O designer além do usuário

Karuan Bertoluci
3 min readDec 15, 2016

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Sim.. designer (o cara) e não design (a profissão).

Lhe direi o que estou pensando…

Estou aqui.. em BH, num quarto de hotel fazendo de minha casa.. sem muito o que fazer comecei a "escrolar" a vida das pessoas em meu instagram, foi quando ví uma imagem que dizia:

The future is design.

Isso destravou em minha cabeça um emaranhado de coisas e dentro disso meu tema: Designer além do usuário.

Vamos focar agora no mercado: Como já disse em outros textos pela minha vida a fora, é possível notar um desespero da galera por inovação.

Todos queremos ser inovadores. Todos queremos ter produtos inovadores.

E é aqui que entra meu pensamento: A peça da vez para a inovação é o designer. \o/

Seja ele qual for: UX, UI, Costumer Experience, Thinker, Coordinator of Creator, Innovation of Thinker, Costumer Coordinator, Experience Thinker, Thinker Experience Interaction Coordinator… Enfim.. você entendeu a zoeira dos nomes (tu-dum-tis).

Voltando… O cara que será responsável em evoluir nossa sociedade, em aprimorar a tecnologia, criar nichos, desenvolver as capacidades do ser humano, no momento é o bendito designer!

Querendo ou não, hoje, o designer é o cara que deve estar alinhado com o mundo moderno..

Legal né? Bom.. talvez..

Agora: Esse cara (designer), já se ligou disso? Porque é uma put@ de uma responsabilidade!

Bom.. infelizmente tenho uma péssima notícia para vós: Não! ;(

Esse nêgo… ainda.. não se ligou e nem está preparado para isso, na verdade, em todo o histórico de estudo de um designer (se dependesse apenas da graduação) a resposta é definitivamente não.

OK! Mas contamos com a bagagem cultural. Se ele não estuda na faculdade, pelo menos ele está evoluindo fora dela, né? Hehe.. Não! Ele não está.

Irei agora.. lhe contar o porque:

Safras. o.o

Ué.. não entendi. OK! Presta atenção:

Seguinte.. É comum ver o designer cada vez mais fugindo de sua real atuação pra se dedicar a pequenos pedaços, que na maioria das vezes são meramente incrementais (lógico, não vamos generalizar).

Isso acontece porque sua visão que foi distorcida pelas agências da década passada.

O fato é que, desde os primórdios, o coitado do designer tem como campo de desenvolvimento agências de publicidade.. isso fez com que sua área fosse um desdobramento de Marketing. Isso mesmo que você leu.. Nossa área tão bonitinha virou uma ferramenta de marketing que, na maioria das vezes precisava resolver problemas publicitários (pesquisa ai sobre Cinismo do Design)

Acontece que o mundo evoluiu pacas nessa mesma década.. mudando quase que radicalmente o âmbito de atuação do designer que, agora passou a focar não só o lado externo de um produto, mas sim o todo. Ou seja: zicou legal!

O mais triste é que precisamos parar de trabalhar como trabalhávamos nesse período que retratei. Precisamos evoluir drasticamente a forma de atuar, pensar, sentir e agir. Esquecer o ferramental e olhar para o todo, ser mais cérebro e menos braços. Avaliar, planejar e testar.

Do contrário não é só nossa área que está em risco, mas sim o mundo como um todo. O mais tenso é que não existe um livro que revela os segredos de como fazer isso. Precisamos ser ousados.. pesquisar, conhecer os meios e decifrar o real valor do que estamos projetando.

Apesar dos pesares, eu tenho fé na humanidade e sei que vamos conseguir evoluir a porr@ toda, mas isso só vai acontecer se compartilharmos nossos pensamentos, ideias, desafios, erros e acertos.

Precisamos mais do que nunca ser uma comunidade, pois só em conjunto conseguiremos alcançar o nirvana e é aí que nós, designers, seremos além de nossos usuários.

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