Uma Nova Frequência

Introdução

Gustavo Tanaka
Gustavo Tanaka
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6 min readMar 5, 2016

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Eu nunca gostei de fazer as coisas do jeito convencional.

Sei lá, de alguma maneira, fazer igual a todo mundo nunca me atraiu muito.

Quando eu era pequeno, meus amigos e primos me diziam que eu inventava moda demais. Me chamavam de "do contra".

No começo eu nem ligava. Eu até gostava. Sentia que era especial.

Mas com o tempo eu fui sendo influenciado.

Eu passei a duvidar de mim mesmo. Passei a duvidar das minhas ideias. E logo eu estava questionando se não devia parar de inventar moda.

Assim eu me tornei uma pessoa comum. Um adulto normal.

E foi assim por alguns anos.

Até que eu me cansei de ser esse adulto normal.

Tudo bem que a minha vida teve que se destruir pra eu me cansar. Eu tive que perder tudo, e aceitar que não tinha tanto controle quanto eu imaginava para que isso acontecesse.

Mas não importa. Eu me cansei.

E quando me cansei de ser um adulto normal, eu voltei a fazer as coisas como antes. Do meu jeito. Inventando moda mesmo. E enquanto fazia isso, eu ia relembrando da minha infância e de sonhos que eu já tive.

A vida ficou melhor. As coisas começaram a acontecer de uma outra forma e aos poucos eu pude sentir uma felicidade que nunca havia sentido na vida.

Era o fluxo! E eu podia sentir claramente isso! Tudo dando certo, tudo se encaixando! Coincidências e sincronicidades! Que lindo!

Mas aí até mesmo o fluxo começou a ficar normal. E eu senti que estava parando de fazer as coisas do meu jeito novamente. Eu estava me acostumando com um estilo de vida que para muita gente não fazia muito sentido.

Mas a minha vida estava ficando normal novamente. Eu ficando cansado e de certa forma até um pouco entediado.

Por isso estou escrevendo esse texto.

Eu sempre tive vontade de escrever um livro.

Eu achava que isso aconteceria o dia que eu pudesse me isolar em uma cabana no alto de uma montanha e ficar lá por um ano. Depois desse tempo, eu desceria e voltaria pra sociedade com um livro pronto para ser um best-seller.

Mas eu escrevi meu primeiro livro 11 Dias de Despertar em 11 dias (12 na verdade).

E eu vi que as coisas podem ser bem mais fáceis. Basta a gente começar.

E desde então eu tenho pensado: "Quando será que vou escrever meu próximo livro?"

Eu comecei a rascunhar ideias, mas em um determinado momento elas pararam de fluir.

Então, lembrei dessa minha mania de inventar moda e querer fazer as coisas de maneira diferente. E aí me veio esse novo sonho.

Escrever um livro e ir compartilhando aos poucos.

Isso não é novidade e nem algo que eu inventei. Na verdade, é algo que eu vi o Fabio Novo fazer.

Mas boas ideias merecem ser copiadas. Ou pelo menos servir de inspiração.

Talvez isso nem seja um livro.

Eu não faço ideia do que está por vir. Não sei quantos dias isso vai durar. Nem sei se vai chegar a virar um livro de verdade. Talvez eu me canse disso depois de alguns dias.

Mas acho que é uma forma de me manter conectado, estimulado e quem sabe pode ser mais legal que acompanhar um seriado (que assistir a novela não tenho dúvidas que vai ser :) ).

Honestamente, eu sou ruim em terminar as coisas.

Mas sou bom em começar. Por isso estou começando esse aqui.

Quem vem comigo?

Gustavo Tanaka

Dia 1 — Um mundo baseado em sonhos

Escrito ouvindo Ludovico Einaudi — Night

E se eu te dissesse que existe um mundo diferente?

Eu se eu pudesse te contar que isso que você vive aqui não é tudo o que existe?

Será que seria possível viver a realidade de uma maneira diferente?

Você conseguiria escapar desse mundo que vive hoje para viver de uma nova forma?

Você estaria disposto a largar o que construiu para embarcar?

Esse material é uma ficção?

Se você considerar que a vida também é uma ficção, então talvez seja.

Isso não vem ao caso agora. Não tente entender. Apenas me acompanhe.

Você tem um rádio. E você muda a estação e a música muda.

Você tem uma televisão. E você muda de canal e o programa muda.

Você tem um celular. E você muda de rede wifi e a conexão melhora.

Tudo é uma questão de frequência. Você escolhe o que quer sintonizar.

Pois então.

Esse mundo novo que eu quero te mostrar está numa nova frequência.

Uma frequência que existe, mas que nós ainda não conseguimos acessar. Eu também não.

Quer dizer. Eu consigo às vezes.

Mas vai e volta. Eu entro e saio. Lembra quando alguém tinha que ficar segurando a antena de TV pra não perder o sinal? É a mesma coisa.

E eu estou escrevendo esse material pra conseguir sustentar essa frequência e contar o que eu tenho enxergado.

Eu não enxergo com os olhos. Nem ouço com os ouvidos.

Eu apenas sinto. E é difícil de contar o que se sente.

Porque a gente mesmo duvida do que está sentindo.

E eu não quero duvidar. Por isso estou escrevendo assim. Ao vivo. Porque não quero dar espaço para que eu mesmo duvide do que tenho sentido. Para que essa frequência possa ressoar em pessoas que também conseguem sintonizar de vez em quando.

Vou começar a compartilhar o que vejo.

Então vamos lá…

Imagine um mundo novo. Diferente do que temos hoje.

Um mundo onde as pessoas confiam umas nas outras. Onde você não precisa trancar a porta de casa. Onde você não precisa se esconder.

E se você não precisa trancar a porta de casa, não existem chaves.

Não existem chaves e também não existem muros.

E se não existem muros, você pode ir a qualquer lugar.

Você pode acessar qualquer parte. Você pode frequentar qualquer espaço.

As pessoas não estranham se você aparece.

Elas te recebem e te tratam bem. Elas querem você perto.

Por algum motivo, elas sentem que você é bem-vindo o tempo todo.

Você fala e as pessoas escutam.

Elas sabem que não estamos isolados e desconectados um do outro. Elas sabem que somos parte do mesmo todo.

E se todos te escutam, e se estão interessados no que você tem para dizer, você pode contar seus sonhos.

Não há nada que você precise esconder. A gente esconde as coisas porque acha que os outros não querem ouvir. A gente acha que eles não vão entender e vão destruir nossos sonhos.

Mas nesse mundo ninguém quer destruir os sonhos de ninguém.

Nesse mundo as pessoas gostam de ouvir sonhos. É o que as mantém vivas. É o que faz a vida fazer sentido.

Esse povo não é movido a dinheiro, petróleo ou ouro. É movido a sonhos. As pessoas vivem para realizar mais sonhos.

Em uma sociedade que vive de sonhos, a relação é diferente. Todos são estimulados desde pequenos a compartilhar sonhos.

E é incrível quando você conta seus sonhos. Porque é como se eles começassem a tomar forma.

Você fala e o sonho começa a se espalhar, como uma nuvem de fumaça que toma a forma de um animal.

Mas agora vamos fazer uma pausa e faça um exercício comigo. Vamos voltar a nossa frequência atual. Ao mundo em que vivemos hoje.

Como seria se a gente estimulasse as crianças desde cedo a realizar sonhos? Como seria sua vida se você pudesse ter tido a possibilidade de ir atrás de todas as coisas que você sempre acreditou?

Seria diferente né?

Muito provavelmente você não teria a mesma vida. Possivelmente escolheria outra profissão. Talvez até nem teria profissão.Você passaria de uma atividade a outra, seguindo apenas o que sente. Seguindo apenas os sonhos. Não apenas um sonho. Mas um depois do outro. Infinitamente.

Nessa frequência que estamos sintonizando, o mundo é assim.

Consegue imaginar esse mundo ou é muito irreal?

Eu confesso que pra mim é pouco esquisito. Tenho um pouco de dificuldade. Eu sinto que faz sentido, mas acho que minha mente não acompanha tanto assim. O que é normal. Estamos apenas sintonizando essa nova frequência.

Fique apenas com essa imagem e tente imaginar esse mundo.

Nos próximos dias podemos tentar sintonizar mais.

Se esse texto ressoou e você sentir vontade de retribuir, você pode fazer uma contribuição clicando aqui.

Eu serei grato por poder seguir compartilhando textos livremente…

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