A diferença entre o bom e o ótimo

André Bartholomeu Fernandes
Jornal do Empreendedor
2 min readMay 11, 2018

O pequeno restaurante italiano em Pinheiros está em pleno vapor. São seis da tarde e dois chefs experientes estão preparando as refeições. A cozinha é uma máquina bem estruturada, o forno tem capacidade, já que os clientes e os motoboys convergem seus pedidos de uma só vez. A comida é boa. Mas não é ótima — ao contrário da comida servida no restaurante italiano que descobrimos recentemente na Vila Madalena.

O BOM se torna ÓTIMO quando os clientes e, não nós, estamos no centro de tudo o que fazemos.

Há pouco para diferenciar os chefs nos dois restaurantes. Ambas as equipes trabalham principalmente de forma silenciosa e eficiente. Elas estão bem preparadas e todos entendem o papel que desempenham para garantir que os clientes fiquem satisfeitos e contentes. Mas há uma coisa que os chefs da Vila Madalena fazem que faz toda a diferença. Em Pinheiros, nada é provado antes de ir para o prato. Na Vila, os chefs provam tudo sem exceção antes de serem servido. Eles estão fazendo centenas de decisões sobre como agradar seus clientes em intervalos de alguns minutos e ajustando-se à medida que avançam. Esse único ato significa que eles têm que se colocar no lugar do cliente por um segundo. Eles têm que imaginar como será provar sua comida. E isso faz toda a diferença.

O BOM se torna ÓTIMO quando os clientes e, não nós, estamos no centro de tudo o que fazemos.

Bernadette Jiwa

Originally published at Jornal do Empreendedor.

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