iPhone 8 e X

Estamos em Setembro, aquele que se tornou o mês de lançamento de novos iPhones e não podia deixar de fazer uma breve review dos novos iPhones.

iPhil
6 min readSep 25, 2017

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Quis o destino que eu estivesse em Cracóvia na Polónia no passado dia 12 de Setembro e acabei o final de tarde à procura de um bar/restaurante que permitisse ter Wifi para assistir à keynote no meu iPad mini, enquanto os ingleses que enchiam o espaço estavam mais interessados no Barcelona — Juventus e no Manchester United — Basel.

Para os mais curiosos, a Tyskie é a Sagres ou a Super Bock lá do sítio… recomendo e nem sou o maior apreciador de cerveja.

Mas vamos ao que interessa…os novos iPhones.

No ano que é marcado pelo 10º aniversário do lançamento do iPhone, seria de esperar que a Apple marcasse a keynote de alguma forma. Começou pelo facto de ter sido a primeira keynote realizada no novíssimo Apple Park em Cupertino, no Steve Jobs Theater, oportunidade para a Apple fazer finalmente a sua homenagem.

Steve Jobs Theater

Infelizmente, as leaks que marcaram as semanas que antecederam o evento, acabaram por estragar um pouco o efeito surpresa e todos os rumores estavam certos, até no naming dos iPhones e pela primeira vez, a Apple abandonou a linha “S”. Por outro lado, lançou dois novos modelos com datas distintas de lançamento.

No caso do iPhone 8, acabou por assumir uma postura bastante conservadora, optando por um design que mantém desde o iPhone 6 (dimensões, resolução, ecrã, botão Home, Touch ID, etc). A principal novidade foi a apresentação do carregamento por indução através do novo vidro traseiro (já presente no Apple Watch) e o ecrã com TrueTone (imaginem o Night Shift ligado todo o dia), que permite que o iPhone ajuste automaticamente os tons do ecrã de acordo com a luz ambiente. De resto, estamos a falar das habituais evoluções: melhor processador, melhor sensor da câmara, etc.

Só lamento que a Apple não tivesse apostado no aumento da autonomia, que é sempre um dos principais issues dos smartphones. De resto, até baixou a potência das baterias, referindo que a autonomia do iPhone 8 e 8 Plus é semelhante aos modelos anteriores. Obviamente que a Apple vai argumentar que o carregamento wireless por indução vai permitir ter sempre carga e por isso, não é necessário apostar em baterias de maior capacidade.

O novo iPhone está disponível em duas dimensões (iPhone 8–4,7 polegadas | iPhone 8 Plus — 5,5 polegadas), como vem sendo habitual e três cores: Prateado, Dourado e Cinzento Sideral ou Space Gray.

Em relação às cores do novo iPhone, já tinha reparado pelas peças promocionais da Apple e pelas unidades enviadas para review, que havia um especial foco no Prateado e Dourado e poucas referências ao Space Gray. Quando tive oportunidade de ver os equipamentos ao vivo, percebi a razão: o acabamento em vidro do Space Gray não é feliz.

Por comparação, diria que este Cinzento Sideral em vidro é comparável ao cinzento de um Audi (por curiosidade, a Audi chama-lhe “nardo gray”) ou da “livery” do F1 da Haas.

Sendo um utilizador de um iPhone 7 Plus, nunca trocaria por um iPhone 8 ou 8 Plus. Eventualmente será o equipamento ideal para quem tem um dos modelos mais antigos e sem actualização ou que ainda tem o 6. Diria que essa é a meta de actualização. Quem tem o 6S, 6S Plus ou 7 ou 7 Plus, não terá necessidade de actualizar.

Mas a Apple ainda apresentou o iPhone X. Um novo modelo que marcará o futuro do smartphone da Apple e que servirá de referência para outras marcas.

No novo iPhone X (ten), destaca-se o ecrã OLED (com uma franja) com resolução de 2436x1125 píxeis a 458 ppp, de 5,8 polegadas, sem margens e sem botão Home.

Na famigerada franja, encontramos uma das outras novidades, que marcou o evento, pelo melhor e pelo pior: Face ID, tecnologia que irá substituir o Touch ID no novo iPhone X (para além de permitir a criação de Animojis, mais uma funcionalidade que ninguém deverá utilizar no dia-a-dia). Como a implementação desta nova tecnologia obriga à existência de uma câmara frontal de qualidade superior, algumas das funcionalidades da câmara passam a estar disponíveis na câmara frontal, especialmente as funcionalidades Portrait e de iluminação.

De resto, o iPhone X partilha praticamente o mesmo hardware do iPhone 8 e 8 Plus, incluindo o processador e o carregamento wireless por indução. A câmara será um dos elementos que será distinto do iPhone 8, apresentando uma abertura máxima entre os f/1.8 e f/2.4 e com dupla estabilização ótica.

O novo iPhone X estará disponível em Prateado e Cinzento Sideral (acredito tenha o mesmo tipo de acabamento que critiquei anteriormente) e ambos apresentam um acabamento lateral em aço inoxidável. A franja e as pequenas margens do ecrã serão pretas nas duas versões.

Ainda não fiz referência aos preços. Obviamente são equipamentos que não são para todas as carteiras. Nunca foram. Muito se discutiu a questão dos $1000. Sim, é um valor alto. Mas devo recordar que alguns dos modelos comercializados no passado já ultrapassavam esse valor, nomeadamente os equipamentos com 256GB. São, tradicionalmente, os equipamentos que esgotam mais rapidamente.

Então a quem se destina este equipamento? Posso responder da mesma forma que respondi em relação ao iPhone 8. Eventualmente teria que incluir aqueles que não se importam de arriscar e perder o Home Button e o Touch ID pelo Face ID e obviamente todos aqueles que adoram tecnologia, são geeks e adoram este tipo de lançamentos.

O iPhone 8 e 8 Plus já estão disponíveis no mercado nacional e presumo com disponibilidade imediata, muito por culpa da expectativa do lançamento do iPhone X, cuja pré-venda se inicia no dia 27 de Outubro e estará disponível a partir do dia 3 de Novembro. Tem-se especulado que os stocks iniciais serão muito baixos, muito por culpa do novo ecrã OLED fabricado pela Samsung e que esse factor terá feito disparar o preço final do iPhone X.

Uma última nota para o elemento mais polémico do novo design do iPhone X: a franja. Também lhe chamam “notch” ou “horns”. Pessoalmente, não estou convencido. Vi algures que seria o tipo de feature que o Steve Jobs nunca aprovaria. Sinceramente, faz-me confusão essa associação. Steve Jobs já não está entre nós. Nunca saberemos a resposta. Mas eu tenho uma teoria. Vou deixá-la para outro post, porque também me fez uma certa confusão, porque razão a Apple não seguiu o caminho da Samsung, optando por margens simétricas?

E vocês? Que modelo preferem? Acham que a Apple vai sair prejudicada pelo lançamento em simultâneo do 8 e do X? Fico à espera do vosso feedback! :)

One more thing…

Ao contrário do que tem sido destacado por quase todas as reviews, a versão disponibilizada para o mercado europeu e português em particular, o iPhone ainda apresenta alguns elementos legais obrigatórios, ao contrário do que acontece com a versão norte-americana.

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