Shrek e o valor da gratidão

Fernando Santos
3 min readOct 31, 2023

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Como assim Fernando? O Que o filme Shrek pode me ensinar sobre gratidão?

Calma eu explico, aposto que quando você era criança e assistia esses filmes de antigos ficava extremamente animado e as vezes até mesmo queria replicar certos traços dos protagonistas.

Como no filme do Homem-Aranha eu sempre quis ser tão carismático como o Peter Parker e ter a sua inteligência, ou no filme dos x-men eu lembro que achava o Wolverine descolado e queria ser exatamente como ele.

Bom esses dias me peguei vendo um meme que tinha a imagem do Shrek e me perguntei “O que eu lembro desse filme mesmo?”. Me veio na memória os primeiros filmes onde ele salva a princesa Fiona do Dragão e se casa com ela, depois vem toda aquela história de felizes para sempre que já conhecemos.

Então eu me lembrei daquele filme “Shrek para sempre”, aquele filme é muito bom, lembro que foi dele que veio o meme “faz o urro”.

Vou resumir rapidamente a história, depois de muitos anos casado com uma vida monótona cheio de afazeres domésticos como cuidar dos filhos e da casa, Shrek se vê cansado de tudo aquilo e para reviver os momentos de glória ele faz um contrato com Rumplestiltskin (A pronúncia mais parece um xingamento).

O problema é que Shrek é transportado para um mundo onde ele não conheceu a Fiona e, portanto, não se casou e nem teve filhos, também não conheceu seus amigos o Burro e o Gato de Botas e daí vem o grande arrependimento de Shrek.

Beleza Fernando já entendi, mas onde você quer chegar com tudo isso?

Agora que vem a parte da lição jovem gafanhoto. No momento em que Shrek e levado para esse mundo que tanto queria, ele percebe que tudo o que ele queria de verdade não valia de fato a pena.

Claro no primeiro momento ele fica muito feliz em ser novamente um ogro temido por todos, mas logo ele percebe que nada faz sentido se ele não possui a sua família ao seu lado, a felicidade dele se esvai pois não tem mais ninguém ali para que ela seja compartilhada.

Veja só, as vezes não percebemos que temos tudo o que precisamos e ficamos cegos para as maravilhas do mundo ao nosso redor. Um exemplo: você pode não perceber, mas é uma pessoa de muita sorte se ainda possui seu pai e sua mãe ainda vivos.

Poxa Fernando isso e um exemplo muito genérico.

Vamos pensar então de uma forma mais simplista ainda, se você tem um emprego já está melhor que muita gente nesse país. Você tem o corpo inteiro funcionando sem nenhuma doença grave? Ótimo, ai está uma ótima coisa para agradecer.

Sabe de uma coisa caro leitor, de pensar que assim como o Shrek eu possa perder coisas valiosas da minha vida e me arrepender por não ter aproveitado bem enquanto ainda estavam ali.

De não ter dado aquele abraço nos meus pais, de dizer um “Eu te amo” para aquela pessoa, ou tirar do papel aquela ideia que teve, mas não tem a coragem de transformá-la em realidade.

Queremos tanto ser pessoas melhores, porque não começar com esses “pequenos atos de coragem” para minimizar o arrependimento futuro. Por isso eu te desafio a fazer aquela coisa que você sabe que deve fazer ou que não faz a muito tempo e precisa voltar.

Pegue o celular ou diga pessoalmente aos seus pais que é grato por tudo que eles fizeram por você, diga para uma pessoa especial que você aprecia a sua amizade. Seja ousado e conquiste o mundo.

Já dizia o ditado “Audentes Fortuna Iuvat” — “A sorte favorece os corajosos”

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