Não fui embora porque me faltou algo. Fui, não porque estava infeliz, mas sim
porque acreditei que nunca encontraria a felicidade.
Fui porque todos os meus dias eram mais do mesmo, e o que o futuro tinha
para mim era menos que o suficiente.
Fui porque a angústia passou a escorrer constantemente pelos meus olhos,
e quando os abri, notei que o embaçado já não era das lágrimas, mas dos
sussurros gelados de adeus dado pela esperança.
Fui, não porque me faltava fé, pois a verdade salva. Mas a sabedoria em
demasia nos aprisiona. Virei refém. Me sobravam verdades.
Fui, porque desejei por tanto tempo ser minha melhor amiga, que o corpo
já recuava com toques alheios.
Fui, porque conviver começou a me parecer com uma batalha de energias. As
vezes eu prevalecia, em outras lutas retornava sugada.
Resolvi adormecer, não porque passei a desacreditar do mundo, mas pela
primeira vez ele me foi real aos olhos. Se tornou pequeno demais por terra.
O infinito presente no céu, admirado no quintal sob o brilhos das estrelas, me era inalcançável.
E seu todo é tão perfeito e poético. Me pegava boba. Encantada! Para mim, o céu
é uma das obras mais lindas de Deus.
Por fim, fui, porque passei a acordar pensando na hora de dormir. E dormir,
pensando em adormecer por uma semana.
Acordei no dia seguinte ciente de que tais problemas não se resolveriam
sozinhos.
Fui, porque a única coisa que temia era que Deus não me perdoasse pelo
atentado a vida. É possível que ainda me reste a dúvida onde quer que esteja
a minha existência.
Mas orem por mim. Orem por mim cristãos, eu suplico, para que Deus me perdoe…!
2019, 8 de Janeiro (Terça feira) as 21h48.
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