3D Touch — Parte 1/2

Uma nova forma de interagir com o iPhone

Fernanda G. Geraissate
3 min readMar 7, 2016
Tecnologia envolvida no 3D Touch. Créditos: Apple.com

Com o lançamento dos iPhones 6S e 6S Plus, o já conhecido Multi-Touch ganhou mais uma funcionalidade: o 3D Touch. Além dos gestos já conhecidos como toque, pinçar e etc, o aparelho também responde a diferentes níveis de pressão exercidos sobre sua tela.

Usuários do Apple Watch e Mackbook já estão familiarizados com sensores de pressão, chamados Force Touch. Porém qual seria a diferença? Basicamente eles atuam da mesma forma, entretanto o 3D Touch é mais sensível e responde de maneira mais rápida do que a tecnologia que o precede. Isto permite com que haja respostas diferentes do celular dependendo de quanta força é aplicada.

Respostas do iPhone ao utilizar o 3D Touch

Aplicativos nativos do iOS 9 já dão uma boa amostra do que é possível fazer com o 3D Touch. Um dos modos mais comentados é o chamado Peek e Pop: com um leve toque se tem uma prévia de um certo conteúdo, já com um pouco mais de pressão o conteúdo é aberto em uma nova tela. Sendo assim é possível ter uma prévia de um e-mail, de um mapa com a localização descrita em uma mensagem, de um website e até de fotos tiradas ao mesmo tempo em que a câmera está ligada. Durante o Peek, caso o usuário deslize o dedo, também é possível adicionar um menu com as ações mais utilizadas.

Já as chamadas Ações Rápidas são menus que funcionam como atalhos ao pressionar o ícone de algum aplicativo. A câmera do celular possui atalhos para selfie ou vídeo, já no Mapas é possível marcar a localização atual, e assim por diante.

Outros exemplos implementados pela Apple são o de transformar o teclado em um trackpad, sendo mais uma forma de posicionar com precisão o cursor ao longo do texto, e as Live Photos, onde basta pressioná-las para ver este tipo de foto ganhar vida.

Ao fazer uma busca rápida na Apple Store é possível ver que a maior parte dos aplicativos terceiros que implementaram o 3D Touch o utilizaram na forma de Ações Rápidas e Peek and Pop, como Facebook, Instagram e Citymapper. Alguns jogos começaram a se aventurar com o novo gesto, como é caso de AG-Drive, ao acelerar a nave, e Badland 2, garantindo mais estabilidade ao vôo dos personagens. Em relação aos aplicativos voltados a arte e música, existe o Magic Piano, controlando o som emitido pela teclas, e o Astropad Mini, onde é possível desenhar linhas com diferentes espessuras e tonalidades de acordo a pressão exercida.

Entre vários exemplos, dois aplicativos chamam a atenção pela criatividade. Um deles é o Gravity, no qual simula uma balança virtual (e que porém foi rejeitado pela Apple por motivos não muito claros) e o jogo Bandit’s Shark Showdown, um projeto liderado pelo neurocientista e neurologista John Krakauer, no qual envolve um estudo em que se quer ver se o 3D Touch pode ajudar na reabilitação de pacientes que sofreram de derrame cerebral e que perderem a destreza e força em suas mãos.

Aplicativo Gravity que simula uma balança digital

Ao pesquisar sobre o assunto novas idéias vão surgindo. Controlar o volume das músicas, o zoom da câmera, adiantar um vídeo, integração com IoT no qual é possível controlar o brilho de uma lâmpada são atalhos no qual o 3D Touch pode proporcionar.

Após esta apresentação, a segunda parte deste post irá mostrar como implementar o 3D Touch em suas diferentes formas. Até a próxima!

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