Consumismo.

Há algum tempo, venho tentando entender de onde surge essa necessidade, esse vazio que sinto que preciso preencher de alguma forma. Gosto muito de tecnologia, isso é inegável, mas percebo que venho acumulando coisas ao longo do tempo e mal tenho tempo para usá-las. Tenho vários videogames, mas raramente consigo jogá-los. Possuo um smartwatch que cumpre bem o propósito básico para o qual foi feito. E também tenho um tablet que é praticamente um substituto para um notebook comum, pois o utilizo para navegar na internet e acessar conteúdos de entretenimento. Então, me pergunto: por que, mesmo com tudo isso à minha disposição, continuo sentindo a necessidade de comprar algo novo?

Eu critico minha colega de quarto por ser uma compradora compulsiva, e entendo parcialmente os motivos dela: acredito que ela busca preencher um vazio na vida através das compras, buscando a dopamina de uma felicidade passageira. Mas e no meu caso, o que está faltando? Um relacionamento? Amor? Essas coisas não se compram. Então, por que continuo gastando dinheiro com produtos que acabam ficando esquecidos em um canto do quarto? Por que não dou prioridade ao que já possuo? Preciso me convencer disso. O dinheiro que invisto nessas compras poderia ser utilizado de uma forma que me completasse de verdade. Eu quero mudar minha mentalidade. Quero aprender a valorizar o que já tenho e usá-los até o limite.

Economizar para momentos de necessidade e novos começos é muito mais importante, mesmo que agora eu pense que talvez não precise.

Então, Gustavo, você não precisa de um novo tablet gamer, pois já possui um tablet, um celular que vira tablet, e vários consoles para jogar. Também não precisa de um smartwatch com LTE que só trará mais gastos mensais sem agregar valor. Por favor, economize. Entenda suas prioridades e faça um planejamento financeiro para o futuro. Você merece mais do que apenas objetos. Seu bolso vai agradecer.