A caminho do estacionamento, após uma reunião de trabalho, passa um senhor — que provavelmente tem idade para ser meu pai — reproduz um daqueles sons meio asquerosos, que eu não sei dizer o que é, e sussurra, bem próximo ao meu ouvido: “- GOSTOSA!” A caminho do estacionamento, após uma reunião de trabalho, passa um garoto — que provavelmente tem idade para ser o meu filho — e explana, alto e em bom som: “- Oh, moça! Desculpa! Desculpa, moça! Este homem provavelmente vai morrer sem conseguir respeitar uma mulher na rua e eu sinto muito por isso. Sinto muito por você ter que passar por isso”.