Nos somos nosso próprio limite.

Juliana Lira
1 min readMar 10, 2019

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Ja fazem dois anos que me formei em Sociologia, quando eu terminei a graduação eu escrevia quase sempre, naquele momento tudo me parecia interessante. Comei muitos textos, não terminei quase nenhum. Me parecia que que independente do meu esforço, minhas palavras não teriam a potência que eu desejava, e por fim, desistia. Hoje eu olho para aquelas sentenças incompletas e me pergunto: porque afinal eu nunca as terminei?

Em parte por um costume que se cria dentro do universo académico de uma eterna crítica e uma constante busca por uma melhor argumento. Mas em grande medida também, pelo medo do descaso, e da insignificância do discurso. Me parece que hoje estamos contaminados por uma eterna busca por um reconhecimento, que se não parece alcançaveu, neutraliza qualquer força de criação.

Sinto que em grande medida eu colocava uma espectativa muito grande no receptor, criando assim, diversas barreiras para que o meu trabalho pudesse finalmente alcança-lo. Me colocando muitas vezes como inferior ma magnitude do objeto a ser tratado. Como pudera eu fazer tamanha crítica?Hoje percebo que essas barreiras imaginarias so serviram para limitar minha criatividade, e me proteger de uma coisa que eu nem sequer conhecia.

Ha que se permitir o risco, mergulhar no desconhecido e desbrava-lo. Encarar o medo da crítica. Nos somos nosso próprio limite.

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