Margaret Sanger e o caráter racista e eugenista do feminismo.
É de máxima importância compreender o que é proposto pelas teóricas e ideólogas (hoje, sendo a maioria composta por mulheres) do feminismo; por mais que possam parecer contraditórias entre si.
De qualquer modo, não é necessário muito esforço para perceber – de Paglia, passando por Vilár, Beauvoir, Hooks, Walby até Butler – que todos os seus argumentos não passam de fraudes, anacronismos e erros; sejam filosóficos, históricos ou biológicos. São edifícios insustentáveis, baseiam-se em sofismas. No entanto, as teóricas são conscientes do que fazem; não coincidentemente, o inimigo em comum de todas elas é a realidade, fogem da verdade como o diabo foge da Cruz.
No feminismo, assim como em todas as ideologias – do marxismo ao liberalismo e em todas as suas respectivas variações – existem aqueles que enganam e aqueles que são enganados. É por isso que devemos expor o que verdadeiramente é o feminismo, indo além dos jargões, dos posts do Twitter, do Instagram e afins, dos gritos de guerra e dos termos vazios da néscia militância.
É necessariamente através dos escritos de Marx que conhecemos o pensamento marxiano e é através de autoras como Margaret Sanger que compreendemos o que é, verdadeiramente, o feminismo; a herança racista e o trabalho disseminado por ela é um retrato do feminismo de Segunda Onda e, por conseguinte, de todo o movimento !
Dentre várias outras deploráveis características do feminismo pós e concomitante à Revolução Sexual de 1960–70, a feminista americana, também sexóloga e enfermeira, se destaca pelo seu ativismo em favor do “controle de natalidade”; cunhando o termo e sendo uma das primeiras mulheres a defender e propagar a ideia. Sanger não escondia seus objetivos e intenções. Eugenista autodeclarada (integrante da Sociedade Eugenista Americana), a escritora defendia – como qualquer outro eugenista – o controle de nascimentos como principal meio de “conduzir, finalmente, para a raça mais limpa”.
Você perceberá que o apelido “feminazi” não é tão desarrazoado. Pelo contrário, é bem preciso. Não se trata de uma reductio ad hitlerum e nem cabe na lei de Godwin, se trata de uma constatação fundamentada por fatos.
Para elucidar:
“A Eugenia é sugerida pelas mais diversas mentes como o caminho mais adequado e definitivo para a solução de problemas raciais, políticos e sociais”. – Margaret Sanger em O Valor Eugênico da Propaganda do Controle de Natalidade (1921).
“Eles são (…) as ervas daninhas da humanidade”, “reprodutores irresponsáveis”, “geram (…) seres humanos que jamais deveriam ter vindo ao mundo”. – No livro Pivot of Civilization, referindo-se aos pobres e aos imigrantes.
Não é à toa que, Heinrich Himmler, o idealizador dos campos de concentração a.k.a. “pior homem de Hitler”, que durante o período de controle nazista sobre o território russo, requisitou um documento para tratar da política demográfica a ser implantada contra os russos, escrevendo:
“Se deve inoculcar à população russa para todos os meios de propaganda, em particular pela imprensa, o rádio, o cinema, os panfletos e conferências, que um grande número de filhos não representa senão uma carga pesada. Há que insistir nos gastos que os filhos ocasionam, nas boas coisas que se poderia ter com o dinheiro que se gasta com eles. Poder-se-ia mesmo aludir aos perigos que podem representar os partos para a saúde da mulher. Ao mesmo tempo, deve-se estabelecer uma propaganda ampla e poderosa em favor dos produtos anticoncepcionais . Deve-se criar uma indústria apropriada […] a lei não castiga o aborto. Haverá que facilitar a criação de instituições especiais para o aborto […] os médicos devem recomendar igualmente a esterilização voluntária.”
Em sua autobiografia, Sanger explica como também possuía estritas relações com o grupo supremacista Ku Klux Klan: “Eu aceitei um convite para conversar com o ramo das mulheres do Ku Klux Klan… Eu vi pela porta figuras sombrias desfilando com bandeiras iluminadas… Eu fui escoltada para a plataforma, e começaram a falar… No final, através de ilustrações simples eu acreditava que tinha conseguido o meu propósito. Uma dúzia de convites para falar com grupos semelhantes foram proferidas” [2]. Em 1926 ela fez sua primeira palestra para o grupo em Silver Lake, Nova Jersey.
Margaret foi a idealizadora e dona da primeira clínica de controle de natalidade em um bairro americano, que pela ilegalidade do seu funcionamento foi barrada e fechada pelas autoridades. Entretanto, depois da legitimação do aborto aborto nos EUA, Margaret consegue reabrir a sua clínica e a Margaret Sanger Research Bureau se torna o maior centro de controle da natalidade do mundo, que viria a ser a famigerada Planned Parenthood, uma das maiores organizações abortistas do mundo.
Com o sucesso da sua empresa, Margaret estreita laços com as mais diferentes e excêntricas personalidades possíveis, se afundando também em todo tipo de absurdo ideológico. E é através do periódico mensal feminista The Woman Rebel que começa a incutir nas mulheres, através de eufemismos, os seus interesses eugenistas. Leia mais sobre Margaret Sanger aqui.
Nos seus escritos propriamente eugenistas, como Woman and the New Race, a feminista defendia que negros e pobres deveriam procriar menos e que “certos tipos de etnias e certos tipos de pessoas eram prejudiciais à força da raça humana e ao futuro do mundo”. A feminista chegou a fundar em 1939 o Negro Project para realizar serviços contrários ao nascimentos de negros nos estados do sul. Leia mais sobre o Negro Project aqui:
Enganar as pessoas fazia – e faz – parte da estratégia:
“Devemos contratar três ou quatro ministros de cor, de preferência com histórico de serviço social, e com personalidades cativantes. A abordagem educacional mais bem-sucedida para o negro é através do apelo religioso. Nós não queremos que vaze o discurso que intentamos exterminar a população negra (através do controle de natalidade!). E um ministro é o homem que pode corrigir essa ideia caso ela ocorra a qualquer um de seus membro mais rebeldes”. – Margaret Sanger em Mulher, Moralidade e Conteole de Natalidade (1922), pág. 12.
Um livro que resume bem o movimento feminista e tem um capítulo especificamente dedicado ao tema é o Feminismo: Perversão e Subversão da Ana Caroline Campgnolo . Compre aqui
Há uma estratégia de implantação do aborto desde essa época até hoje. A engenharia social é bem-sucedida dos Estados Unidos até a Zâmbia. E lá estava, no pais africano, o financiamento de ONGs pela Planned Parenthood!
Após a Segunda Guerra Mundial, as políticas internacionais de controle populacional através do controle de natalidade se intensificaram em países do chamado Terceiro Mundo, como o Brasil. Na Europa, no entanto, o contrário acontecia: as políticas de incentivo à natalidade se intensificaram após as guerras mundiais. Para servir de exemplo: enquanto a França e a Espanha liberaram as pílulas anticoncepcionais em 1967 e 1978, respectivamente, no Brasil, o anticoncepcional já era comercializado no início da década de 1960. Fruto do acaso?
Nos EUA, mais de 60 mil pessoas foram esterilizadas contra sua vontade. E a maioria delas, quando Sanger e os movimentos de controle de natalidade e populacional empurraram goela abaixo através de influências governamentais escusas. Dentre as vítimas estavam cegos, surdos, epilépticos, deficientes mentais e pessoas com QIs baixos diagnosticadas como “débeis mentais”; e é claro, tendo como objetivo principal, a população negra e pobre do sul do país.
A herança racista e eugenista de Margaret Sanger continua sendo vista (e bem vista) na Planed Parenthood e em várias outras redes abortistas.
• Cerca de 80% das suas clínicas abortistas se encontram em bairros negros e hispânicos;
• Nos EUA hoje mais negros morrem de aborto do que a soma de AIDS, acidentes de carro, crimes, câncer e doenças cardíacas;
• Um bebê negro americano tem 3,75 vezes mais chance de ser abortado que um bebê branco;
• A cada 3 bebês negros nos dos EUA, 2 serão abortados.”
Será que serão tão imorais ao ponto de chamar isso de coincidência? Não será surpresa…
Um exemplo prático e atual de como funcionam os centros de aborto e como ainda adotam essas convicções se encontra na ligação feita pelo movimento pró-vida estadunidense Live Action para a Planned Parenthood com a falsa proposta de fazer uma “doação” para financiar e promover abortos de “grupos minoritários”, especificamente da “comunidade negra” para “bebês negros”. Quem liga justifica dizendo que “quanto menos crianças negras, melhor”. Vejam como essas propostas são aceitas entre eufemismos e risadas.
Essa é a monstruosa organização defendida em massa por Hollywood e por diversas outras organizações progressistas e defensoras dos “direitos humanos”.
No entanto, ativistas – verdadeiras defensoras das mulheres – têm se levantado contra o genocídio silencioso contra a comunidade negra:
Aqui.
O rapper e ator Nick Cannon também denuncia o caso dizendo “ O aborto é um autêntico genocídio contra a comunidade negra”. Leia aqui
Diversos outros ativistas também têm protestado contra essa realidade, que, como diz uma das frases de suas campanhas: “Faz do útero o lugar mais perigoso para o um negro”. Leia aqui e aqui
As influências eugenistas, além de estarem no feminismo e nos subversivistas, manifestaram-se num caso digno de aprovação eugenista; Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, apoiou a facilitação do aborto tendo como justificativa o suposto fato de que a favela é uma fábrica de marginais. Link da matéria aqui.
Muito se é divulgado que a defesa do aborto é necessária por ser, supostamente, uma questão de “saúde pública”, mesmo estando longe de ser a principal causa de morte materna. O ex- abortista, Dr. Bernard Nathanson, responsável por mais de 75 mil abortos e Co-fundador da NARAL Pro-Choice America, organização americana dedicada a expandir o controle de natalidade, incluindo o aborto, admite que ele e outros líderes da indústria inventaram valores para alegar que “milhares de mulheres estão morrendo anualmente de abortos inseguros”.
The Silent of Screaming, de Nathason, passou a ser usado para propagar a mensagem em defesa da vida.
Assista aqui!
“Nós afirmamos que entre cinco e dez mil mulheres morriam por ano por causa de aborto mal-feito”, disse ele. “O número verdadeiro estava mais próximo de duzentas a trezentas mulheres; nós também afirmamos que eram feitos um milhão de abortos ilegais por ano nos Estados Unidos e o número verdadeiro era próximo dos duzentos mil. Assim, somos culpados de uma fraude maciça.
No Brasil não é diferente; enquanto as feministas esbravejam dados falaciosos sobre a quantidade de mulheres mortas por “abortos ilegais”, o SUS evidencia a mentira: em 2016, por exemplo, foram registrados apenas 44 mortes por esse motivo.
Link aqui
A farmacêutica e bioquímica Renata Gusson Martins e a enfermeira especialista em Saúde Pública, Isabela Mantovani falam sobre os dados manipulados e sobre a situação abortiva das mães brasileiras e da Saúde Pública no Brasil. Para os mais interessados, recomendo ambas as palestrantes, mas deixarei aqui uma delas. De maneira conclusiva, apresentam os dados sobre o aborto. Entretanto, o grupo continuará a defender o aborto por esse motivo, depois dos fatos por elas aduzidos, trata-se de uma questão moral.
O feminismo é dividido em “vertentes”:
Uma das principais dentro do movimento propriamente dito é o Feminismo Negro. Surgiu justamente com a Segunda Onda na década de 60, um produto do feminismo racista de Primeira Onda; que lutava apenas pelos direitos civis de mulheres brancas e ricas.
Vide esse artigo, no tópico 3, O Voto: (Link)
Enquanto as mulheres brancas lutavam pela sua tão sonhada e animalesca libertinagem sexual, surgia nos Estados Unidos o Movimento pelos Direitos Civis, organizado por comunidades negras em busca da integralidade e igualdade jurídica entre negros, latinos e brancos.[1]
“A questão principal dessa convenção era a iminente extensão do direito de voto aos homens negros – e se as pessoas que defendiam os direitos das mulheres estavam dispostas a apoiar o sufrágio negro mesmo se as mulheres não obtivessem tal direito ao mesmo tempo. Elizabeth Cady Stanton e outras mulheres acreditavam que, como a emancipação havia, a seus olhos, “igualado” a população negra às mulheres brancas, o voto tornaria os homens negros superiores a elas. Por isso, se opunham ferrenhamente ao sufrágio negro. Ainda assim, havia quem entendesse que a abolição da escravatura não extinguira a opressão econômica sobre a população negra, que, portanto, necessitava particular e urgentemente de poder político.” DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. pg. 90.
“Uma mulher branca luta para ter os direitos dos homens, e uma mulher negra luta para ter os direitos das mulheres brancas”.
O Feminismo Negro acredita que o recorte racial dentro do movimento acaba por afetar a mulher negra mais do que o próprio “sexismo”. “Um dos objetivos principais do Feminismo Negro trata-se da reformulação das estruturas sociais, através da abolição de opressões impostas às mulheres negras, que por sua vez, ocupam a base das pirâmides sociais no sistema racista-patriarcal.” [2]
Uma coisa é certa: o diagnóstico do sistema racial é acertado.
As mortes dos negros pela Planned Parenthood somam 266 por dia, 30% dos 322.999 abortos que geram mais de 200 milhões de dólares por ano para a rede de abortos. Muito escutamos falar sobre o pobre negro sendo assasinado nas comunidades… O que nos faz levantar um questionamento sobre o silêncio do BlackFem (vertente negra do feminismo) sobre o aborto; já que a Planned Parenthood mata mais negros em um dia do que a polícia em um ano! Liderando o número de mortes de negros. Link
Existem várias, complexas e factuais dimensões sobre a questão da promoção do assassinato intra-uterino, o aborto. Na filosofia, sobre a dignidade ontológica de um nascituro, até sobre as reais intenções dos que promovem o aborto, como já vislumbra G. K. Chesterton em Eugenia e Outras Desgraças: a destruição da família e, por conseguinte, da Igreja Católica. Sanger – assim como inúmeras outras feministas – traz a decadência moral da Revolução Sexual para proposições pessoais, sendo uma cobaia daquilo que defende e um modelo a não ser seguido por todos aqueles que procuram conhecê-la. Sexualmente promíscua e envolvida com práticas ocultistas, uma biógrafa, a ela simpática, disse que ela se tornava “furiosamente anticristã à medida que envelhecia”. “O pior cego”, diz o sábio adágio popular, “é aquele que não quer ver”.
Compre aqui O Que Há de Errado Com o Mundo de G. K. Chersterton.
“Sanger era uma mulher rebelde, formada junto a socialistas revolucionários como Eugène Debs, Emma Goldman (agitadora feminista), Francisco Ferrer etc., cuja “teologia” se fundava nos escritos de Ellen Key, feminista sueca, sobre Nietzsche, com sua moralidade subjetiva (ética situacionista, diríamos hoje), e sobre a eugenia. Para ela, “o leito matrimonial é a influência mais deletérea da ordem social”, a maternidade é uma escravidão, e a sexualidade fora do matrimônio, algo imprescindível. Destruiu seu primeiro matrimônio em seu primeiro adultério com o sexólogo Havelock Ellis. Teve como amigos, amantes ou camaradas, toda classe de socialistas, todos eles eugenistas: Havelock Ellis, discípulo de Galton, os leninistas H.G. Wells, George Bernard Shaw, Julius Hammer, os nacional-socialistas (nazistas) Ernst Rüdin, Léon Whitney, Harry Laughlin, etc. “(Thierry Lefèvre, A Herança Racista e Eugenista do Planejamento Familiar, http://www.trdd.org/EUGBR_2P.HTM#A02_1)
Percebam que o aborto gira em torno de dois macro-interesses, além da promiscuidade (pode-se falar extensivamente sobre isso): a eugenia e o dinheiro; como bem expõe a palestra divulgada pelo Instituto Borborema intitulada A Indústria do Aborto: Crime, Corrupção e Dinheiro Sujo no link.
Dentre outras diversas fontes que mostram quem são os reais interessados na indústria abortiva, citarei duas:(1) (2)
Se te dizem e você acredita que o aborto deve ser defendido porque é uma questão de escolha pessoal, você foi enganada(o) mais uma vez. Para Sanger, não se tratava de um “direito de escolha”, mas de um meio que tinha como fim o controle geopolítico e econômico sobre populações vulneráveis e “inadequadas”.
“O controle de natalidade deve, em última instância, levar para uma raça mais limpa”.
E mais: “Nós precisamos limpar o caminho para um mundo melhor; nós precisamos cultivar o nosso jardim”.
Interessante observar o quanto isso está incutido na sociedade e na mente de muitas pessoas. Absurdos inimagináveis como a eugenia são defendidos comumente pelos mais diversos tipos de pessoas que, manipuladas, e não entendendo a profundidade daquilo que falam, desprezam toda a dimensão moral, espiritual, filosófica e biológica em torno da vida; corroborando para o controle do Estado, dos metacapitalitas e organizações internacionais sobre o nascimento das pessoas e, consequentemente (com uma naturalidade assustadora, vale ressaltar) com os ideias monstruosos de Sanger e de um novo, moderno e reformado (mas já refutado) darwinismo social.
“A coisa mais misericordiosa que uma família grande faz por um de seus membros infantis é matá-lo” (Sanger, Woman and New Race, cap. 5, apud Edwin Black, obra citada, p. 231.
O sentimentalismo — ao lado do utilitarismo — está impregnado nas mentes e no espírito da civilização moderna. Como se tivéssemos que provar que a grama é verde ou que o celular na sua mão é da cor que é – como provetizara Chersterton – temos que explicar ao jovem millennium e lobotomizado que a objetividade da verdade, o “certo” e “errado”, independem dos seus sentimentos, dos seus interesses e do que querem escolher. Além disso, vemos inúmeras páginas da internet defendendo o aborto como um tipo de salvação da mulher pobre e da criança que terá o futuro – segundo elas – destruído (mais eugenia). O que não percebem, ou optam por não perceber, (páginas como o Quebrando o Tabu são financiadas para divulgar e defender ideais progressistas, em 2016, por exemplo, a página recebeu US$ 53.643 da fundação Open Society) é que estão combatendo um espantalho; o problema real é a ausência de dignidade nas vidas dessas pessoas, a pobreza e não a vida em si. A metáfora de, ao invés limpar o bebê, jogá-lo fora, é, nesse caso, assustadoramente literal.
A fundadora da Planned Parenthood; a “progressista à frente do seu tempo”, Margaret, contraria o discurso mais comum em defesa do aborto opondo-se fortemente a caridade:
“Sanger se opunha vigorosamente aos esforços caridosos para sustentar os oprimidos e os excluídos, e argumentava amplamente que era melhor que os famintos e os que sentiam frio fossem deixados, sem qualquer ajuda, para que as linhagens eugenicamente superiores pudessem se multiplicar sem a competição dos “incapazes”. (Sanger, Pivot of Civilization, p. 104, 108–109, 113–117, 120–121 e 123, apud Edwin Black, obra citada, p. 223).
Diz também:
“Caridade organizada em si é o sintoma de uma doença social maligna… Em vez de diminuir e com o objetivo de eliminar os estoques [de pessoas] que são mais prejudiciais para o futuro da raça e do mundo, tende a torná-las um dominante grau ameaçador” – Sanger, Pivot of Civilization, Chapter V, “Cruelty of Charity”
Em países como o Brasil, onde sequer o acompanhamento pré-natal é oferecido de forma satisfatória para mulheres pobres, apenas aqueles que não tem compromisso com a verdade e fecham os olhos para essa realidade, continuam a divulgar a farsa de que a legalização do aborto beneficiará mulheres periféricas; enquanto é sabido que apenas as ricas conseguirão matar seus filhos, enfim legalmente.
Outro argumento em defesa da legalização do aborto pelas feministas é o abandono paterno. O que elas não percebem é o quão alinhados estão as próprias feministas e os pais que “optam por não mais ter responsabilidades sobre os seus filhos” (se esse eufemismo incomoda e não o eufemismo do “livre para escolher”, o problema é você). É fato que é massiva a quantidade de crianças sem registro paterno em suas certidões de nascimento, assim como também é comum ver várias mães solteiras criando os seus filhos sem uma figura paterna; os pais dificilmente existem, exceto na mera acepção biológica.
O problema não percebido ou ocultado pelas feministas é que, se hoje, absurdos como esses são tão banais e comuns, grande parte da culpa é de movimentos progressistas pós-Revolução Sexual e da eventual degeneração dos valores morais cristãos, antes mais presentes do que hoje na nossa sociedade. Os revolucionários sexuais conseguiram separar as relações sexuais de todos os conteúdos, exceto o meramente biológico. Aquilo que as feministas defendem é justamente a causa do comportamento dos homens e da destruição dos laços familiares. Em verdade, sabe-se que as feministas e os libertinos se utilizam do argumento do abandono paterno apenas para terem uma vida sexual animalizada, sem responsabilidades e sem consequências; fazendo com que a maior responsabilidade e a maior e mais sublime consequência possa ser assassinada legalmente. Uma feminista sincera assumiria: “Então, se os pais abandonam – justamente porque vivem o que nós defendemos – devemos ter a escolha de matar os nossos bebês”.
O que elas também não percebem é que a legalização do aborto legitimaria o abandono paterno até nos casos de mulheres que se relacionam com aproveitadores imorais, engravidam deles e decidem não matar o seu filho; pois ele – o aproveitador imoral – não queria ter responsabilidades (eufemismo para “filho”); então, já que não há deveres morais, somente mero voluntarismo e biologia, irá abandonar o filho e a mãe que evidentemente não significam nada para ele, pois ela era apenas um objeto – e sabia disso. E no final das contas, o fato de que você e o seu filho foram abandonados por um pusilânime não legitima o assassinato de bebês no ventre de suas mães.
Isso seria ainda mais frequente, afinal de contas, se um pode largar de mão uma responsabilidade simplesmente por motivos voluntaristas, por quê o outro não poderia? Tudo se reduz ao mero curso de vontades? Ou será que existem certas virtudes e deveres que transcendem o voluntarismo e a dimensão biológica?! “Eureka! Há algo que nos diferencia dos animais!”, dirá a feminista bem-intencionada e honesta.
Os livros do Theodore Dalrymple que também tratam sobre o tema, Vida Na Sarjeta e Nossa Cultura ou o que Restou Dela, você pode encontrar Nesse Link. São excelentes leituras. Recomendo!
Para as meninas e mulheres cristãs, recomendo veementemente o livro da teóloga Alice Von Hildebrand, O Privilégio de Ser Mulher, que você pode comprar nesse link com desconto.
O controle de natalidade originariamente é uma forma de evitar a proliferação dos fracos e eliminar responsabilidades; destruindo as mulheres, os homens e as famílias. E essa é uma das reivindicações centrais – senão a reivindicação central – do feminismo: o aborto.