Final de ano sempre me traz aquela inevitável recordação de tudo o que aconteceu durante os últimos 365 dias. Ano passado escrevi sobre as coisas que eu aprendi durante 2016. Fosse com os momentos bons, fosse com os ruins. Eu resolvi enfrentar o término de 2016 me acrescentando aprendizado.
Eu gostaria de dizer que consegui fazer a mesma coisa este ano. Mas infelizmente, não. Tive um péssimo ano, com pequenos intervalos de bons momentos. Eu tinha um plano para 2017 e ele não deu certo. E talvez, eu não seja boa com planos. Também não sou boa com listas. Mas sou boa com palavras. E vou tirar delas, a resolução de ano novo que quero para 2018.
Todo mundo reclama do clichê “são 365 novas chances”, mas é inevitável não pensar na ideia que isso nos remete. São novas chances de fazer dar certo. De gostar do que se faz. De amar a sua vida. E chegar ao final do 365 dia e pensar “foi um bom ano”. De ter um recomeço, independente das coisas que aconteceram no ano anterior.
É isso que eu quero. Um bom ano. Cheio de recomeços e reaprendizados. Porque eu não quero as continuidades dos anos anteriores, pelos motivos óbvios de eles não terem sido bons. Foram aturáveis e nada além disso.
Eu quero reaprender a ver o lado bom da vida. Chega de pessimismo e conformismo. Eu mereço muito mais do que o “possível” e apesar de as coisas não darem certo sempre, eu sou capaz e mereço muito mais.
Eu quero reaprender a me amar. E desta forma, parar de aceitar as migalhas de amor que me oferecem. Eu não posso me diminuir para caber em corações pequenos. Quero amores que transbordem.
Eu quero parar de ver empecilhos no caminho para a realização dos meus desejos. Morar sozinha e terminar a faculdade são coisas que eu pensei que conseguiria alcançar durante 2017 e acabei por complicar tudo e não conseguir nem uma e nem outra. Vai ser difícil? Sim. Vale menos esforço por causa disso? Não.
Eu quero um reaprendizado da vida. Um recomeço para minha vontade de levantar todos os dias e viver.
Eu quero viver. Chega de sobreviver.
