A vida tem sido como aquele espaço do chuveiro, onde entre milhares de gotículas e outras, há um vacuo; não sei se pela pressão da água, por defeito ou por destino. Mas tem ali um espaço pequeno e confuso que me mantém respirando.
Olho para baixo, para o meu corpo, e vejo a água escorrendo. Mas eu não a sinto. Não sinto a água me limpando. Não sinto a sujeira indo embora. E já perdi a noção de quanto tempo estou aqui. Mas sei que tenho sentido tanto e tudo intensamente, que não consigo sentir apenas uma coisa em especifico.
2019, Sexta-feira, 20h47 — 1 de Março.