O mistério de Lisa Smith: sobrevivente ou morta?
Em 1971, uma jovem desapareceu ao pegar carona na Califórnia. Informações conflitantes deixam uma dúvida viva até hoje: ela foi encontrada com vida, foi vítima de um serial killer ou segue desaparecida?
As sete horas da noite de 16 de março de 1971, Lisa Michelle Smith, de 17 anos, estava pedindo carona em uma avenida de Santa Rosa, Califórnia, quando ela sumiu. Ninguém viu se ela entrou em algum carro nem nada, e os pais adotivos e seu namorado não tinham um motivo claro para ela demorar tanto.
O que aconteceu após isso não está bem esclarecido, mas, alguns dias depois, uma jovem se internou em um hospital próximo com uma fratura no crânio, concussão e lesões pelo corpo. Ela alegou que, ao entrar no banco do carona, foi ameaçada pelo motorista, que tentou estuprá-la e a agrediu — segundo alegações, com o uso de uma arma. O nome que ela deu não era desconhecido aos policiais: Lisa Smith, o mesmo da jovem desaparecida. Mas a idade divergia: ela disse ter 21 anos. A polícia não conseguiu ter tempo de entrevistar a jovem, pois ela saiu rapidamente do hospital.
Em 1° de abril de 1971, um artigo informou que Lisa Michelle Smith era a Lisa Smith encontrada machucada no hospital e ela estava segura na casa dos pais biológicos, que a teriam rastreado na casa de amigos e a levado para casa em Livermore, no mesmo estado. Caso encerrado?
Não. Avançamos 40 anos no tempo e estamos em 2011. Uma reportagem mais detalhada do mesmo jornal sugere que nenhuma Lisa Michelle Smith foi encontrada. E o pior: não há informação nenhuma sobre ela. Nos anuários escolares de 1967 a 1973 existem várias Lisa Smith, mas nenhuma correspondia à foto dela, não se sabe onde está o prontuário, quem são os pais adotivos e o namorado e até o relatório policial da época sumiu. Mas há uma outra tese: de que ela foi vítima de um assassino em série.
Meses após o desaparecimento de Lisa, diversos corpos de jovens passaram a surgir na região de Santa Rosa. Entre 1972 e 1973, diversas adolescentes/mulheres adultas apareceram mortas na região, o que fez a polícia acreditar que havia um assassino em série a solta. Todas elas pediram carona e desapareceram, tendo sido abusadas sexualmente e mortas naquela área. A polícia passou a especular se Lisa não foi a primeira vítima, mas apesar de ser uma tese bastante crível, não há tantos indícios além do fato dela estar pedindo carona e ser da idade aproximada das vítimas. O assassino jamais foi identificado e, cinco décadas depois, o caso segue um enorme mistério, como o desaparecimento.
Provar a identidade da jovem tratada no hospital é bastante difícil, dado que todos os indícios sumiram. Mas também é difícil saber o que aconteceu. Talvez ela esteja vivendo sua vida normalmente, talvez tenha sido vítima do assassino de Santa Rosa, talvez ela tenha mudado de nome e tentado fugir do trauma da tentativa de estupro. Mas é bem provável que jamais consigamos descobrir o que ocorreu de verdade com ela.
Voltamos em breve.