A oposição natureza e cultura em Lévi-Strauss: organização social e mitologia
As contribuições do belga Claude Lévi-Strauss (1908–2009) não se limitam à etnologia, mas estão presentes também na filosofia, sociologia e nas ciências humanas e sociais em geral [1]. A façanha de Lévi-Strauss de responder a indagações filosóficas através de uma constante ambição e investigação científica demonstra, sobretudo, a pluralidade de influências em sua formação intelectual, como apontado pelo filósofo Merleau-Ponty que reconstrói a ponte entre ele e o sociólogo francês Marcel Mauss, sobrinho de Émile Durkheim (MERLEAU-PONTY, 1984), ou como seu contato à linguística estrutural de Roman Jakobson (LÉVI-STRAUSS, 2017a). O próprio programa estruturalista se vê desenhado no “Prefácio à obra de Marcel Mauss” escrito por Lévi-Strauss e publicado na coletânea póstuma de Marcel Mauss, Sociologia e Antropologia (2017) em 1950 (DOSSE, 2018, p. 65).
Uma das questões filosóficas que perpassa todo o pensamento de Lévi-Strauss, das suas discussões de organização social presentes ainda em sua tese de doutorado, As estruturas elementares do parentesco, até no campo da cosmologia nas Mitológicas, é a transição — ou dualidade — natureza e cultura. Essa problemática, como se verá, é fundante da antropologia (LÉVI-STRAUSS, 1975, p. 103). Deseja-se, dessa maneira, reconstruir a argumentação de Lévi-Strauss sobre ela que, de antemão, não é vista por ele como um problema histórico mas lógico em ambos os campos anteriormente mencionados (Idem, 1982, pp. 60–61).
Em As estruturas elementares do parentesco (1982), Lévi-Strauss revolucionou as ciências humanas ao sistematizar e superar parte da antropologia produzida em sua época. O historiador francês François Dosse menciona em História do Estruturalismo (2018) que a publicação da tese em livro “é um dos mais importantes acontecimentos da história intelectual do pós-guerra e a pedra angular nas fundações do programa estruturalista” (Ibid., p. 55). Esse estudo que investiga o sistema de parentesco — e, portanto, que abrange a formação e manutenção da organização social — , insere o método estrutural já aplicado na linguística à antropologia. Assim, antes de discorrer sobre sua tese de doutorado em si, é necessário esclarecer a influência dos linguistas estruturalistas, como Roman Jakobson, para a produção de sua obra.
Em seu artigo “A análise estrutural em linguística e antropologia” (2017a) — publicado originalmente em 1945 e, assim, antes de sua tese — , Lévi-Strauss é categórico ao afirmar que a “fonologia desempenha, em relação às ciências sociais, o papel renovador que a física nuclear, por exemplo, desempenhou para com o conjunto das ciências exatas” (Ibid., p. 43). Esse “papel renovador” não se restringe ao estudos de organização social, mas como será visto também, em mitologia. Neste artigo mencionado, Lévi-Strauss resolve lacunas da teoria de Alfred Radcliffe-Brown como do avunculado irmão da mãe e o filho dela (além de outras oposições) ao perceber que consiste numa estrutura elementar de sistema de parentesco para que haja troca. O método estrutural de Jakobson encara que os elementos linguísticos estão em constante relação, formando-se um sistema através de unidades desprovidas de significação própria e que só produzem sentido quando são combinados, o que Lévi-Strauss aplica aos elementos de parentesco (LÉVI-STRAUSS, 1977, p. 15). Tanto no artigo anteriormente citado quanto no “Prefácio” de Lévi-Strauss à obra Seis lições sobre o som e o sentido (1977) de Jakobson, ele traça paralelos com a proibição do incesto:
Num outro plano, à articulação do som e do sentido, correspondia assim, a articulação natureza e da cultura. […] a proibição do incesto, universalmente presente se ficarmos pela sua expressão negativa, constitui também uma forma vazia, mas indispensável para que se torne ao mesmo tempo possível e necessária a articulação dos grupos biológicos numa rede de trocas de onde resulta a sua possibilidade de comunicação. Finalmente, a significação das regras de aliança, indefinível quando as estudamos separadamente, só pode surgir se as opusermos umas às outras, da mesma forma que a realidade do fonema não reside na sua individualidade fônica, mas nas relações opositivas e negativas que oferecem os fonemas entre si. (Ibid., pp. 11–12)
Dessa maneira, em As estruturas elementares do parentesco ocorre uma revolução na forma de conceber o fenômeno da proibição do incesto e, consequentemente, de conceber a dualidade e transição da natureza para a cultura. Em primeiro lugar, é preciso destacar como natureza e cultura passam a ser percebidas dentro dessa sua obra. E, feito isso, como estão intimamente conectadas ao papel que a proibição do incesto ocupa dentro de sociedades. A discussão, que permeia toda obra, encontra-se sobretudo nos dois capítulos da introdução — a saber, “Natureza e cultura” e “O problema do incesto” — somado ao terceiro, na primeira parte, “O universo das regras”.
Assim, Lévi-Strauss adere a uma concepção de natureza como domínio do universal, daquilo que nos é dado, isto é, presente na nossa concepção como ser humano, enquanto cultura é visto como aquilo que é particular e construído através das inúmeras ações humanas e, por isso, variável entre indivíduos e grupos humanos diferentes. Com isso, Lévi-Strauss afasta a concepção de cultura dos seres humanos com os demais animais, ao inserir comportamentos e convenções variáveis, e vê na proibição do incesto uma das chaves para a compreensão da transição lógica entre natureza e cultura.
Estabeleçamos, pois, que tudo quanto é universal no homem depende da ordem da natureza e se caracteriza pela espontaneidade, e que tudo quanto está ligado a uma norma pertence à cultura e apresenta os atributos do relativo e do particular. Encontramo-nos assim em face de um fato, ou antes de um conjunto de fatos, que não está longe, à luz das definições precedentes, de aparecer como um escândalo, a saber, este conjunto complexo de crenças, costumes, estipulações e instituições que designamos sumariamente pelo nome de proibição do incesto. (LÉVI-STRAUSS, 1982, p. 47)
Afinal, a proibição do incesto se encontra numa linha tênue entre a lei universal (natural) e a norma particular (cultural). Em outros termos, se encontra em todas as sociedades humanas, mas aquilo que é considerado incestuoso varia dentro dessa lei. Deixa-se de encará-la como um fato negativo, de mero tabu antes relacionado na antropologia aos fatores biológicos, para encará-la como fenômeno fundante e, assim, positivo das sociedades humanas por possibilitar, logicamente, a troca entre grupos humanos — de forma já então observada pelo Ensaio sobre a dádiva de Marcel Mauss, com o princípio de reciprocidade (LÉVI-STRAUSS, 1982, p. 70). A análise estrutural se mostra presente com o fato de Lévi-Strauss fundamentar uma teoria da aliança em que os elementos de parentesco podem assumir uma variabilidade e uma constância, uma operação que já se mostrou pertinente em Mauss — mas não explorada por ele — e que os linguistas estruturalistas produzem, em que há uma mudança da ordem qualitativa para uma ordem quantitativa dos fenômenos sociais (LÉVI-STRAUSS, 2017, pp. 30–31), encarando-os como sistemas baseados na relação de unidades elementares, semelhantes aos fonemas.
Ao responder a teoria da consanguinidade, presente em antropólogos como Radcliffe-Brown, a teoria da aliança determina uma descrição do social a partir dele mesmo. Não estão mais aqui elencados fatores biológicos que determinam as trocas, mas sim as condicionam; os fatores culturais aparecem como esses determinantes (LÉVI-STRAUSS, 1982, p. 62). A proibição do incesto, em síntese, compreende a passagem lógica entre a natureza e o cultural, como sua lei primeira e como vínculo das duas ordens (Ibid., pp. 62–63).
Tanto a própria discussão sobre organização social e parentesco quanto a respeito da dualidade natureza e cultura estão presentes também no campo da mitologia em Lévi-Strauss. Dessa maneira, encontra-se sobretudo nos mitos estudados e citados em As Mitológicas esses temas pertinentes — como em O cru e o cozido (2004) e O homem nu (2011), quanto na “pequena Mitológica” História de Lince (1993) –, mas ainda que presentes, são sutis. Na “Abertura” presente em O cru e o cozido, Lévi-Strauss afirma que as Mitológicas constituem o início de uma segunda etapa, porém ainda de acordo com aquele programa teórico e metodológico discutido em As estruturas elementares do parentesco (LÉVI-STRAUSS, 2004, p. 28). Ainda na “Abertura”, Lévi-Strauss faz uma breve menção explícita à oposição natureza e cultura na sexta nota de rodapé ao tratar de música (cânticos, ruídos), demonstrando que ainda que seja um assunto fundamental, as linhas de demarcação se tornaram mais tênues.
Os sons musicais continuam, portanto, do lado da cultura. É a linha de demarcação entre a natureza e a cultura que já não segue tão exatamente quanto se acreditou no passado o traçado de nenhuma das linhas que servem para distinguir a humanidade da animalidade. (Ibid., pp. 38–39)
No decorrer da “Abertura”, Lévi-Strauss traça paralelos entre a música e os mitos pelo fato de o pensamento organizar, sistematizar, categorizar e antagonizar (no âmbito cultural) os fenômenos, sensíveis, presentes no âmbito da natureza — como se verá posteriormente no mito, da mesma maneira, em linhas gerais, que a “música concreta”, através de seus códigos e instrumentos, “organiza os ruídos” da natureza (Ibid., p. 42).
Contudo, cabe destacar de antemão, a problemática que Eduardo Viveiros de Castro aborda em sua entrevista sobre Lévi-Strauss e As Mitológicas (BELAUNDE; LAGROU & VIVEIROS DE CASTRO, 2011, pp. 14–15) em que a própria oposição em si de natureza e cultura torna-se um elemento similar, senão equivalente, ao da proibição do incesto ao ser uma lei universal, mas também uma norma cultural. Em outros termos, todas as sociedades humanas opõem natureza e cultura, mas a maneira pela qual isso ocorre varia entre elas. Dessa forma, vale mencionar como essa oposição natureza e cultura torna-se o problema nuclear das ciências do homem, o “mito fundador da antropologia” (Ibid., p. 15), e que Lévi-Strauss atribui a Jean-Jacques Rousseau como responsável pelo primeiro tratado de antropologia geral em Discursos sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens devido à discussão realizada sobre a passagem do estado de natureza para o de cultura salientando uma tripla passagem, da animalidade em direção à humanidade, da afetividade ao intelecto e a própria transformação natureza para cultura (LÉVI-STRAUSS, 1975, pp. 103–105).
Assim, como aponta Viveiros de Castro, Lévi-Strauss está interessado em sistematizar os mitos indígenas que teorizam acerca da “natureza e a condição humanas, como os homens são o que são, por que os homens são o que são” (op. cit., p. 15), produzindo uma antropologia indígena preocupada com o modo que esses mitos tratam “da cultura, a origem dos homens” (op. cit., p. 15). Para isso, antes de se averiguar a passagem da natureza à cultura nas obras anteriormente citadas que compõem As Mitológicas, torna-se preciso discutir sobre o que são os mitos em Lévi-Strauss.
Em seu artigo “A estrutura dos mitos” (originalmente publicado em 1955), presente em Antropologia estrutural (2017), Lévi-Strauss apresenta uma via estruturalista de leitura dos mitos, refutando noções anteriores ou que ainda impregnam o campo da mitologia sobre o que consistem os mitos. Ele não apenas oferece uma nova conceituação, mas também novas ferramentas metodológicas e teóricas de operacionalizá-los. Apresenta-se, portanto, os elementos que, quando combinados, compõem os mitos. Um mito não é uma explicação naturalista, tampouco é um reflexão sobre a estrutura social. Não são também irracionais e desconexas, mas sim compreendem regularidades e constâncias que se apresentam em mitos nas mais diversas e variáveis sociedades humanas por toda Terra (LÉVI-STRAUSS, 2017b, pp. 206–207). A partir de suas constatações, Lévi-Strauss conclui em seu artigo que “o pensamento mítico provém da tomada de consciência de determinadas oposições e tende à sua mediação progressiva” (Ibidem, pp. 224–225), cujo “objetivo… é, de fato, fornecer um modelo lógico para resolver uma contradição, tarefa irrealizável quando a contradição é real” (Ibidem, p. 230). Desses postulados — e com base no que foi anteriormente mencionado por Viveiros de Castro –, torna-se viável conceber a transição entre natureza e cultura como um mito, uma oposição que é trabalhada pelos diversos povos humanos, sobretudo os povos ameríndios discutidos nas Mitológicas. A problemática se torna agora de que forma os povos ameríndios retratam essa oposição natureza e cultura, que se mostrou universal, mas que cada um deles conservam suas particularidades.
Viveiros de Castro menciona em sua entrevista que as Mitológicas seguem uma macroestrutura na qual o primeiro livro, O cru e o cozido, apresenta, em linhas gerais, a origem do fogo de cozinha, ou seja, a conquista da cultura, enquanto que nas demais obras, como História de Lince — por tratar do mito de origem do homem branco, por exemplo — trata da seu fim (BELAUNDE; LAGROU & VIVEIROS DE CASTRO, 2011, p. 11). E complementa que
Há um outro movimento dentro das Mitológicas que é ainda mais importante. Embora Lévi-Strauss diga que o que ele faz é um estudo das representações míticas ameríndias da passagem da natureza à cultura, a série completa mostra como essa passagem é uma passagem de mão dupla, ambígua, tem voltas e tem regressões, é marcada por uma nostalgia do contínuo, uma nostalgia da volta à natureza. (Ibid., p. 11)
Portanto, a linha rígida demarcada em As estruturas elementares do parentesco aparece cada vez mais flexível, tênue, do que antes. Em O homem nu, especialmente em “O mito único”, Lévi-Strauss retorna aos mitos presentes neste e nos volumes anteriores e concebe conexões que conseguem esclarecer variações e constâncias dentro desses mitos que abrangem povos distribuídos em toda América, dos Bororo aos Coos. Ao relacionar o mito do desaninhador de pássaro e suas variações em muitas culturas, Lévi-Strauss vê a conquista do fogo, através de código culinário (obtenção do fogo de cozinha) e astronômico (solar, em relação ao cozimento) ainda em O cru e o cozido (LÉVI-STRAUSS, 2011, p. 548, 565). No decorrer do capítulo de “O mito único”, as funções e mediações tornam-se mais claras, sobretudo à questão da natureza e cultura, como a presença dos animais domésticos que também se tornam vínculos dessa oposição (Ibid., p. 559). Por fim, em “Finale”, ainda em O homem nu, ele discute a questão do ritual — com Victor Turner e concebe que ele é uma maneira dos praticantes suspenderem seu mundo ‘cultural’ e voltarem “ao estado de natureza” (Ibid., p. 655) — esse ponto retorna em História de Lince na qual é dito que “o ritual tem por origem e condição um retorno do homem à natureza” (Idem, 1993, p. 82).
Com base nessa exposição, pôde-se apresentar como a transição, ou melhor, oposição de natureza e cultura se encontra nas obras de Lévi-Strauss, sobretudo nas suas contribuições em dois grandes campos de investigação, de parentesco, embutido no estudo de organização social, e na mitologia — áreas que, no decorrer de suas produções, se mostraram em estreita colaboração. A proposição mencionada por Eduardo Viveiros de Castro, na entrevista já aqui citada, torna-se observável: essa transição, que antes é explicada pela proibição do incesto dentro dos estudos de parentesco, vai se tornando, ela própria, em um fenômeno cultural, que adquire uma mitologia própria — variável de cultura para cultura, mas universal nas sociedades humanas. A “oposição natureza/cultura não é como a proibição do incesto; ela é a proibição do incesto. Então ela não é nem natural nem cultural. A oposição natureza/cultura é o que faz a passagem da natureza à cultura” (BELAUNDE; LAGROU & VIVEIROS DE CASTRO, 2011, pp. 14–15). Dessa maneira, ainda que a discussão não se esgote neste ensaio, pôde-se discorrer sobre as contribuições que o antropólogo belga deixou para o campo das ciências humanas e sociais em relação à oposição, até então filosófica e lógica, de natureza e cultura — afinal, ele, que tanto se inspirou nos modelos de partituras musicais (DOSSE, 2017, p. 45), deixou para as ciências do homem uma enorme e preciosa ópera.
NOTAS
[1] O ensaio a seguir foi solicitado para o curso de Antropologia III: Estruturalismo. Publico com o intuito de divulgar um pouco a discussão que aconteceu no decorrer do semestre, dificultada pela pandemia de COVID-19. E claro, são bem-vindos quaisquer comentários, crítica ou apontamento.
REFERÊNCIAS
BELAUNDE, Luisa Elvira; LAGROU, Els & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Do mito grego ao mito ameríndio: uma entrevista sobre Lévi-Strauss com Eduardo Viveiros de Castro”. Sociologia e antropologia, vol. 01/02, 2011, pp. 9–33;
DOSSE, François. História do Estruturalismo, vol. I: O campo do signo, 1945–1966. Trad. Álvaro Cabral & Márcia Mansor D’Alessio. São Paulo: Editora Unesp, 2018 [1992], 1248p.;
LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Trad. Mariano Ferreira. Petrópolis, Editora Vozes, 1982 [1949], 540p.;
_____________________. “Análise estrutural em linguística e em antropologia”. IN: Antropologia estrutural. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Editora Ubu, 2017 [1958], pp. 41–62;
_____________________. “A estrutura dos mitos”. IN: Antropologia estrutural. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Editora Ubu, 2017 [1958], pp. 205–231;
_____________________. Totemismo Hoje. Trad. Malcolm Bruce Corrie. Petrópolis, Editora Vozes, 1975 [1962], 111p.;
_____________________. “Prefácio”. IN: JAKOBSON, Roman. Seis lições sobre o som e o sentido. Trad. Luís Miguel Cintra. Lisboa: Moraes Editores, 1977 [1976], pp. 7–17;
_____________________. “Introdução à obra de Marcel Mauss”. IN: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Editora Ubu, 2017 [1950], pp. 9–46;
_____________________. “Abertura”. IN: Mitológicas I– O cru ao cozido. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naïfy, 2004 [1964], pp. 19–52;
_____________________. “O mito único” e “Finale”. IN: Mitológicas IV — O homem nu. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Cosac Naïfy, 2011 [1971], pp. 541–601; 603–669;
_____________________. História de Lince. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 1993 [1991], 260 p.;
MERLEAU-PONTY, Maurice. “De Mauss a Claude Lévi-Strauss”. IN: Merleau-Ponty, São Paulo: Abril Cultural, Col. Os Pensadores, 1984, pp. 193–206;