Revolução fotográfica: celulares como ferramentas criativas

Participantes aprenderam na prática o poder do dispositivo para a captação de imagens

LabJ
3 min readOct 4, 2023

Por Gustavo Fontella

Professor Eduardo Seidl demonstrando como a manipulação da luz altera o resultado da foto | Foto: Júlia Beatriz Ponzoni Pretto.

Com o objetivo de melhorar a produção de registros cotidianos utilizando o celular, o professor Eduardo Seidl ministrou a oficina Fotografando com o smartphone: Como sair do comum para cerca de 40 pessoas na sala 109 da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos, na manhã desta quarta-feira (4). A oficina faz parte da Semana Acadêmica Integrada 2023, promovida pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Seidl começou a oficina com um questionamento: “Todo mundo trouxe câmera? Não? Mas vocês trouxeram o celular!”, elucidando a facilidade e a instantaneidade que os celulares oferecem na produção de registros visuais. Segundo ele, a fotografia transcende o meio e se torna uma linguagem universal. O professor enfatizou a necessidade de um propósito claro antes de capturar a imagem. “Se você não sabe o que quer fotografar, você não vai a lugar nenhum”.

A restrição do modo manual dos smartphones foi alvo de discussão, que muitas vezes deixa os fotógrafos “reféns” das configurações automáticas. Seidl ressaltou que em nenhum modelo atual de celular é possível alterar a abertura do diafragma e que esta limitação é o único argumento válido dos fotógrafos tradicionais críticos à fotografia com celular.

O professor explicou as diferenças das três famílias de lentes: normal, grande angular e teleobjetiva. Cada uma com sua própria perspectiva e capacidade de modificar a percepção visual. A lente normal mantém a proporção como vista a olho nu, enquanto a grande angular amplifica o primeiro plano e desfoca o fundo. Já a lente teleobjetiva achata os planos e diminui a sensação de distância, aproximando o objeto.

Seidl salientou a evolução das lentes nos celulares, que inicialmente eram limitados à lente grande ocular e agora vêm equipados com uma variedade de opções, ampliando as possibilidades. Ele também encorajou os participantes a refletirem sobre a concepção da imagem e o que fazer após a captura. “Temos que começar a pensar a fotografia antes e depois do aparelho”.

Em seguida, o professor convidou os presentes a participarem de um exercício prático de realização de retratos. Um voluntário se ofereceu para ser modelo e os participantes utilizaram seus celulares para a captação das imagens. Por fim, Seidl os instruiu a usarem o modo manual de captura e trocar a lente do celular, observando as diferenças na imagem. Rebatedores e uma placa de isopor foram utilizados para manipular a luz, evidenciando como esta pode transformar um retrato.

A Semana Acadêmica Integrada continua até essa quinta-feira (5), o acesso às atividades é aberto e gratuito, sendo necessário realizar a inscrição previamente através do site da universidade. A programação da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos inclui uma variedade de atividades conduzidas por professores. Confira a programação completa da Famecos aqui.

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Laboratório convergente do curso de Jornalismo da Famecos/PUCRS