SEGURANÇA NA FRONTEIRA
Moradores e Governantes vivem as particularidades de residirem na fronteira oeste
São Borja é uma cidade com mais de 60 mil habitantes, localizada na fronteira Oeste, do estado do Rio Grande do Sul. Apesar de não ser uma metrópole, a cidade conta com com diferentes forças de segurança como: a Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Civil e Brigada militar. Esse grande corpo policial pode assustar quando se fala de uma cidade de médio porte, porém as particularidades de São Borja explicam a necessidade de tal efetivo militar. Essa peculiaridade chama-se Rio Uruguai, que faz fronteira entre Brasil e Argentina, assim possibilitando por meio dele a entrada de drogas, armas e até tráfico de pessoas, uma vez que não se era dada tanta atenção para as fronteiras brasileiras, facilitando esse livre comercio do trafico. Poderemos ver que São Borja não é só diferente por ser a cidade de dois Presidente, mas sim por conseguir acumular diferentes forças policiais no intuito de trazer segurança à população Sãoborjense.
A cidade do interior do Rio Grande Sul conta com uma forma diferente de comandar a segurança pública. O Secretário de Infraestrutura, Serviços Urbanos, Segurança e Trânsito, Edson Damião Ribas, informou que a gestão Municipal serve de apoio as policiais não entrando no perfil criminal, de estatística, colaborando com políticas públicas de segurança, buscando apoio às entidades de segurança como por exemplo quando a necessidade de requerer um maior efetivo policial, como em Setembro que houve um incremento de brigadianos para São Borja, de forma que possa melhorar o serviço na cidade.
Projetos como “Balada Segura” são feitos em parceria entre a Brigada militar, Polícia Civil e Agentes de trânsito, ajudando não só no controle dos acidentes de trânsito, mas também no combate ao tráfico pois quando são feitas as abordagens o veículo também é revistado a procura de objetos como entorpecentes e armas.
As parcerias entre o Município, Estado e Federação podem causar ruídos de comunicação no que diz respeito a quem terá o poder de decisão. Porém na cidade de São Borja segundo o Prefeito, Eduardo Bonotto, “ As relações são de harmonia de buscar cada um fazer sua parte independente, diante de suas atribuições” podemos observar esse equilíbrio na chegada da Força Nacional na cidade, fazendo parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras(hiperlink). Esse incremento não foi um pedido feito pelo Município, mas uma vez que por ser uma cidade de fronteira necessita assim de mais atenção se mostrando necessário o incremento no policiamento.
Ao longo dos anos o índice de tráfico em São Borja vem diminuindo. Apesar de geralmente se observar uma ligação entre os índices de roubos com o índices de drogas, como informou a Agente Penitenciária, Ilza Margarete da Silva, com 19 anos de profissão, e vasta experiência na área de segurança pública “ Os furtos e roubos financiam o tráfico. São através desses delitos que os usuários adquirem e sustentam o vício. São através destas práticas que o usuário de drogas faz do produto de furtos e roubos moedas de troca para injetar e investir em mais soldados do crime”, mas números em São Borja se comportam de maneira bastante peculiar como pode-se observar nos gráficos abaixo.
Enquanto os índices de tráfico tem seu auge no ano de 2012, o número de roubo tem seu ápice em 2017, ano em que ocorrerem os menores números de tráfico de drogas apenas 36 empatado com 2018.
Outro crime que pode ser relacionado com o tráfico de drogas é o homicídio, uma vez que os pontos de vendas de drogas são disputados por duas facções criminosas uma delas, a Bala na Cara. A outra é o Primeiro Comando do Interior (PCI), para tomar o ponto de venda da facção rival são é utilizada violência ocasionando diversas mortes, 27 de 2015 a 2017, período o qual mais se registrou o maior número de homicídios na cidade.
O trabalho frequente das forças de segurança atuantes na cidade se mostram eficazes com grandes operações como a Operação Velho Oeste que desarticulou uma facção que controlava a entrada de armas, drogas e munições pelas fronteira oeste ocasionando 39 prisões.
Segundo o secretário Damião deve-se observar o bom funcionamento do presídio de São Borja, uma vez que comporta cerca de 400 presos, possibilitando as forças de segurança a certeza de que os criminosos cumprirão as penas equivalente a seus crimes, demonstrando o bom trabalho feito pelos policiais nas ruas diariamente, observando que fazem o trabalho de prender para que essas pessoas possam ser ressocializados, trabalho feito pelo presídio de São Borja.
A segurança pública não fica só a cargo da Prefeitura Municipal assim cidades fronteiriças, têm maior capacidade de combater o tráfico.
Ficha técnica:
Guilherme Henriques Gonçalves de Almeida
Paloma Luara Souza Jorge
Helen Streck
