Resenha: Copa do Brasil — Campinense vs. Cruzeiro

João Arthur Brunet
3 min readApr 21, 2016

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Surfando nas ondas limitadas da Internet BR, a resenha avisa que: Vai ter curtinhas de quarta SIM!

Mas, resenha. Por que curtinha?

Primeiramente porque ninguém está pagando, querido leitor. E pode não parecer, mas este cronista trabalha em outra firma e o batente lá é puxado. #SEGUNDAMENTE porque a resenha já está antecipando o futuro sombrio da Internet BR e está economizando bytes para você ler a resenha e conseguir ver aquela série marota na Netflix (fica a dúvida: pagou ou não pelo merchant?). #TERCEIRAMENTE porque é uma desculpa para uma eventual falta de qualidade da crônica.

Curtinha de quarta: Campinense (maior do interior do nordeste) vs. Cruzeiro (quem? já ganhou quantas copas do nordeste?)

O jogo foi no Amigão (caiu no amigão, dançou São João) em Campina Grande — a São Paulo que deu certo, a Paris com charme, a Porto Alegre com carne de sol. Campina Grande é a única cidade do mundo que chama Prato Feito (PF) de comfort food. É brincadeira, amigos?

Vamos pro jogo. Duelo de Raposas: A única possível vs. Baleia (a cadela de Fabiano). #gracilianoramos

O time da capital da Paraíba do oeste veio com apenas 4 titulares:

  • Glédson (o goleiro mais bonito do Brasil)
  • Tiago Sala (o Beckenbauer canhoto)
  • Danilo carrossel (só gira para um lado)
  • Magno (o Pirlo que sabe sair jogando)

O Cruzeiro, segundo maior time de Belo Horizonte, veio como sempre, com o time completo e ruim. Único destaque é o goleiro Fábio que, apesar de ter bracinhos de jacaré, defende muito.

Absurdo!

Fala, repórter resenha.

É um absurdo o que a organização dos jogos faz com os torcedores. Este cronista comemorou o fato de estar de calça jeans tamanha as encoxadas na fila da entrada bovina do estádio. A foto desta crônica foi tirada na entrada.

"É curtinha ou não é resenha?"

É sim. Foi preciso desabafar.

O jogo foi morno. O destaque é a fase do Campinense Clube. Com o time reserva, deu sufoco no time pão-de-queijeano. O Cruzeiro se portou como o time pequeno que é. Muita catimba e cera.

O maior do interior do nordeste dominou a partida. Meteu uma bola linda na trave com Magno — segundo melhor volante do Brasil. Atrás, naturalmente, de Samuel Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo.).

O lance do jogo foi a arrancada de Pitbull que foi parada com falta do último homem celestino. Senhores, nada de novo aqui, juiz subtraindo o Campinense. A falta foi dentro da área. Penalti claro! Mas o homem de amarelo, capitão do golpe, deu fora da área. Ao menos expulsou o zagueiro.

Em terra de zero a zero, quem brilha são os guarda-metas. Três defesas inacreditáveis foram vistas do alto da serra da borborema. Fábio, bracinho de jacaré, deu uma de Gordon banks e pegou uma cabeçada #IMPEGÁVEL de Pitbull.

Mas o destaque é o goleiro mais bonito do Brasil. Duas defesas para ficarem na história do Amigão! Primeiro, Lucas Romero soltou um petardo que parou no nosso paredão. Depois, mais inacreditável ainda, Elber saiu sozinho na cara de Glédson e não resistiu aos seus olhos de ressaca de Capitu. Nosso goleiro fez uma defesa no chão que há tempos não se via.

Destaque negativo. Este que vos fala não gosta muito de cornetar o esquadrão Campinense. Mas Everaldo e Jairo foram muito mal ontem. Perdidos e muitos passes errados. Certamente estavam pensando nas promoções 'Beba 15 e pague 1' do bar do cuscuz (pagou ou não pelo merchant?) do feriado.

Apenas mais dois comentários da curtinha mais longa da história. Francisco el loco Diá armou o time com muitos atacantes e volantes. O meio ficou vazio. Contra um time que joga com duas linhas de quatro bem formadas e próximas (bela disposição tática mineira), fica muito difícil não ter um meio de campo habilidoso. Até melhorou bastante depois da entrada de Roger, mas já era tarde.

0x0. O placar mais árido possível.

Detalhe!

Fala, repórter resenha!

Se o Brasileirão da série A tivesse começado no domingo, o Campinense seria certamente líder, pois venceu o Sport e empatou com o Cruzeiro.

Belíssima observação, repórter resenha. ‪#‎campinense_lider‬

O Campinense volta a pensar no estadual e na Copa do Nordeste (maior copa do mundo). A resenha vai seguir entrincheirada contra a ABNT, copiando piadas alheias, descompromissada ortograficamente e mantendo o compromisso com a quase-verdade.

Respeita a única raposa, mundiça.

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