Tenho me perguntado o que faz a Harmonia estar passando por essa crise, causada pela pandemia da COVID-19, não com tranquilidade, mas com equilíbrio. Este questionamento se intensifica quando ocorrem simultaneamente a ele, em meus pensamentos, outros desafios pelos quais a Harmonia tem vivido este ano. Um deles foi a enchente sofrida pela Vila Leopoldina, bairro onde fica nosso escritório, no último dia 10 de fevereiro. Na ocasião, nosso laboratório foi inundado e, por uma sorte incrível, nossos equipamentos mais caros sobreviveram.
Essa inundação gerou um movimento rápido de adaptação a uma situação provisória: o pessoal do laboratório foi imediatamente acolhido em nossos dois outros espaços que ficam em andares superiores; como perdemos computadores, muitos colaboradores tiveram que trazer seus notebooks pessoais, enquanto comprávamos novas máquinas; nos primeiros dias pós enchente, a situação no prédio estava caótica e ficamos cerca de uma semana com pouca ou nenhuma internet, o que nos forçou ao trabalho remoto intermitente, durante esse período.
Um mês depois da enchente, o laboratório estava recuperado e reorganizado. Três dias após a inauguração do “novo” espaço, aderimos ao isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde, e todos foram para suas casas. Isto aconteceu entre 13/03 (sexta-feira) e 16/03 (segunda-feira) e, mais uma vez, todos se adaptaram imediatamente.
Estamos trabalhando a todo vapor nesse novo formato. Não tivemos necessidade de cogitar dispensa de nenhum colaborador. Ao contrário, fizemos duas contratações.
Com isto, volto à minha pergunta. Como a Harmonia consegue se manter saudável com tantas dificuldades vividas em apenas três meses? Ouso dizer que este é, provavelmente, o 1º trimestre mais desafiador da história da empresa e, em breve análise, destaco quatro pontos que considero fundamentais para nossa sustentabilidade:
1- Está no DNA da Harmonia a paixão por mudanças. A inovação está no dia a dia de todos os colaboradores o que os torna altamente capacitados a encontrar soluções e a se adaptarem, rapidamente, em tempos de crise como o que estamos vivendo;
2- os harmônicos, como chamamos carinhosamente quem trabalha conosco, são engajados e colaborativos, características necessárias para que o barco siga navegando por nosso propósito;
3- a Direção da Harmonia tem preocupação genuína com a saúde e com o bem-estar dos colaboradores e de toda a sociedade;
4- temos fornecedores e clientes como parceiros e, nessa hora, nossos bons relacionamentos, pelos quais sempre prezamos, estão fazendo toda a diferença.
Não posso dizer que este cenário vai se manter ao longo de toda a crise e que sobreviveremos sem marcas a tudo isso. O momento é de incertezas e tudo pode mudar a qualquer tempo. Mas, se há algo que eu possa afirmar é que, devido especialmente a essa resiliência intrínseca, a força da Harmonia para os enfrentamentos das tempestades já está desenhada.
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Obs.: este texto não é institucional e retrata, portanto, uma visão pessoal, de alguém que trabalha na Harmonia há quase 7 anos.
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Ondas moldam o mundo
