Casa Schmitt-Presser
A família Schmitt
Johann Peter Schmitt nasceu em Bechenheim, Hessem, em 1801. Com 24 anos, veio ao RS e, por volta de 1830, estabeleceu-se como comerciante em Hamburgberg. Ele colaborou com diversas construções do bairro, como a Igreja Evangélica, a Igreja Católica e algumas escolas. Schmitt ergueu uma casa em estilo enxaimel, onde funcionava seu armazém de secos e molhados, drogaria, armarinho e bar. Sua venda era um dos mais importantes estabelecimentos coloniais da região. Johann teve, ao longo de sua vida, 20 filhos, de duas esposas. Faleceu aos 67 anos, em 1868, deixando uma grande herança a seus descendentes.
Seu filho mais novo, Adão Adolfo Schmitt, recebeu as terras onde hoje se encontra o entro da cidade — no momento da partilha entre os filhos de Johann, estas terras não tinham muito valor, mas passaram a ser valorizadas com a chegada do trem em 1871, dando um novo nome à cidade: New Hamburg (ou Novo Hamburgo), já que o trem ia até uma região nova na cidade, ainda pouco habitada.
Edwino Preser
Em 1920, a casa de Schmitt foi alugada para sediar uma padaria. Anos depois, a rua General Daltro Filho, onde está localizada a casa, foi rebaixada, dando mais um andar ao estabelecimento. Foi ali que Edwino Presser, casado com uma neta de Schmitt, reabriu a venda, onde comercializada tecidos e miudezas até 1973.
Schmitt-Presser
Em 1974, a comunidade iniciou um movimento pela preservação da casa Schmitt-Presser, que queria, além disto, a proteção do Centro Histórico de Hamburgo Velho. No ano de 1981, a casa foi declarada Utilidade Pública pela Prefeitura Municipal, e, em 1985, tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pela IBPC.
Hoje, a casa comunitária é aberta ao público gratuitamente de segunda a sexta-feira, abrigando objetos antigos que são doados pela comunidade.
Ao lado da casa de Johann Schmitt, Adão Schmitt construiu um novo casarão em estilo enxaimel, no final da década de 1880. Em estilo neoclássico, o prédio serviu à comunidade de imigrantes como residência, casa comercial e até mesmo como hospital. A atual Fundação Ernesto Frederico Scheffel conta com uma das maiores pinacotecas do mundo, com mais de 350 obras do artista.