Na imagem: Adriano Gianturco, em entrevista para a Gazeta do Povo em novembro de 2019.

Quem é Adriano Gianturco?

Fronteiras Livres

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Texto por: Pedro Pardini.

PhD em ciência política pela Universidade de Genova, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Torino e coordenador do curso de Relações Internacionais do IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) — MG, o italiano Adriano Gianturco é uma das maiores autoridades do país quando o assunto é ciência política.

Sua obra “A Ciência da Política” torna-se leitura obrigatória para todo brasileiro que deseja ter uma compreensão pragmática, realista e sem romance da política, em contraponto à visão pela qual o senso comum está acostumado. Abaixo, tem-se um trecho em que o autor expõe o porquê da “ignorância” estar institucionalizada no que permeia assuntos políticos.

As pessoas tendem a ser ignorantes em política, mas isso é normal e racional. O custo de se informar é muito alto, (…) o benefício que se tem em estar informado e “votar bem” é ínfimo comparado aos altíssimos custos. Logo, ser e ficar ignorante é racional.

- Adriano Gianturco (2018, p. 347). [1]

No vídeo do Youtube: Adriano Gianturco no canal “Brasil Paralelo”, explicando os conceitos “esquerda e direita”.

Em um ambiente político tão polarizado e guiado por paixões, pessoas como esse cientista político propõem que vejamos a política como ela é, e não apenas como deveria ser. Esta é a diferença entre ciência política (primeiro caso) e filosofia política (segundo caso).

Exemplificando essas diferenciações, através da comparação entre política e medicina, a ciência política seria o estudo da anatomia, bioquímica e outras disciplinas necessárias para entender o funcionamento do ser humano, enquanto que o foco da filosofia política seria propor remédios para problemas que surgem no organismo das pessoas.

Portanto, colocar a filosofia política na frente da ciência política, seria como propor um remédio para uma doença desconhecida. Logo, não é possível prescrever o medicamento correto sem o diagnóstico apropriado.

Certamente o Brasil tem muitos problemas, e para cada um deles, aparecem dezenas de soluções mágicas, pelas quais tem o potencial de mais agravar o problema, do que efetivamente solucioná-lo. Nesse sentindo, maior conhecimento da ciência política afastaria do poder agentes que não entendem o modus operandi da sociedade, mas vivem de atrapalhá-lo. Ou, como Gianturco nos traz: fazem exatamente dessa ignorância, sua atuação política, porque se a maioria do eleitorado é justamente ignorante “politicamente”, a insipiência soa como música nesse palco de apedeutismo político e desobediência científica.

Mais ciência, menos achismo!

No post do Twitter: Adriano Gianturco explicando a importância de ler seu livro “A Ciência da Política”

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REFERÊNCIAS

[1] GIANTURCO, Adriano. A Ciência da Política — uma introdução. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 540 p. Acesse esse livro em nossa Biblioteca, clicando nesse link.

Esse artigo foi produzido pela Equipe de Redação do grupo Fronteiras Livres

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