMW para abrir a porta. Carroll conta a história do que aconteceu:
“Eu finalmente consigo abrir a porta do carro e, à medida que a abro, o cara que estava dentro cai imediatamente, como se ele estivesse encostado na porta. Primeiro, eu pensei que o cara ia pular para fora do carro direto para cima de mim, pensei que este era o seu plano de ataque, digamos assim. Mas, então, percebo que ele não estava pulando para fora do carro; ele estava caindo dele. Então, eu o peguei com meu braço esquerdo e ele cai em mim e eu ainda estou segurando a arma na outra mão. Ele está coberto de sangue e eu imediatamente percebo que o cara tem uma tonelada de ouro — em um colar e outras joias — e todo o ouro está coberto de sangue. Isso sempre ficou estampado na minha mente.
“Eu estou o segurando com uma das mãos e segurando a arma na outra, ainda estou gritando com os outros caras e o tirando para fora do carro. Bem, logo em seguida, graças a Deus, outro policial de bicicleta aparece. Ele foi, provavelmente, quem estava perseguindo os carros inicialmente. Ele tira o Suge das minhas costas, porque Suge era uma espécie de ameaça para mim; os outros caras estavam meio que me ouvindo — alguns de bruços, alguns de joelhos e alguns em pé, ao redor.
“O outro policial empurra Suge para longe de mim e eu olho para baixo, para o cara que estou segurando e ele ainda está consciente. Eu podia ver que ele tinha sido baleado várias vezes, mas eu não sabia dizer aonde ele tinha sido baleado. Enquanto o puxo para fora do carro, ele fazia uma cara de dor. Ele está olhando para mim; ele está gemendo. Eu o coloquei no chão e olhei para dentro do carro para ver se havia mais ninguém lá, mas não havia”.
“Depois que eu o puxei para fora, Suge começa a gritar com ele, ‘Pac! Pac’! E continuava gritando. E o cara que eu estou segurando está tentando gritar para ele”.
“Ele está sentado e está lutando para colocar as palavras pra fora, mas ele realmente não consegue. E como Suge está gritando ‘Pac!’, eu olho para baixo e percebo que aquele era o Tupac Shakur”.
Na época, isso não significava muita coisa para mim. Eu estava mais preocupado que aquela era uma situação ruim para eu estar com apenas mais um policial.
“Há algo no trabalho policial chamado de “declaração de morte”, que é um conceito jurídico que, em poucas palavras, basicamente diz que se alguém que acredita estar morrendo diz o nome de um suspeito ou é capaz de explicar o que aconteceu, isto não é considerado rumor no tribunal quando a pessoa não estão lá para testemunhar; é considerado prova admissível”.
“Então, eu estou olhando para Tupac e ele está tentando gritar de volta para Suge e eu estou perguntando a ele: ‘Quem atirou em você? O que aconteceu? Quem fez isso?’. E ele só estava meio que me ignorando. Ele fazia contato visual comigo de vez em quando, mas ele estava tentando falar com o Suge. E eu continuei a perguntar de novo e de novo, ‘Quem fez isso? Quem atirou em você?’. E ele basicamente continuava a me ignorar. E, então, eu vi em seu rosto, em seus movimentos, de repente, num estalar de dedos, que ele mudou. E ele passou da dificuldade em falar, em não ser cooperativo, para um tipo de ‘Eu estou em paz’. Apenas isso.
“Ele passou do esforço ao ‘eu não consigo fazer isso’. E quando ele fez essa transição, ele olhou para mim e ele estava olhando diretamente nos meus olhos. E foi aí que eu olhei para ele e disse mais uma vez: “Quem atirou em você?”.
“Ele olhou para mim e ele respirou profundamente para pronunciar as palavras, abriu a boca e eu pensei que ia conseguir algum tipo de cooperação. E, em seguida, saíram as palavras: ‘Vai se foder’.”
“Depois disso, ele começou a murmurar e começou a perder a consciência. Nesse momento, apareceu uma ambulância e ele ficou inconsciente”.
“À medida que os paramédicos o carregava, mais e mais policiais iam aparecendo. Não havia mais ameaça, mas nós estávamos tentando entender o que estava acontecendo. Era uma bagunça total. Eles começaram a colocar o Tupac na ambulância e, então, eu cheguei para um dos caras que trabalhavam comigo e disse, ‘Sobe na ambulância e vai com ele, não o deixe fora de vista no hospital, no caso dele falar alguma coisa, talvez a gente ainda consiga uma declaração de morte’”.
“Assim que ele chegou ao hospital, ele foi para a cirurgia e foi fortemente sedado e eu acho que ele entrou em coma e nunca mais saiu disso, até que o tiraram da máquina que o mantinha vivo. Então, naquele momento que eu falei com ele foi o seu último momento real de vida em que ele estava falando. Conversei com o policial que subiu na ambulância com ele. Ele disse que Tupac nunca acordou e nunca disse nada no hospital. Não havia mais nada”.
Shakur foi levado à University Medical Center, onde foi submetido à primeira de várias cirurgias. Os médicos tentaram parar a hemorragia interna e retiraram o pulmão direito, como parte do esforço. Ele foi colocado em máquinas de suporte de vida e colocado em um coma induzido por medicamentos antes de morrer, em 13 de setembro.
Seis noites antes, na Las Vegas Boulevard com a Harmon, detetives entrevistaram os membros da comitiva de Shakur após o tiroteio, incluindo Knight. Mas as entrevistas foram em vão. Se algum dos homens sabia a identidade do atirador, eles não contaram à polícia.
Quando perguntado se o assassinato de Shakur teve algum efeito duradouro sobre ele, Carroll diz que não foi mais significativo do que outras fatalidades que lidou como um policial.
“Você tem que entender que um policial, especialmente um policial de Las Vegas, trabalhando na Avenida Strip durante à tarde e noite, vê pessoas mortas, pessoas baleadas, suicídios, mortes de carro, o tempo todo. Você está muito acostumado com isso. E, para mim, naquele momento, eu sabia quem era Tupac Shakur, mas isso era tudo. Eu não sabia mais nada sobre o cara”.
O cruzamento onde Carroll esteve com Shakur mal se parece com o que era em 7 de setembro de 1996. A Las Vegas Boulevard é, agora, significativamente mais ampla, cercada por novos desenvolvimentos, como o CityCenter e o Cosmopolitan. Também não havia telefones com câmeras por todos os lados para capturar os eventos seguintes ao tiroteio.
Quanto a quem matou Shakur, o consenso geral entre os responsáveis pela aplicação da lei em Las Vegas e Los Angeles é que Orlando Anderson — após a surra que levou no MGM Grand, o que originalmente pensou-se que era um incidente isolado — planejava atirar em Shakur no Club 662. Mas o Cadillac em que ele estava, por acaso passou do lado da BMW de Knight no cruzamento da Flamingo com a Koval, dando-lhe uma oportunidade inesperada.
Se Anderson foi realmente o assassino, nós provavelmente nunca iremos saber ao certo, já que ele foi assassinado em um tiroteio, em um lava-rápido em Compton, em 29 de maio de 1998.
“O assassinato de Shakur ainda é considerado um homicídio sem solução”, diz Carroll, que não estava envolvido na investigação após a noite do tiroteio. “E um caso de homicídio sem solução, tecnicamente, nunca está fechado. Mas nada de novo vai acontecer com ele. Eu já ouvi todas as teorias de conspiração que surgiram, de que Suge tinha algo a ver com isso. E eu vou te dizer, isso não aconteceu. E uma das razões é: você não contrata alguém para matar o cara que está sentado ao seu lado. E, em segundo lugar, quando estávamos na cena do crime e ele estava gritando com Tupac, ficou evidente que ele tinha uma preocupação legítima com ele. Ele não estava interpretando; você podia ver que era o calor do momento. Este não é o cara que o matou; isso é ridículo”.
Apesar de ter sido o comandante da unidade de patrulha de bicicleta da Strip, bem como o primeiro oficial a chegar à cena, Carroll diz que nunca foi contatado por um advogado, membro da família ou qualquer outra pessoa que representasse Shakur para recapitular os acontecimentos daquela noite.
“Eu vi um monte de coisas na internet sobre o que aconteceu naquela noite e quase tudo está errado”, diz ele. “Eu já vi reportagens na TV em que falam coisas como ‘Esta é a investigação que não deixa pedra sobre pedra’. E eu sempre penso: ‘Bem, eles nunca falaram comigo’.”
Histórias de que Shakur ainda esteja vivo persistem, apesar da esmagadora evidência do contrário. A mãe de Shakur identificou o filho no hospital depois de sua morte, o legista do condado de Clark emitiu o certificado de óbito e, o mais perturbador, uma foto da autópsia de Shakur vazou do escritório do legista, mostrando o rapper com a parte superior do tórax aberto cortado e a primeira palavra da sua tatuagem “Thug Life” visível em seu estômago. Seus restos mortais foram cremados a pedido de sua mãe.
Mesmo Suge Knight alimentou os rumores de que Tupac estivesse vivo. Ao ser entrevistado pelo TMZ, em maio, Knight acusou Sean “P. Diddy” Combs de ter baleado Shakur antes de anunciar: “Tupac não está morto. Se ele estivesse morto, eles estariam prendendo esses caras pelo assassinato. Você sabe que ele está em algum lugar nas ilhas, fumando um charuto cubano”.
“Para qualquer população que sente que não há quem fale em nome dela”, diz Emdin, “há sempre a esperança de que um ícone como Tupac ainda exista. E quando você ouve a música de Tupac hoje em dia, ela reacende a esperança; ela reacende o desejo de que ele ainda estivesse por perto. E por meio de sua música, ele sempre estará por perto”.
Quanto à Carroll, ele dá dois motivos por ter esperado tanto tempo para tornar público o seu relato sobre a noite em que Shakur foi baleado. Em primeiro lugar, sua aposentadoria do Metro lhe deu a liberdade de contar sua história sem qualquer tipo de repreensão. “Ainda é um caso não solucionado de homicídio”, diz ele. “Só não era hora de falar sobre isso antes. Agora que se passaram quase 18 anos; claramente nunca vai haver um processo judicial sobre este assunto”.
“O segundo e principal motivo de eu não ter ido a público com isso antes é que eu não queria que Tupac fosse um mártir ou herói por ele ter dito “vá se foder” aos policiais”. Eu não queria dar isso a ele. Eu não queria que as pessoas dissessem: ‘Mesmo quando estava tudo por água abaixo, sua vida em risco, ele ainda disse: “Vá se foder”, ele ainda não quis falar com a polícia. “Eu não quero que ele seja um herói por isso. E agora que passou tempo o suficiente, bem, ele é um mártir de qualquer maneira; ele é visto como um herói de qualquer maneira. Minha história, neste momento, não vai mudar nada disso”.
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Esta história apareceu, originalmente, no Vegas Seven, reeditado com permissão
The Last Words
Of Tupac Shakur
Eighteen years ago a rap superstar was gunned down in Las Vegas. Since then, his story has become legend.
But for the cop who was first on the scene,
that night remains unforgettably real.
O convite veio no rádio logo após 11:15: Tiros foram disparados perto do cruzamento da Flamingo e Koval, com possíveis vítimas. Vários veículos fez uma inversão de marcha no Flamingo e rumou para o oeste. O oficial de bicicleta que fez a chamada do hotel Maxim começou atrás dos carros, mas foi muito atrás para pegá-los. Ele poderia, no entanto, vê-los vire à esquerda na Las Vegas Boulevard.
The call came in on the radio just after 11:15 pm: Shots had been fired near the intersection of Flamingo and Koval, with possible victims. Several vehicles had made a U-turn on Flamingo and headed west. The bicycle officer who made the call from the Maxim hotel began trailing the cars, but was too far behind to catch them. He could, however, see them turn left onto Las Vegas Boulevard.
Chris Carroll era um sargento na unidade de moto patrulha do Vegas Departamento de Polícia Metropolitana de Las na Strip. Os 12 oficiais sob seu comando montou em pares, mas Carroll estava andando sozinho, quando ele recebeu o telefonema naquela noite, 7 de setembro de 1996, o tráfego na Strip é sempre lento em um sábado à noite, mas foi especialmente grossa na sequência do primeiro round por nocaute técnico de Mike Tyson de Bruce Seldon, no MGM Grand algumas horas antes. E, agora, em algum lugar no meio de todos esses veículos foi uma caravana de carros, um deles, talvez, levando o atirador.
Chris Carroll was a sergeant on the Las Vegas Metropolitan Police Department’s bike patrol unit on the Strip. The 12 officers under his command rode in pairs, but Carroll was riding solo when he got the call that night, September 7, 1996. Traffic on the Strip is always slow-moving on a Saturday evening, but it was especially thick in the aftermath of Mike Tyson’s first-round technical knockout of Bruce Seldon at the MGM Grand a few hours earlier. And, now, somewhere in the midst of all those vehicles was a caravan of cars, one of them perhaps carrying the shooter.
Carroll montou norte para interceptá-los. "Estou pensando, 'Como é que eu vou parar esses carros?'", Diz Carroll. "Normalmente, em bicicletas, foram utilizados apitos e coisas assim, ou que poderíamos chamar de um veículo para nos ajudar. Mas como eu estou andando em direção a eles, eu estou pensando, 'Esses caras estão em fuga, há vários carros e eu estou indo nariz com nariz com eles.' "
Carroll rode north to intercept them. “I’m thinking, ‘How am I going to stop these cars?’” Carroll says. “Usually on bikes, we used whistles and things like that, or we could call for a vehicle to help us. But as I’m riding toward them, I’m thinking, ‘These guys are on the run, there’s multiple cars and I’m heading nose-to-nose with them.’”
Os detalhes que cercam a morte de Tupac Shakur foi contada dezenas de vezes nos 18 anos desde a noite em que ele foi baleado em Las Vegas. Jornais e revistas artigos, livros, documentários e sites têm recapitulou, analisado, examinado e mercantilizada o rapper e assassinato não solucionado do ator, que vão desde contas sóbrias para as teorias da conspiração de olhos arregalados. Há mesmo aqueles que ainda se apegar a crença de que Shakur não está realmente morto, com relatos ao longo dos anos com ele vivendo em Cuba, Nova Zelândia, Tasmânia ou Pensilvânia rural.
The details surrounding Tupac Shakur’s death have been recounted dozens of times in the 18 years since the night he was shot in Las Vegas. Newspaper and magazine articles, books, documentaries and websites have recapped, analyzed, scrutinized and commodified the rapper and actor’s unsolved murder, ranging from sober accounts to wild-eyed conspiracy theories. There are even those who still hold onto the belief that Shakur is not really dead, with reports over the years having him living in Cuba, New Zealand, Tasmania or rural Pennsylvania.
Quando Shakur morreu seis dias após o tiroteio, aos 25 anos, ele foi rapidamente elevado de estrela a lenda. Nessa trajetória, ele se juntou a outras celebridades que morreram no auge: James Dean, Marilyn Monroe, Jimi Hendrix, Kurt Cobain. A premissa de que poderia ter sido captura a imaginação; ea intensidade do que nunca foi muito solta.
When Shakur died six days after the shooting, at age 25, he was swiftly elevated from star to legend. In this trajectory, he joined other celebrities who died in their prime: James Dean, Marilyn Monroe, Jimi Hendrix, Kurt Cobain. The premise of what might have been captures the imagination; and the intensity of what was never quite lets go.
John Singleton, que dirigiu Shakur no filme 1993 Poetic Justice, co-escreveu e vai dirigir um longa-metragem sobre a estrela do hip-hop controverso, com produção prevista para o final deste ano, e um musical inspirado em Tupac, Holler se você ouvir Me, teve uma breve corrida na Broadway. Mas, mesmo com toda a atenção dada à vida e à morte de Shakur, permanece uma conta da noite do tiroteio, que não foi ouvido antes: desde o policial que estava em primeiro lugar na cena.
John Singleton, who directed Shakur in the 1993 movie Poetic Justice, has co-written and will direct a feature film about the controversial hip-hop star, with production scheduled for later this year, and a Tupac-inspired musical, Holler If You Hear Me, had a brief run on Broadway. But even with all the attention given to Shakur’s life and death, there remains one account of the night of the shooting that has not been heard before: from the police officer who was first on the scene.
Chris Carroll é um veterano metro de 23 anos que se aposentou em dezembro de 2010 Ele também é meu primo. Alguns meses atrás, ele e eu estávamos tendo cervejas numa noite em que ele quase com indiferença começou a me contar uma história. Não era a primeira vez que eu sentei e me preparei para ouvir uma de suas histórias policiais fascinantes; Eu estava a ouvi-los durante anos. Mas uma vez eu reconheci onde estava me levando, eu percebi que esta história em particular tinha raízes profundas, não só em sua memória, mas também em nossa cultura.
Chris Carroll is a 23-year metro veteran who retired in December 2010. He is also my cousin. A few months back, he and I were having beers one night when he almost nonchalantly began to tell me a story. It wasn’t the first time I’d sat back and readied myself to hear one of his fascinating cop stories; I’d been listening to them for years. But once I recognized where he was leading me, I realized that this particular story had deep roots not only in his memory, but also in our culture.
Naquela noite inesquecível, que tinha começado o seu turno de 10 horas a três horas e foi em torno da MGM Grand boa parte do dia para a luta Tyson-Seldon, preparado para a turbulência residual que era provável que o acompanham.
On that unforgettable night, he had started his 10-hour shift at 3 p.m. and was around the MGM Grand much of the day for the Tyson-Seldon fight, prepared for the residual turmoil that was likely to accompany it.
"Sempre que Mike Tyson teria uma luta, que seria como o Super Bowl do cafetão / prostituta / multidão gangster", diz Carroll. "E muitas dessas pessoas não estão indo para a luta. Haveria gangsters tudo para cima e para baixo da faixa, no hotel, em todos os lugares. E, é claro, uma vez que a luta foi no MGM, que foi o núcleo de onde tudo estava acontecendo.
“Whenever Mike Tyson would have a fight, it would be like the Super Bowl of the pimp/whore/gangster crowd,” Carroll says. “And a lot of these people aren’t even going to the fight. There would be gangsters all up and down the Strip, in the hotel, everywhere. And, of course, since the fight was at the MGM, that was the nucleus of where everything was happening.
"A noite estava apenas começando, e você podia sentir no ar aquela coisa ruim estava para acontecer. Mesmo quando ele estava calmo, era como a calma antes da tempestade. "
“The night was just starting, and you could just feel in the air that bad stuff was going to happen. Even when it was calm, it was like the calm before the storm.”
Foi uma noite que seria definida por rajadas de violência. Como Tyson entrou no MGM Grand Garden Arena e fez o seu caminho para o ringue, o sistema de endereço público jogado "Estrada para a Glória", uma canção Shakur tinha escrito especificamente para o boxeador. Os dois homens se tornaram amigos através de correspondência, enquanto Tyson foi cumprir três anos de prisão por uma condenação 1992 estupro. Shakur próprio foi considerado culpado de acusações criminais de abuso sexual em New York no dia 1 de dezembro de 1994, um dia depois que ele foi baleado cinco vezes dentro do saguão de um estúdio de gravação Manhattan. Ele começou sua sentença em Fevereiro de 1995, um pouco mais de um mês antes de Tyson foi liberado da prisão.
It was a night that would be defined by short bursts of violence. As Tyson entered the MGM Grand Garden Arena and made his way to the ring, the public-address system played “Road to Glory,” a song Shakur had written specifically for the boxer. The two men had become friends through correspondence while Tyson was serving three years in prison for a 1992 rape conviction. Shakur himself was found guilty of felony sex-abuse charges in New York on December 1, 1994, one day after he was shot five times inside the lobby of a Manhattan recording studio. He began his sentence in February 1995, a little more than a month before Tyson was released from prison.
Quando Tyson recuperou o campeonato WBC com um TKO terceira rodada de Frank Bruno na Grand Garden Arena em 16 de março-1996 a sua terceira luta após a sua libertação da prisão-Shakur foi uma das primeiras pessoas a cumprimentá-lo fora do ringue. Agora Shakur estava de volta a Las Vegas para assistir o seu amigo tirar cinturão WBA de Seldon. O lutador eo rapper planejado para atender mais tarde naquela noite no Club 662 em East Flamingo Road, onde Shakur foi programado para se apresentar.
When Tyson reclaimed the WBC heavyweight championship with a third-round TKO of Frank Bruno at the Grand Garden Arena on March 16, 1996—his third fight after his release from prison—Shakur was one of the first people to greet him outside the ring. Now Shakur was back in Las Vegas to watch his friend take Seldon’s WBA belt. The fighter and the rapper planned to meet later that night at Club 662 on East Flamingo Road, where Shakur was scheduled to perform.
A amizade entre Shakur e Tyson foi forjada por sua posição comum que os homens incompreendidos pela sociedade, diz Christopher Emdin, professor associado da Universidade de Columbia e hip-hop arquivo colega na WEB Du Bois Instituto de Pesquisa da Universidade de Harvard.
The friendship between Shakur and Tyson was forged by their common position as men misunderstood by society, says Christopher Emdin, an associate professor at Columbia University and hip-hop archive fellow at the W.E.B. Du Bois Research Institute at Harvard University.
"O que Mike Tyson estava em um ringue de boxe, Tupac era para a indústria da música", diz Emdin. "Quando Tyson saiu-jovem, impetuoso, sem remorso, disse o que sentia, iria batê-lo fora em um tiro e intimidar o mundo com a sua brutal força física, ele também pessoas assustadas pelo fato de que esse tipo de pessoa negra existe. Quando Tupac saiu pela primeira vez com o Digital Underground, ele também saiu em negrito, sem remorso, abrasivo, intimidante. Sua presença por si só era como um temor para a América branca, porque não podia ignorá-lo ".
“What Mike Tyson was in a boxing ring, Tupac was for the music industry,” Emdin says. “When Tyson came out—young, brash, unapologetic, said what he felt, would knock you out in one shot and intimidate the world by his physical brute strength—he also scared people by the fact that this kind of black person exists. When Tupac came out for the first time with the Digital Underground, he also came out bold, unapologetic, abrasive, intimidating. His presence alone was like a fear for white America, because they couldn’t ignore him.”
Mainstream America, Emdin says, had a love-hate relationship with both Tyson and Shakur, marked by fear and a “lust for that crazy, aggressive black figure.”
"De muitas maneiras, é o que forma Tyson no que ele é hoje", diz Emdin. "Eles não lhe dar uma chance para crescer além desse bandido hiper-agressivo, que batia um filho da puta em um segundo. Isso é o que eles queriam, e eles tentaram fazer a mesma coisa com Tupac. Quando Tupac faria "Dear Mama", e falar sobre o Partido dos Panteras Negras e empoderamento negro, eles queriam tirar isso dele e apresentá-lo na mídia como apenas esta hiper-agressivo, bandido com raiva.
“In many ways, that’s what shaped Tyson into what he is today,” Emdin says. “They didn’t give him a chance to grow beyond that hyper-aggressive thug who would knock a motherfucker out in a second. That’s what they wanted, and they tried to do the same thing with Tupac. When Tupac would do ‘Dear Mama,’ and speak about the Black Panther Party and black empowerment, they wanted to strip that away from him and present him in the media as just this hyper-aggressive, angry thug.
"O que conectado Tyson e Tupac uns aos outros era que ambos estavam capaz de experimentar uma instituição, uma indústria, que os odiava, mas precisava deles porque satisfez seu desejo sobre o que foi horrível sobre a negritude. 'Pac sempre lutar contra essa imagem, mas ele próprio estava em conflito: ele queria para representar o bairro, mas ele queria ser maior do que isso. E a mesma coisa, inevitavelmente, acabou com a carreira de boxe Mike Tyson, Mike Tyson, porque queria ser um super-boxeador, mas a carreira de Mike terminou porque ele também queria ser um bandido. Ele não podia lidar com as tensões de quem ele era, e que o mundo queria que ele fosse. Isso é a mesma coisa que Tupac experimentado. Quando o mundo lhe dá este conflito, que quase inevitavelmente se autodestruir, porque você não está autorizado a ser mais de uma coisa ao mesmo tempo. Tupac reconheceu que, Mike Tyson; é por isso que os dois se davam muito bem. "
“What connected Tyson and Tupac to each other was they were both able to experience an institution, an industry, that hated them but needed them because it satisfied their lust about what was awful about blackness. ’Pac would always fight against that image, but he himself was conflicted: He wanted to represent the ’hood, but he wanted to be bigger than that. And the same thing inevitably ended Mike Tyson’s boxing career, because Mike Tyson wanted to be a super boxer, but Mike’s career ended because he also wanted to be a thug. He could not deal with the tensions of who he was and who the world wanted him to be. That’s the same thing that Tupac experienced. When the world gives you this conflict, you almost inevitably self-destruct, because you’re not allowed to be more than one thing at one time. Tupac recognized that in Mike Tyson; that’s why the two of them got along so well.”
Pouco mais de um minuto de luta, Tyson caiu Seldon com um soco, aparentemente invisível, em seguida, acabou com ele segundos depois. Shakur assistiu ao ringue briga com Marion "Suge" Knight, um ex-jogador de futebol UNLV que tinha co-fundador da Death Row Records em 1991 Shakur tinha assinado com a Death Row após Cavaleiro postou uma fiança de 1,4 milhões dólares para tirá-lo da prisão em recurso Outubro de 1995.
Barely a minute into the fight, Tyson dropped Seldon with a seemingly invisible punch, then finished him off seconds later. Shakur watched the fight ringside with Marion “Suge” Knight, a former UNLV football player who had co-founded Death Row Records in 1991. Shakur had signed with Death Row after Knight posted a $1.4 million bail to get him out of prison on appeal in October 1995.
Após a luta, Shakur e cavaleiro estavam fazendo seu caminho através da MGM com membros de sua comitiva quando confrontado Shakur e socou um homem posteriormente identificado como 21-year-old Orlando Anderson de Compton, Califórnia, um membro da gangue Crips com os South Side. Shakur e Cavaleiro foram ambos filiados com os rivais Mob Piru Bloods, e guarda-costas de Shakur começou a atacar Anderson, batendo e chutando-o enquanto ele estava no chão. Após o tumulto, que foi parado por seguranças da MGM e capturado em câmeras de vigilância do hotel, Shakur, Knight e sua tripulação foram autorizados a deixar a MGM sem ser questionado. Anderson se recusou tratamento médico, se recusou a registrar uma reclamação e saiu para a Faixa. Carroll foi na arena para a luta, mas logo voltou fora depois, sem saber o que tinha acontecido no casino.
After the fight, Shakur and Knight were making their way through the MGM with members of their entourage when Shakur confronted and punched a man later identified as 21-year-old Orlando Anderson of Compton, California, a gang member with the South Side Crips. Shakur and Knight were both affiliated with the rival Mob Piru Bloods, and Shakur’s bodyguards proceeded to attack Anderson, beating and kicking him while he was on the ground. Following the melee, which was stopped by MGM security guards and captured on hotel surveillance cameras, Shakur, Knight and their crew were allowed to leave the MGM without being questioned. Anderson refused medical treatment, declined to file a complaint and headed out to the Strip. Carroll was in the arena for the fight, but immediately headed back outside afterward, unaware of what had happened in the casino.
A violência das gangues havia se tornado uma preocupação crescente em Las Vegas, em meados da década de 1980, e até Outubro de 1991 The New York Times identificou a cidade como um todo com um grande problema de gangue, em grande parte devido à crescente migração dos Crips e Bloods baseados em Los Angeles em meio a recordista população crescimento da Vale. Em 1996, a infiltração de gangues só tornou-se mais proeminente.
Gang violence had become a growing concern in Las Vegas in the mid-1980s, and by October 1991 The New York Times identified the city as one with a major gang problem, largely because of the increasing migration of the Los Angeles-based Crips and Bloods amid the Valley’s record-setting population boom. By 1996, the infiltration of the gangs had only become more prominent.
O crescimento da cena gangue Las Vegas também coincidiu com a ascensão do rap gangsta, que começou a ganhar popularidade dominante no final de 1980 através de artistas como Ice-T e NWA, que rimado sobre a perseguição policial, violência de gangues, uso de drogas e misoginia . Canções como "Fuck tha Police" tornou-se hinos para os jovens negros em bairros urbanos que se identificavam com os contos líricos brutas dos rappers.
The growth of the Las Vegas gang scene also coincided with the rise of gangsta rap, which began to gain mainstream popularity in the late 1980s through artists such as Ice-T and N.W.A, who rhymed about police persecution, gang violence, drug use and misogyny. Songs such as “Fuck tha Police” became anthems for young black men in urban neighborhoods who identified with the raw lyrical tales of the rappers.
Shakur released his first solo album, 2Pacalypse Now, in 1991, riffing on the usual topics of racism and police brutality, but the young rapper also addressed social issues such as poverty and teenage pregnancy. Born in the East Harlem section of Manhattan in New York on June 16, 1971, Shakur was raised in an environment of political unrest and social upheaval. His mother, Afeni, was an active member of the Black Panther Party, and named her son after Tupac Amaru, a 16th-century Incan emperor who had resisted Spanish colonialism. It was that revolutionary spirit—part of a childhood in which his mother battled drug addiction, and she and other family members spent time in prison—that helped shape Shakur’s views.
By 1996, Shakur—whose family moved to Marin City, California, in 1988—had become a lightning rod in the growing East Coast-West Coast rap rivalry. He publicly accused New York-based rappers Biggie Smalls (a.k.a. The Notorious B.I.G.) and Sean “Puff Daddy” Combs of orchestrating the 1994 attack on him, and he bragged in the 1996 song “Hit ’Em Up” about having sex with Smalls’ wife.
“Tupac was probably the one artist who was able to capture all the multiplicities of what hip-hop was in that era—and also in many ways capture what we want hip-hop to be,” Emdin says.
“He was this non-apologetic revolutionary who was able to take a stand against the police or against anybody who seemed to speak in a negative manner about the hip-hop generation. But at the same time, he was also this man who adored women and who was able to write a song about his mother.
“Even in his misogyny, there were all these glimmers of hope and love, but at the same time he was able to capture the sentiments of an N.W.A, with the hyper-aggressive, hyper-thug imagery. Because he was able to carry all those things, all in one person, he redefined what ‘thug’ is. By being this complex person, he said that a thug is more than just this violent, angry person—that there were nuances to it.”
Carroll approached Harmon Avenue on his bike in response to the shooting call when he caught sight of the convoy erratically heading his way down Las Vegas Boulevard. “They were running traffic signals, blowing through lights the whole way,” he says. “And there’s about four to five cars—I still can’t tell you exactly how many there were; I want to say five. They made a hard left turn onto Harmon, and they did this right as I’m pulling up. Now, we knew the vehicles were in a shooting, but we don’t know who fired, which car fired, which one has the shooter, who’s chasing who.”
About 15 minutes earlier, at 11:05 p.m., another officer on the Strip had stopped Knight for playing his car stereo too loudly and for not having his black BMW’s license plates displayed. Shakur was in the passenger seat. Knight was let go without being ticketed, and soon turned onto Flamingo Road to head toward Club 662. It was on Flamingo that a white Cadillac with three or four men inside pulled up to the right of Knight’s BMW.
One of the men stuck a weapon out of the back window of the Caddy and fired at least 13 rounds into the side of Knight’s car, four of which pierced Shakur’s body. The Cadillac then took off south down Koval.
Knight managed to make a U-turn on Flamingo, as Shakur sat bleeding in the passenger seat. After turning onto the Strip, Knight weaved the BMW through traffic, blowing out two of the car’s tires and denting the rims as he drove over the median and ran a red light at Harmon in the frantic escape. The car came to a halt near the center divider while attempting a left turn. The vehicles trailing Shakur and Knight also stopped at the intersection.
“As that happens, I hop off the bike and let it go flying,” Carroll says. “I still don’t know who the shooter is, and as soon as they stopped, almost all the car doors go flying open. So I pulled out my gun, and there’s maybe 10 people. And it was apparent immediately after they got out of the cars that this wasn’t Joe Citizen driving with his wife; these were hard-ass guys. So I’ve got my gun out, and I think one of them is probably the shooter. So I’m yelling for everybody to get down; there’s a ton of people up and down the Strip. I’m concerned about crossfire; I’m concerned that I don’t know who the shooter is. I’m trying to point a gun at five different cars at once, anticipating gunfire. And to my surprise, the gunfire never comes.
“So I’m pointing my gun, and I’m yelling at guys to get down on the ground. Some of them do, and some of them don’t. Some of them were kinda thinking about it, and they’re looking at each other, almost like, ‘Do we run? Do we do like he says and get on the ground?’ They’re trying to figure out the situation just like I am. We’re all just staring at each other in this semi-standoff as I’m yelling at them to get on the ground.”
As Carroll approached the BMW, he saw someone sitting in the front passenger seat. For a moment, he thought it was the shooter until he saw the bullet holes in the car door. He then turned and saw the 6-foot-4, 320-pound Knight approaching him from behind, bleeding profusely from a bullet fragment that had lodged in the back of his skull.
“I grab the car door and I’m trying to open it, but I can’t get it open,” Carroll says. “[Knight] keeps coming up on my back, so I’m pointing my gun at him. I’m pointing it at the car. I’m yelling, ‘You guys lay down! And you, get the fuck away from me!’ And every time I’d point the gun at him, he’d back off and even lift his hands up, like ‘All right! All right!’ So I’d go back to the car, and here he comes again. I’m like, ‘Fucker, back off!’ This guy is huge, and the whole time he’s running around at the scene, he’s gushing blood from his head. Gushing blood! I mean the guy had clearly been hit in the head, but he had all his faculties. I couldn’t believe he was running around and doing what he was doing, yelling back and forth.”
The following description of events differs significantly from what has been reported previously, most notably in the book The Killing of Tupac Shakur by Las Vegas-based author Cathy Scott. Shakur bodyguard Frank Alexander, in his account, says he identified himself and Knight to police, who then let the two men up and allowed them to open the BMW’s door. Carroll dismisses that story, saying there’s no way he would have simply taken Alexander’s word that they were not participants in the shooting, and that he most definitely wouldn’t have let them approach the BMW to open the door. Carroll tells the story of what followed:
“I finally get the car door to open, and as I pull it open, the guy inside came right out, like he was leaning against the door. And at first I thought the guy was going to bust out of the door right on top of me; I thought this was his plan of attack, so to speak. But then I notice that he’s not coming out of the door; he was falling out of it. So I grabbed him with my left arm and he falls into me, and I’ve still got my gun in the other hand. He’s covered with blood, and I immediately notice that the guy’s got a ton of gold on—a necklace and other jewelry—and all of the gold is covered in blood. That has always left an image in my mind.
“I’ve got him in one hand, I’ve got the gun in the other hand, I’m still yelling at the other guys, and I pull him out of the car. Well, right about then, thank God, another bike cop shows up. He was probably the guy who was chasing the cars initially. He gets Suge off my back, because Suge was somewhat of a threat to me; the other guys were kinda listening—some proned out, some on their knees, some standing around.
“The other cop pushes Suge away from me, and I look down at the guy I’m holding: He’s still conscious. I could see he’s shot several times, but I can’t tell where he’s shot. And as I pulled him out of the car, he was wincing in pain. He’s looking at me; he’s groaning. I laid him down on the pavement, and then I looked inside the car to see if there was anybody else in there, but there wasn’t.
“After I pulled him out, Suge starts yelling at him, ‘Pac! Pac!’ And he just keeps yelling it. And the guy I’m holding is trying to yell back at him.
He’s sitting up and he’s struggling to get the words out, but he can’t really do it. And as Suge is yelling ‘Pac!,’ I look down and I realize that this is Tupac Shakur.
At the time, it didn’t really mean much of anything to me. I was more concerned that this was a bad situation to be in with just one other cop.
“There’s something in police work called the ‘dying declaration,’ a legal concept that, in a nutshell, basically says that if someone who believes they’re going to die gives out the name of a suspect or is able to explain what happened, that’s not considered hearsay in court when they’re not there to testify; it’s admissible evidence.
“So I’m looking at Tupac, and he’s trying to yell back at Suge, and I’m asking him, ‘Who shot you? What happened? Who did it?’ And he was just kind of ignoring me. He was making eye contact with me here and there, but he’s trying to yell at Suge. And I kept asking over and over, ‘Who did this? Who shot you?’ And he basically kept ignoring me. And then I saw in his face, in his movements, all of a sudden in the snap of a finger, he changed. And he went from struggling to speak, being noncooperative, to an ‘I’m at peace’ type of thing. Just like that.
“He went from fighting to ‘I can’t do it.’ And when he made that transition, he looked at me, and he’s looking right in my eyes. And that’s when I looked at him and said one more time, ‘Who shot you?’
“He looked at me and he took a breath to get the words out, and he opened his mouth, and I thought I was actually going to get some cooperation. And then the words came out: ‘Fuck you.’
“After that, he started gurgling and slipping out of consciousness. At that point, an ambulance showed up, and he went into unconsciousness.
“As the paramedics loaded him up, more and more cops are showing up. The threat was gone, but we’re trying to find out what’s going on. It’s a complete mess. They started putting Tupac in the ambulance, so I grabbed one of the guys who worked for me and said, ‘Hop in the ambulance and ride with him, and don’t let him out of your sight at the hospital just in case he talks, just in case he says something, and maybe we can still get a dying declaration.’
“As soon as he got to the hospital, he went into surgery and was heavily sedated, and I guess he went into a coma and really never came out of that, until they took him off of life support. So that moment I talked to him was his last real living moment where he was speaking. I talked to the cop who rode in the ambulance with him. He said Tupac never came out of it, and he never said anything at the hospital. There was nothing else.”
Shakur was taken to University Medical Center, where he underwent the first of several surgeries. Doctors tried to stop the internal bleeding, and removed his right lung as part of the effort. He was placed on life-support machines and put into a drug-induced coma before dying on September 13.
Six nights earlier on Las Vegas Boulevard and Harmon Avenue, detectives had interviewed the members of Shakur’s entourage after the shooting, including Knight. But the interviews proved fruitless. If any of the men knew the shooter’s identity, they didn’t tell the police.
When asked if the murder of Shakur has had any lasting effect on him, Carroll says it was no more significant than other fatalities he dealt with as an officer.
“You have to understand, a cop—especially a Vegas cop working on the Strip, swing shift—you see dead people, shot people, suicides, car deaths, all the time. You’re very accustomed to it. And, for me, Tupac Shakur at the time, I knew who he was, but that was about it. I didn’t know anything about the guy.”
The intersection where Carroll tended to Shakur barely resembles what it looked like on September 7, 1996. Las Vegas Boulevard is now significantly wider, flanked by new developments such as CityCenter and the Cosmopolitan. There were also no ubiquitous camera phones to capture the events following the shooting.
As for who murdered Shakur, the general consensus among law enforcement officials in Las Vegas and Los Angeles is that Orlando Anderson—following the beating he received at the MGM Grand, which was originally thought to be an isolated incident—planned to shoot Shakur at Club 662. But the Cadillac he was riding in happened to come upon Knight’s BMW at Flamingo and Koval, providing him with an earlier, unexpected opportunity.
If Anderson was indeed the killer, we’ll likely never know for sure, as he was murdered in an unrelated shootout at a car wash in Compton on May 29, 1998.
“[Shakur’s murder] is still considered an unsolved homicide,” says Carroll, who was not involved in the investigation after the night of the shooting. “And an unsolved homicide case is technically never closed. But nothing more is ever going to happen with it. I’ve heard all the conspiracy theories that have come out, that Suge had something to do with it. And I’ll tell you, that didn’t happen. And one reason is: You don’t hire somebody to kill the guy who’s sitting next to you. And second of all: When we were at the scene, and he was yelling at Tupac, it was clear he had legitimate concern for him. It wasn’t acting; you could see it was the heat of the moment. This is not the guy who had him killed; it’s ridiculous.”
Despite having been the commanding officer for Metro’s bike patrol unit on the Strip, as well as the first officer on the scene, Carroll says he has never been contacted by an attorney, family member or anyone else representing Shakur to recap the events of that night.
“I’ve seen a lot of stuff on the Internet about what happened that night, and it’s almost all wrong,” he says. “I’ve seen TV reports that have said stuff like, ‘This is the investigation that leaves no stone unturned.’ And I always think, ‘Well, they never talked to me.’”
Stories that Shakur is still alive persist today, despite the overwhelming evidence to the contrary. Shakur’s mother positively identified her son at the hospital after his death, the Clark County Coroner’s office certified the death certificate and, most disturbing, a photo from Shakur’s autopsy leaked out of the coroner’s office, showing the rapper laying with his upper chest sliced open and the first word of his “Thug Life” tattoo visible on his stomach. His remains were cremated at his mother’s request.
Even Suge Knight has fed the rumors that Tupac lives. When interviewed by TMZ in May, Knight accused Sean “P. Diddy” Combs of having Shakur shot before proclaiming, “Tupac’s not dead. If he was dead, they’d be arresting those dudes for murder. You know he’s somewhere smoking a Cuban cigar on the islands.”
“For any population who feels that they don’t have folks to speak for them,” Emdin says, “there’s always the hope that an icon like Tupac still exists. And when you hear Tupac’s music today, it reignites that hope; it reignites that wish that he was still around. And through his music, he will always be around.”
As for Carroll, he gives two reasons for waiting so long to go public with his account of the night Shakur was shot. First, his retirement from Metro has given him the freedom to tell his story without possible reprimand. “There’s still an open homicide case,” he says. “It just wasn’t time to speak earlier. Now it’s been almost 18 years; there’s clearly never going to be a court case on this.
“The second main reason I didn’t go public with this before is I didn’t want Tupac to be a martyr or hero because he told the cops ‘Fuck you.’ I didn’t want to give him that. I didn’t want people to say, ‘Even when the chips were down, his life on the line, he still said “Fuck you,” he still wouldn’t talk to the police.’ I didn’t want him to be a hero for that. And now enough time has passed, well, he’s a martyr anyway; he’s viewed as a hero anyway. My story, at this point, isn’t going to change any of that.”
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This story originally appeared in Vegas Seven, reprinted with permission