New Deal: o que é e o que você não vê

Fronteiras Livres
3 min readJul 16, 2020

Texto por: Roberta Dreon

O New Deal foi uma série de medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos entre 1933 e 1937, depois da quebra da bolsa em 1929. As medidas orientadas pelo então presidente Franklin D. Roosevelt visavam “movimentar a economia”.

Foram muitas obras feitas como pontes, estradas, aeroportos, hidrelétricas e portos. Empresas foram estatizadas e diversos empréstimos foram concedidos a fazendeiros. Os desempregados passaram então a serem empregados pelo estado.

Contudo, surgem questionamentos sobre quem paga por tais serviços, além de quais as suas consequências.

Tudo isso foi pago com a expansão da base monetária, além do pagamento de impostos. A impressão de dinheiro é uma péssima ação pois passa ao mercado a falsa sensação de que a situação está melhor, porém os últimos que recebem o dinheiro nessa cadeia são os mais prejudicados. Essa políticas desvalorizam a moeda frente a outras e instabilizam o comércio nacional a médio prazo.

Se algo é pago com dinheiro de impostos, como o salário de trabalhadores por exemplo, para depois cobrar o imposto deles, então nada mudou. É como dar dinheiro ao seu filho para que ele compre um presente para você.

Foi Roosevelt quem confiscou dos bancos o ouro da população para depois proibir a posse privada do metal como moeda. Fechou os bancos por alguns dias, proibiu transações e roubou. Seu objetivo era valorizar alguns produtos americanos frente a desvalorização do dólar em relação ao ouro, chegando até mesmo a alterar a taxa de conversão entre dólar e ouro artificialmente.

No entanto, essas medidas não só mantiveram, como pioraram a recessão. Foram criadas dificuldades para empreender, o que matou o livre mercado por alguns anos, como leis trabalhistas e impostos altos sob lucros não distribuídos. O desemprego continuou alto e o PIB diminuiu.

A crise só deixou de piorar com o final das políticas públicas que tentassem melhorar a economia. As restrições diminuíram e as obras públicas também.

Essa é a característica das medidas que o governo atual está tomando durante essa pandemia, tendo o intuito de melhorar a economia, e isso já ficou bem claro com a chegada do auxílio emergencial. Logo viveremos um novo New Deal, que já sabemos dar errado.

Dados já foram levantados, demonstrando que o consumo no mês de junho deste ano aumentou, especulando-se que fora por conta do auxílio governamental. Estamos vendo esse aumento, e isso é péssimo pois não poderíamos ver o que aconteceria se não fossem “doados” esses 600 reais, não vemos os impostos saindo dos nossos bolsos, não vemos a moeda desvalorizando-se em curto prazo. Seria preferível a diminuição dos impostos a doação desse valor.

Também podemos questionar por que aprendemos na escola que o New Deal salvou os Estados Unidos e o capitalismo, sendo que isso vai contra tudo aquilo que de fato são o capitalismo e o livre mercado. Não faz sentido pagar 20% do salário das pessoas, sendo que serão elas próprias que arcarão com esses custos através de impostos posteriormente.

Por que essas políticas continuam a ser tão aclamadas, mesmo com os próprios diplomatas americanos tendo declarado que essas medidas só mantiveram o país na grande depressão?

É responsabilidade de todos nós pararmos de propagar essas ilusões, que só servem para reeleger políticos e manter uma imagem agradável deles na história.

Fontes:

[1] A Grande Depressão — uma análise das causas e consequências:

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=376#:~:text=Foi%20o%20in%C3%ADcio%20de%20uma,and%20the%20Public%20Welfare%2C%20D

[2] Como Franklin Roosevelt piorou a Depressão Americana:

https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=130

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